sábado, 28 de junho de 2008

Grandes Espíritas do Brasil - Batuíra


Biografia extraída do Livro: "Grandes Espíritas do Brasil", autoria de ZÊUS WANTUIL.


Nasceu Batuíra aos 19 de Março de 1839, em Portugal, na freguesia de Águas Santas, hoje integrada no conselho de Maia. Filho de humildes camponeses, tendo apenas completado a instrução primária, veio, com cerca de 11 anos de idade, para o Brasil, aportando na Guanabara a 3 de Janeiro de 1.850.

Durante três anos trabalhou no comércio da Corte. Daí passou para Campinas-SP, onde ficou por algum tempo até que se transferiu definitivamente para a capital paulista, que na ocasião deveria possuir menos de 30.000 habitantes. Aí, nos primeiros anos, foi distribuidor do "Correio Paulistano". Naquele tempo, não havia bancas de jornais nos lugares públicos. A entrega se fazia à tarde, de casa em casa, e tão somente aos assinantes.

Diligente, honesto e espírito dócil, Batuíra, como entregador de jornais, ia formando amigos e admiradores em toda parte. Parece que neste período que aprendeu a arte tipográfica, certamente nas próprias oficinas do "Correio Paulistano".

Batuíra, muito ativo, correndo daqui para acolá, foi apelidado "o batuíra", nome que o povo dava à narceja, ave pernalta, muito ligeira, de vôo rápido, que freqüentava os charcos na várzea formada, no atual Parque D. Pedro II, pelos transbordamentos do Rio Tamanduateí. O nome do rapazinho era ANTONIO GONÇALVES DA SILVA, mas, de então em diante, tomou para si o apelido de BATUÍRA.

Dentro de pouco tempo, com as economias que reuniu, e naturalmente com o auxilio de pessoas amigas, montou um teatrinho nos fundos de uma taverna da rua Cruz Preta. Naquela modesta casa de espetáculos, muitos amadores fizeram sua estréia, inclusive Batuíra.

Perseverando na sua faina, dedicou-se depois à fabricação de charutos. Assim, com bastante trabalho e economia, Batuíra fazia crescer suas modestas finanças, o que lhe permitiu esposar a Srta. BRANDINA MARIA DE JESUS, de quem teve um filho, JOAQUIM GONÇALVES BATUÍRA, que veio a falecer depois de homem feito e casado.

Audaz como os grandes empreendedores o são, investiu seu dinheiro na compra de áreas desvalorizadas, iniciando a construção de pequenas casas para alugar, tornando-se assim um abastado proprietário, cujos haveres traduziam o fruto de muitos anos de trabalho árduo e honrado, unido a uma perseverança inquebrantável.

Na ocasião em que tudo parecia correr bem, falece, quase repentinamente, o filho único de sua Segunda esposa, D. MARIA DA DORES COUTINHO E SILVA. Era uma criança de doze anos, por quem o casal se extremava em dedicação e carinho.

Este golpe feriu profundamente aquele lar, que só pode encontrar lenitivo à dor na consoladora Doutrina dos Espíritos.

Tão grande foi a paz que o Espiritismo lhes infundiu, que Batuíra imediatamente pôs mãos à obra, no desejo ardente de que outros companheiros de labutas terrenas tivessem conhecimento daquela abençoada fonte de esperanças novas. E dentro daquele corpo baixo e de compleição robusta, um coração de ouro iria dar mais larga expansão aos seus nobres sentimentos de amor ao próximo.

No ano de 1.889, Batuíra passou a ser, na cidade de S. Paulo, o agente exclusivo do "Reformador", função de que se encarregou até 1.899 ou 1.900.

No dia 6 de Abril de 1.890, restabeleceu o Grupo Espírita Verdade e luz que havia muito "se achava adormecido".

Adquiriu então uma pequena tipografia, destinada a divulgação e propagação do Espiritismo, editando a publicação quinzenal chamada "Verdade e Luz", que atingiu no ano de l.897, a marca de 15.000 exemplares.

Batuíra era também médium curador, sendo centenas as curas de caráter físico e espiritual que obtinha ministrando água efluviada ou aplicando "passes magnéticos".

Em virtude de todos esses fatos, o povo, o mais beneficiado por Batuíra, passou a denominá-lo "Médico dos Pobres", cognome que igualmente aureolou o nome de Adolfo Bezerra de Menezes.

A ação benemérita de Batuíra não se circunscrevia, entretanto a estas manifestações da caridade cristã. Foi muito mais além. Criou ele Grupos e Centros espíritas em S. Paulo, Minas Gerais, Estado do Rio, os quais animava e assistia; realizou conferências sobre diversos temas doutrinários, em inúmeras cidades de vários Estados, ocasião em que também visitava e curava irmãos sofredores; espalhou gratuitamente prospectos e folhetos de propaganda do Espiritismo, por ele próprio impressos, e distribuiu milhares de livros pelo interior do País.

Batuíra, unido a outros confrades ilustres, constituiu na capital paulista, a 24 de Maio de 1.908, a "União Espírita do Estado de S. Paulo", que federaria todos os Centros e Grupos existentes no Estado.
Assim era o valoroso obreiro da Terceira Revelação, o incansável lidador que nunca se deixou abater pelas asperezas da jornada, tendo sido incontestavelmente um dos maiores propagandistas do Espiritismo no Brasil.

Carregando sobre os ombros muitas responsabilidades, não sentiu, tão preso se achava ao cumprimento dos seus deveres, que suas forças vitais se esgotavam rapidamente. Súbita enfermidade assalta-lhe o corpo e zombando de todos os recursos médicos, em poucos dias obriga-o a transpor as aduanas do além. Aos 22 de Janeiro de 1.909, Sexta-feira, cerca de uma hora da madrugada, faleceu Sr. ANTÔNIO GONÇALVES DA SILVA BATUÍRA.


Fonte: Portal do Espírito.



Livro dos Espíritos - Questão 660


O Livro dos Espíritos

Allan Kardec



660. A prece torna melhor o homem?

“Sim, porquanto aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.”

a) - Como é que certas pessoas, que oram muito, são, não obstante, de mau caráter, ciosas, invejosas, impertinentes, carentes de benevolência e de indulgência e até, algumas vezes, viciosas?

“O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas supõem que todo o mérito está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos. Fazem da prece uma ocupação, um emprego do tempo, nunca, porém, um estudo de si mesmas. A ineficácia, em tais casos, não é do remédio, sim da maneira por que o aplicam.”

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sem Caridade


Sem a caridade do trabalho para as suas mãos, o seu descanso pode transformar-se em preguiça.

*

Sem a caridade da tolerância, o seu trabalho seguirá repleto de entraves.

*

Sem a caridade da simpatia para com os necessitados de qualquer procedência, as suas palavras de corrigenda serão nulas.

*

Sem a caridade da gentileza, a sua vida social e doméstica será sempre um purgatório de incompreensões.

*

Sem a caridade da desculpa fraterna, seus problemas seguirão aumentados.

*

Sem a caridade da lição repetida, o seu esforço não auxiliará a ninguém.

*

Sem a caridade da cooperação, a sua tarefa poderá descer ao isolamento enfermiço.

*

Sem a caridade do estímulo ao companheiro que luta, sofre e chora, no trato com as próprias imperfeições, o orgulho se lhe fará petrificado na própria alma.

*

Sem a caridade do auxílio incessante aos pequeninos, a vaidade viverá fortalecida em nosso espírito invigilante.

*

Sem a caridade do entendimento amigo, a sua franqueza será crueldade.

*

Sem a caridade do concurso desinteressado e fraterno, as suas dificuldades crescerão indefinidamente.

*

Sem caridade em nosso caminho, tudo se converterá em inquietude, sombra e sofrimento. Por isso mesmo, adverte-nos o Evangelho - "fora da caridade ou fora do amor não existe realmente salvação".

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Araras, SP: IDE, 1978.

Livro dos Espiritos - Questão 913



O Livro dos Espíritos

Allan Kardec




913. Dentre os vícios, qual o que se pode considerar radical?

“Temo-lo dito muitas vezes: o egoísmo. Daí deriva todo mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos há egoísmo. Por mais que lhes deis combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto não atacardes o mal pela raiz, enquanto não lhe houverdes destruído a causa. Tendam, pois, todos os esforços para esse efeito, porquanto aí é que está a verdadeira chaga da sociedade. Quem quiser, desde esta vida, ir aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.”



*Mensagem recebida por e-mail de Paulo Augusto
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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Ante os tempos novos

Prefácio
Livro: Missionários da Luz publicado em 1945
pela FEB.
Emmanuel escreve sobre infância, trabalho, aperfeiçoamento e evolução.

Enquanto a história relaciona a intervenção de fadas, referindo-se aos gênios tutelares, aos palácios ocultos e às maravilhas da floresta desconhecida, as crianças escutam atentas, estampando alegria e interesse no semblante feliz. Todavia, quando o narrador modifica a palavra, fixando-a nas realidades educativas, retrai-se a mente infantil, contrafeita, cansada... Não compreende a promessa da vida futura, com os seus trabalhos e responsabilidades.

Os corações, ainda tenros, amam o sonho, aguardam heroísmo fácil, estimam o menor esforço, não entendem, de pronto, o labor divino da perfeição eterna e, por isso, afastam-se do ensinamento real, admirados, espantadiços. A vida, porém, espera-os com as suas leis imutáveis e revela-lhes a verdade, gradativamente, sem ruídos espetaculares, com serenidade de mãe.

As páginas de André Luiz recordam essa imagem.

Enquanto os Espíritos Sábios e Benevolentes trazem a visão celeste, alargando o campo das esperanças humanas, todos os companheiros encarnados nos ouvem, extáticos, venturosos. É a consolação sublime, o conforto desejado. Congregam-se os corações para receber as mensagens do céu. Mas, se os emissários do plano superior revelam alguns ângulos da vida espiritual, falando-lhes do trabalho, do esforço próprio, da responsabilidade pessoal, da luta edificante, do estudo necessário, do auto-aperfeiçoamento, não ocultam a desagradável impressão. Contrariamente às suposições da primeira hora, não enxergam o céu das facilidades, nem a região dos favores, não divisam acontecimentos milagrosos nem observam a beatitude repousante. Ao invés do paraíso próximo, sentem-se nas vizinhanças de uma oficina incansável, onde o trabalhador não se elevará pela não beijada do protecionismo e sim à custa de si mesmo, para que deva à própria consciência a vitória ou a derrota. Percebem a lei imperecível que estabalece o controle da vida, em nome do Eterno, sem falsos julgamentos. Compreendem que as praias de beleza infinita e os palácios encantados da paz aguardam o Espírito noutros continentes vibratórios do Universo, reconhecendo, no entanto, que lhes compete suar e lutar, esforçar-se e aprimorar-se por alcançá-los, bracejando no imenso mar das experiências.

A maioria espanta-se e tenta o recuo. Pretende um céu fácil, depois da morte do corpo, que seja conquistado por meras afirmativas doutrinais.

Ninguém, contudo, perturbará a lei divina; a verdade vencerá sempre e a vida eterna continuará ensinando, devagarinho, com paciência maternal.

Ao Espiritismo cristão cabe, atualmente, no mundo, grandiosa e sublime tarefa.

Não basta definir-lhe as características veneráveis de Consolador da Humanidade, é preciso também revelar-lhe a feição de movimento libertador de consciências e corações.

A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. Ao seu influxo, ninguém deve esperar soluções finais e definitivas, quando sabemos que cem anos de atividade no mundo representam uma fração relativamente curta de tempo para qualquer edificação na vida eterna.

Infinito campo de serviço aguarda a dedicação dos trabalhadores da verdade e do bem. Problemas gigantescos desafiam os Espíritos valorosos, encarnados na época presente, com a gloriosa missão de preparar a nova era, contribuindo na restauração da fé viva e na extensão do entendimento humano. Urge socorrer a Religião, sepultada nos arquivos teológicos dos templos de pedra, e amparar a Ciência, transformada em gênio satânico da destruição.

A espiritualidade vitoriosa percorre o mundo, regenerando-lhe as fontes morais, despertando a criatura no quadro realista de suas aquisições. Há chamamentos novos para o homem descrente, do século XX, indicando-lhe horizontes mais vastos, a demonstrar-lhe que o Espírito vive acima das civilizações que a guerra transforma ou consome na sua voracidade de dragão multimilenário.

Ante os tempos novos e considerando o esforço grandioso da renovação, requisita-se o concurso de todos os servidores fiéis da verdade e do bem para que, antes de tudo, vivam a nova fé, melhorando-se e elevando-se cada um, a caminho do mundo melhor, a fim de que a edificação do Cristo prevaleça sobre as meras palavras das ideologias brilhantes.

Na consecução da tarefa superior, congregam-se encarnados e desencarnados de boa vontade, construindo a ponte de luz, através da qual a Humanidade transportará o abismo da ignorância e da morte.

É por este motivo, leitor amigo, que André Luiz vem, uma vez mais, ao teu encontro, para dizer-te algo do serviço divino dos "Missionários da Luz", esclarecendo, ainda, que o homem é um Espírito Eterno habitando temporariamente o templo vivo da carne terrestre; que o perispírito não é um corpo de vaga neblina e sim organização viva a que se amoldam as células materiais; que a alma, em qualquer parte, recebe segundo as suas criações individuais; que os laços do amor e do ódio nos acompanham em qualquer círculo da vida; que outras atividades são desempenhadas pela consciência encarnada, além da luta vulgar de cada dia; que a reencarnação é orientada por sublimes ascendentes espirituais e que, além do sepulcro, a alma continua lutando e aprendendo, aperfeiçoando-se e servindo aos desígnios do Senhor, crescendo sempre para a glória imortal a que o Pai nos destinou.

Se a leitura te assombra, se as afirmativas do Mensageiro te parecem revolucionária, recorre à oração e agradece ao Senhor o aprendizado, pedindo-lhe te esclareça e ilumine, para que a ilusão não te retenha em suas malhas. Lembra-te de que a revelação da verdade é progressiva e, rogando o socorro divino para o teu coração, atende aos sagrados deveres que a Terra te designou para cada dia, consciente de que a morte do corpo não te conduzirá à estagnação e sim a novos campos de aperfeiçoamento e trabalho, de renovação e luta bendita, onde viverás muito mais, e mais intensamente.

Emmanuel

Pedro Leopoldo, 13 de maio de 1945.

sábado, 21 de junho de 2008

Sugestão de Filmes Espiritualistas



Site com várias sugestões de filmes espiritualistas.
"O fato de um filme estar relacionado na página não quer dizer que ele esteja de acordo com a Doutrina Espírita. Para conhecer a doutrina é preciso ler e estudar a codificação."

CHICO XAVIER - BIBLIOGRAFIA COMPLETA


Site onde você poderá ver a Capa e o Prefácio de cada um dos livros psicografados por Chico Xavier.

409 livros.

Dicionário Espírita OnLine


Site com mais de mil verbetes direta ou indiretamente relacionados com a Doutrina dos Espíritos, que podem ser consultados e podem auxiliar o internauta.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Acervo: Letras de Música Espírita

Portal CONMEL



O maior acervo de Letras de Músicas Espíritas da Internet!



Enciclopédia Espírita Digital





Um ótimo site onde podemos encontrar diversos assuntos relacionados a Doutrina Espírita.



Entre eles:

*Clube do Livro
*Artigos
*Auxilio Fraterno
*Áudios
*Bíblia
*Biblioteca online
*Biografias
*Busca
*Codificação
*Colunistas
*Cursos
*A Doutrina
*Downloads
*Entrevistas
*Mensagens
*Música Espírita
*Vídeos

O ESPIRITISMO AO VIVO


Radios Espíritas





TVs Espíritas









OMISSÕES

No íntimo acreditam-se neutros. São portadores, porém, de uma neutralidade conveniente, adotando posição parasitária, como se fora possível a indiferença ante as questões palpitantes da vida.
Não se desejam comprometer. Preferem ser arrastados pela força voluptuosa dos sucessos, invariavelmente negativos, embora se façam crer pessoas honestas e interessadas no progresso do bem.
Omissos, esperam que o tempo tudo resolva, sem oferecerem a contribuição decisiva para apressar a chegada da oportunidade promissora que fomenta o êxito das realizações.
Em verdade, tornam-se frios, hipnotizados pela comodidade, após perderem o calor do ideal e a vibração positiva da fé.
Anseiam por melhores dias, mas nada fazem por produzi-los.
Agitam-se em círculo vicioso de especulações imediatistas, sem a contribuição decisiva pelas realizações superiores.
Aqui, em face ao desgoverno de muitas coisas, erguem os ombros, dizendo nada terem com isso; ali, fingem não ver, asseverando que a questão não lhes é pertinente; adiante, passam por cima dos gritantes descalabros, informando que lhes não cabe atitude alguma... No entanto, comentam, combatem, exigem providências dos outros, portadores que são de larga percepção para condenar e ruminar pessimismo.
São espíritos doentes, sem dúvida, portadores de virose singular. Algumas vezes, quando convém, aderem à facção maior, a que lhes parece vitoriosa, ou, normalmente, permanecem na posição dúbia de quem está indeciso.
O cristão legítimo, particularmente o espírita, é dinâmico, combativo no sentido ideal da palavra, pugnando sempre pelas causas superiores, envidando todo esforço pela direção segura do ideal que esposa.
Não se entibia quando surgem dificuldades, nem se arreceia quando se multiplicam problemas.
Recorda-se que a Causa do Cristo sempre esteve em minoria na Terra, e que, todavia, é a Causa da Verdade.
Diante dele avolumam-se os valores legítimos do bem e torna-se, em conseqüência, expressão do bem onde se encontra.
O clamor da desordem não lhe abafa a voz, porque esta é a do exemplo; a opressão não o esmaga, porque rutilam suas realizações; o desânimo não o vence, em razão de haurir reforço de energias, nas Fontes da Espiritualidade Superior; a calúnia não o afeta, em face ao estoicismo com que vive a verdade, e prossegue, sempre o mesmo, sem pressa, mas com decisão, confiando na vitória final, após a ultima batalha que lhe compete travar.
A omissão, no entanto, é responsável pelo desmoronamento de ideais enobrecedores com que a Humanidade sempre foi contemplada, porquanto estimula a desordem, no silêncio conivente; açula a ira, pela morbidez que dissemina; favorece a fuga dos dubitativos que se resolvem pela atitude mais fácil... Omissão é, também, ausência de firmeza de caráter, cobardia moral.
A omissão de muitos dos companheiros e beneficiários de Jesus contribuiu largamente para o drama do Calvário.
O silêncio dos chamados homens probos favorece a penetração e vitória das infelizes falcatruas e malversações promovidas pelos aventureiros e maus.
Imperioso fazer convergir para os pontos fulgurantes do dever todos os esforços, não compactuando com os menestréis da perturbação e fomentadores da iniqüidade. Silenciar a autodefesa em prol do ideal representa elevação de espírito, enquanto calar para preservar posições mentirosas traduz desrespeito a si próprio e, em decorrência, agressão ao que supõe acreditar ou afirma seguir.
O cristão omisso é alguém em vias de decomposição emocional, que está em processo de morte sem o perceber.
Desse modo, constrói sempre e convictamente o bem em toda parte, comunicando entusiasmo e otimismo, descobrindo, por fim, que o contágio do amor e da esperança é tão fecundo que, após mimetizar aqueles que nos cercam, retorna com força nova que nos domina e agiganta, conduzindo-nos na direção dos objetivos que defendemos e a que nos afervoramos.


(De “Celeiro de Bênçãos”, de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

Médiuns investigadores

Escrito por Marco Tulio Michalick


Como certos sensitivos conseguem localizar pessoas desaparecidas? Entenda o que é e como ocorre a psicometria.


Em 2002, publiquei o livro Histórias de Alexander, onde é contada a história do médium Alexander, que por meio da psicometria ajudava a polícia a desvendar crimes e localizar pessoas desaparecidas. A psicometria é uma das modalidades da clarividência segundo a qual se estabelece a conexão entre o sensitivo e a pessoa ou meio concernente ao objeto psicometrado. Sendo assim, o médium portador de aguçada sensibilidade psíquica, ao segurar o objeto de uma pessoa, seja encarnada ou desencarnada, pode “entrar em relação” com ela. Esta mediunidade foi estudada pelo pesquisador espírita italiano Ernesto Bozzano, e não é muito comum, porém, existem alguns relatos espetaculares em seu livro Enigmas da Psicometria, ocorridos entre os séculos XVIII e XIX.

Alguns médiuns têm colaborado com a polícia, e o sucesso desta operação tem os tornado famosos. Entre eles está Allison DuBois, que é membro da Comissão de Médiuns e da Fundação Família Eterna, nos Estados Unidos. Seu livro Não é Preciso Dizer Adeus, se tornou best-seller e serviu de inspiração para o seriado Medium, que já está em sua segunda temporada. Nele, Dubois conta como surgiu seu dom e como auxilia a polícia nas investigações criminais. Atualmente, seu trabalho junto à polícia é de fazer o perfil dos suspeitos.

Um dos detetives sensitivos mais renomados é o americano Phil Jordan. O caso considerado mais espetacular de sua carreira foi em 1975, quando o garoto Tommy, de cinco anos, desapareceu na floresta. Chamado pela família do menino com o aval da polícia, Jordan rascunhou um mapa intuitivamente, prevendo sua possível localização. Enquanto caminhava pela floresta, segurava um pé do sapato de Tommy, que, segundo ele, canalizava a energia do menino. Uma hora após a chegada de Jordan, Tommy foi encontrado, depois de ficar mais de doze horas na mata.

A médium Jeane Dixon ficou famosa por ter previsto o assassinato de John F. Kennedy. A sensitiva Noreen Renier ganhou notoriedade prevendo que Ronald Reagan, então presidente dos Estados Unidos, levaria um tiro do lado esquerdo do peito, mas sobreviveria.

Detetives sensitivos estão cada vez mais comuns na polícia, porém, seus feitos mediúnicos ainda não ganham tanta notoriedade. Mas, o fato é que os sensitivos têm dado uma grande contribuição na solução de alguns crimes, visualizando o rosto do criminoso, descobrindo cativeiros de pessoas seqüestradas e localizando pessoas desaparecidas.

Apesar da colaboração eficaz de alguns médiuns, existem também aqueles que se dizem sensitivos e acabam por atrapalhar o trabalho da polícia, muitas vezes, dando falsas esperanças à família ou fazendo com que a polícia gaste mais tempo e dinheiro em busca de pistas equivocadas. É por isto que os sensitivos são vistos também com uma certa cautela.

O sensitivo, como todo médium, tem que entender dos diversos assuntos que abrangem a mediunidade. Também tem que buscar, com sinceridade, a reforma íntima e moral, para que possa estar em contato com os espíritos benfeitores, captando assim, a mensagem que vem do Alto e usando a intuição quando for necessário. Quando o sensitivo não está em harmonia com os espíritos amparadores, acaba sendo manipulado por espíritos desequilibrados que o fazem transmitir informações equivocadas, e ao invés de auxiliar, provoca danos muitas vezes irreparáveis.
A mediunidade deve ser trabalhada em prol do próximo. Assim, fará jus a este dom maravilhoso conquistado ao longo de muitas encarnações. Por isso, quanto mais pessoas forem auxiliadas, mais dores serão amenizadas. O médium deve entender que sem o suporte espiritual, seu aparelho mediúnico não teria tanta eficácia.

Muitas vezes, o ego fala mais alto, e constantemente assistimos a sensitivos se vangloriando na televisão deixando prevalecer a vaidade.

Penso que, talvez, em um futuro próximo, quando as pessoas entenderem seu papel na sociedade e se prepararem melhor, espiritualmente, os médiuns ostensivos poderão exercer sua mediunidade de uma forma mais ampla. Quem sabe um dia teremos sensitivos mais preparados para solucionar casos como o de crianças desaparecidas, vítimas das maiores barbáries praticadas pelo homem.

Enquanto este tempo não chega, contamos com a dedicação de alguns detetives sensitivos espalhados pelo mundo que dedicam boa parte de seu tempo a ajudar a polícia a esclarecer algo que parece inexplicável. Mas sabemos que existe uma resposta, muito além do nosso olhar.



A psicometria - por Érika Silveira



O termo psicometria foi criado em 1849 pelo médico norte-americano J. Rhodes Buchanan. Ele pesquisou e realizou durante anos consecutivos uma série de experiências, mas somente depois de algum tempo estudando os efeitos do fluido magnético com pacientes sonâmbulos é que realmente chegou a conclusões precisas. Seu método de estudo consistia em apresentar a estes pacientes objetos pertencentes ao presente ou passado de uma pessoa. Os sonâmbulos passavam a descrever cenas relativas às épocas de existência do objeto e até mesmo o próprio caráter da pessoa a quem pertencia o objeto psicometrado.

Desde então, foram realizados diversos estudos e publicados livros a respeito do fenômeno. Dentro da visão espírita, existem muitas obras e autores que abordam o tema, mas há alguns que se destacam. Na definição do livro Nos domínios da mediunidade, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, psicometria significa registro, apreciação de atividade intelectual. Entretanto, nos trabalhos mediúnicos, esta palavra designa a faculdade de ler impressões e recordações ao contato com objetos comuns. O espírito Áulus relata que o pensamento espalha suas próprias emanações em toda parte a que se projeta, deixando vestígios espirituais onde são arremessados os raios da mente, como o animal, que deixa no próprio rastro o odor que lhe é característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão.

O orientador prossegue dizendo que as marcas da individualidade de cada um vibram onde se vive e por elas provocam o bem ou o mal naqueles que entram em contato.

A obra Mecanismos da Mediunidade, psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira, também ditada pelo espírito André Luiz, esclarece que a psicometria é a faculdade de perceber o lado oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças ao contato de objetos e documentos. Cita ainda a importância da harmonização entre encarnados e desencarnados neste tipo de trabalho, caso contrário, pode-se anular a possibilidade de êxito, fugindo dos verdadeiros propósitos.

Acrescenta também que pode ser usada em casos de desaparecimento de uma pessoa que não deixou pistas. Por intermédio de um objeto pertencente à vítima, o médium consegue captar a personalidade e fisionomia do proprietário e reporta-se ao seu desaparecimento, podendo, até mesmo, descobrir seu desencarne e o local onde seu corpo se encontra. Isso porque os objetos adquirem um fluido pessoal humano.

Ernesto Bozzano, estudioso profundo do psiquismo humano, filósofo e grande pensador, no livro Enigmas da Psicometria, aborda experiências e análises sobre diversos casos que utilizaram a psicometria como recurso. Define que a psicometria é uma das modalidades da clarividência e que os objetos servem para fornecer pistas ao psicômetra, sendo que os resultados são alcançados pelas faculdades clarividentes e telepáticas do médium, ultrapassando os limites da matéria e do tempo. Diz, ainda, que os fluidos humanos são absorvidos pelo objeto, tornando-se agentes evocadores das impressões psicométricas. Por isso, quando o objeto pertenceu a mais de uma pessoa pode até causar erros de orientação.

E conclui, dizendo: “Na base das percepções psicométricas, encontra-se constantemente um fenômeno de ‘relação’, estabelecido entre o sensitivo e as pessoas vivas ou mortas, ou então, com seres animais, organismos vegetais e estados da matéria, em relação com o objeto psicometrado. Graças a essa ‘relação’, o sensitivo extrai as suas percepções telepaticamente de pessoas vivas ou mortas, fluidicamente ligadas ao objeto.

Ordinariamente, a faculdade psicométrica é uma função do Eu integral, subconsciente e, algumas vezes, direcionada por entidades desencarnadas. Essas imagens correspondem, na maior parte, a acontecimentos reais, mas também podem ser, eventualmente, de natureza simbólica, colimando uma informação”.



Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 47.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Revivendo o amor...

Na adolescência, ele surge, manifestando-se de muitas formas.

Percebe-se que ele chegou ao coração da menina, com anseios de mulher, quando ela passa a se demorar nos cuidados pessoais.

O cabelo nunca está bom. Hoje ela o quer liso, depois, encaracolado, mudando a cor, alterando o corte.

Ela se olha no espelho de frente, de lado, pelas costas. E nunca está bem.

Batom, perfume, maquiagem. Roupa mais justa, roupa mais larga, mais curta. Uma sessão interminável de gostos, segundo a moda.

E, mais de uma vez, já no portão de casa, volta correndo, para tornar a se olhar no espelho.

Passa pelo pai e pergunta:

Estou bonita, pai?

Afinal, a opinião de um homem é importante.

Quando o menino, que sente em si os ardores da masculinidade, o descobre, todos na família percebem.

Porque o banho é demorado e freqüente. A roupa é escolhida com detalhes.

O cabelo – ah, o cabelo – é o item mais trabalhado. Raspar bem o rosto ou deixar crescer a barba? Que indecisão!

A grande pergunta é: Como as meninas gostam mais?

O motivo de tudo isso chama-se amor. Algo diferente que faz bater o coração no cérebro, tremer as pernas, gaguejar, suar nas mãos.

É um sentimento diferente pelo sexo oposto.

Há pouco se digladiavam, considerando-se verdadeiros inimigos.

Os meninos eram chatos. As meninas, umas tolas.

Agora, aquele olhar, um simples olhar de um para o outro é capaz de os fazer alçar às nuvens.

É belo esse período da descoberta desse doce sentimento. Não é o mesmo amor que se tem para com os pais, para com os irmãos, os avós, os amigos.

É um sentimento que fomenta o desejo de estar ao lado do outro; que tem a capacidade de fazer sonhar de olhos abertos; de acreditar que tudo se realizará, no futuro próximo; que a felicidade é plena, rósea, permanente.

Amor, enamorados. Gestos de carinho, olhares perdidos no vazio que, em verdade, se plenificam com a imagem do objeto do amor.

Caixas de chocolate, flores, pequenos mimos.

Você, que já ultrapassou a linha da adolescência;

que está namorando a mesma pessoa há anos;

que está casado, já é pai, avô – você recorda como eram apaixonantes aqueles dias de sonho, esperanças, castelos no ar?

Talvez você diga que passou da idade, que adolescência é adolescência.

Acredite: a época de amar não acaba nunca. Não importa a estação do ano.

Quando se ama, há sempre flores e perfumes no coração.

Por isso, neste dia dos namorados, surpreenda seu amor, mesmo que você já esteja desabituado a gestos creditados aos extremamente apaixonados.

Mostre que você ainda é o galã dos sonhos dela. Convide-a para passear, para dançar, para um jantar.

Saiam sozinhos. Voltem a sonhar, olhando a lua e as estrelas, que deverão estar brilhando só para vocês dois.

Redescubra o amor que um dia os uniu.

Ofereça flores, diga palavras de carinho, lembre como ela ainda está bonita.

A madurez dos anos lhe fez tão bem!

Aprume-se como um garoto saindo pela primeira vez com a namorada.

E descubra que o amor jamais envelhece. Porque o amor é o sentimento mais sublime que Deus nos permite alcançar.

Pense nisso! Hoje, neste dia especial!


Redação do Momento Espírita.
Em 12.06.2008.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Arte Espírita - Tim e Vanessa


Os CDs de Tim e Vanessa compõem um trabalho musical que visa a divulgação cristã, procurando enfocar ensinamentos e passagens do Evangelho, com temas para reflexão sob a ótica da Doutrina Espírita.



Clique na imagem acima para acessar o site oficial dos artistas. Você poderá saber mais sobre a história da dupla, a agenda de shows, e ainda poderá conhecer e escutar algumas canções.



Grupo Espírita de Estudos Jurídicos - Prof. Fernando Ortiz


SOBRE O GRUPO...

O “Grupo Espírita de Estudos Jurídicos “Prof. Fernando Ortiz” foi fundado em 2002, reunindo-se todo primeiro sábado de cada mês, na sede do “Grupo Espírita Luz e Amor”, às 15h, na rua Álvaro Abranches, 965, em Franca/SP. A primeira obra estudada foi “A Filosofia Penal dos Espíritas – estudo de filosofia jurídica”, do prof. Fernando Ortiz. Temas como o processo e julgamento de Jesus, do apóstolo Paulo e de Joana D´arc, pesquisas em células-tronco, aborto do anencéfalo, bioética, casos concretos ligados ao Direito, criminologia, das penas, Justiça Divina e Humana, união civil entre pessoas do mesmo sexo, casamento e divórcio, eutanásia, corrupção, dentre outros, são objetos de nossas reflexões. O grupo tem como objetivo estudar questões da filosofia-jurídica à luz da Doutrina Espírita. Não se trata de grupo restrito a operadores da seara do Direito, mas sim a todos os espíritos ávidos pela implantação da Justiça na Terra. Visa, sobretudo, ao aperfeiçoamento espiritual dos participantes, contribuindo para a superação das angústias e dificuldades do dia-a-dia, em razão da compreensível dificuldade de se obter o justo nos tempos atuais...

FUNDADA A ASSOCIAÇÃO JURÍDICO-ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO




No último dia 08 de março de 2008, na sede da USE/SP (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo), na Rua Dr. Gabriel Piza, 433 – São Paulo-SP, foi fundada a Associação Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo – AJE/SP, com o objetivo de contribuir para o aprimoramento espiritual dos operadores do Direito espíritas e interessados em questões jurídico-sociais, unificação destes, melhoria da legislação vigente, defesa legal de assuntos que esbarrem em princípios essenciais da filosofia espírita, divulgação do pensamento espírita sobre questões jurídico-sociais para os meios jurídicos e sociedade em geral.
O evento contou com a presença de 52 pessoas, dentre elas os delegados de polícia Bismael Batista de Moraes e João Demétrio Loricchio, ambos da União dos Delegados Espíritas do Estado de São Paulo, representantes do Ministério Público do Estado de São Paulo, a presidente e membro do Instituto dos Advogados de São Paulo Maria Odete Duque Bertasi e Rafael Marinangelo, respectivamente, integrantes da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP Jader Freire de Macedo Júnior e Regina Célia Silveira Santana, advogados, servidores estudantes e demais interessados.
O encontro teve a participação da Dra. Marlene Nobre, que teceu comentários sobre o início do movimento análogo na área médico-espírita, em 1990, contando, atualmente, com mais de trinta AME’s (Associação Médico-Espírita). Participaram, também, os promotores de justiça Izaias Claro e Eduardo Ferreira Valério, o procurador do Estado Washington Nogueira Fernandes e representando a USE-SP a advogada Julia Nezu.
A discussão transcorreu voltada para a necessidade de criação da entidade e de seus objetivos. Ao final, por unanimidade, a assembléia formada por todos os presentes deliberou pela fundação da AJE/SP naquele ato, constituindo comissão provisória formada por 16 pessoas, com o fim de redigir o estatuto no prazo de 60 dias. O promotor de justiça Tiago Cintra Essado presidiu a Assembléia de fundação e foi eleito para coordenar a comissão provisória.


Para mais informações, contatar: julianezu@terra.com.br e ajesp.sp@gmail.com


O veneno da preocupação

Matéria do Jornal "O CLARIM".

Junho/2008


André Rabello

Perante as nuvens de incertezas que amiúde escurecem o céu de nossas mais caras esperanças, o veneno da preocupação mal contida, freqüentemente, nos intoxica os delicados mecanismos da alma. Diante dela, tememos o que o futuro nos mostrará, ao mesmo tempo em que ignoramos a realidade do presente, perdendo inúmeras oportunidades de crescimento espiritual. Ensejos de praticar a caridade, ajudar a familiares, socorrer a dor de necessitados, estudar lições edificantes do Evangelho de Jesus e tantos outros, que aparecem como luzes que a Clemência Divina nos coloca no caminho, visando nos conduzir ao reino de nossa redenção, são por nós ignorados, pois permanecemos com os olhos fechados para a nossa reforma íntima, nos preocupando em excesso com o futuro que ainda não conhecemos.
Quando o nobre espírito Hammed fala da preocupação no seu livro “As Dores da Alma” (1) nos alerta para essa postura equivocada. Pensar excessivamente no que há de vir pode se constituir num mecanismo de fuga para nossas responsabilidades do tempo atual. Quanto mais nos preocupamos com os problemas que teremos de enfrentar, e outros que apenas existem dentro de nossas mentes, menos agimos de forma útil no presente, acumulando maior soma de preocupações para os dias que se seguem. E quando deixamos este processo seguir de forma indiscriminada, acabamos assoberbados de dificuldades não resolvidas que têm como resultante inevitável muitos dos males emocionais dos tempos modernos, tais como a ansiedade, a depressão, esgotamentos nervosos, etc.
Qual a solução para que quebremos este círculo vicioso de preocupações? Busquemos na Doutrina Espírita as respostas e veremos que apenas o antídoto do trabalho e da coragem poderá nos curar da doença das preocupações excessivas. Trabalhemos no intuito de resolver os problemas que desafiam nossa tranqüilidade interior o mais rápido possível, e tenhamos coragem para enfrentarmos os desdobramentos que eles poderão apresentar, na certeza de que quanto mais adiarmos a resolução de nossas questões difíceis, mais complicadas elas se nos apresentarão futuramente.
Portanto, se não queremos nos “pré-ocupar” mentalmente com nenhum problema, nos cansando desnecessariamente, procuremos nos ocupar deles, resolvendo-os da melhor forma, angariando para nosso coração a tranqüilidade da consciência tranqüila e o galardão da fortaleza interior.


BIBLIOGRAFIA



(1) – AS DORES DA ALMA – FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO – DITADO PELO ESPÍRITO HAMMED.

Tirinhas - A TURMA DO DEQUINHO







Tirinhas Espíritas - Desenvolvidas por Clésio Tapety.
Fonte: Site - Clésio Tapety - Espiritismo e Arte.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

SER E PARECER



A essência, o ser em si mesmo, constitui a individualidade, que
avança mediante o processo reencarnatório, adquirindo
experiências e desenvolvendo as aptidões que lhes jazem inatas,
heranças que são da sua origem divina.

A expressão temporária, adquirida em cada existência corporal, com
as suas imposições e necessidades, torna-se a personalidade de que se
reveste o espírito, a fim de atingir a destinação que o aguarda.

A primeira tem o sabor da eternidade, enquanto a outra é transitória.

No âmago do ser encontra-se a vida pulsante, imorredoura, embora, na
superfície, a aparência, o revestimento, quase sempre difere da estrutura que
envolve.

A individualidade resulta da soma das conquistas, através do êxito como do
insucesso, logrados ao largo das lutas que lhe são impostas.

A personalidade varia conforme a ocasião e as circunstâncias, os
interesses e as ambições.

Esta passa, enquanto aquela permanece.

Máscara, forma de aparecer, a personalidade se adquire sem
transformação substancial, profunda, ocultando, na maioria das vezes, o que
se é, o que se pensa, o que se aspira.

Legítima, a individualidade se aprimora, qual diamante que fulge ao atrito
abençoado do cinzel.

A personalidade extravasa, formaliza, apresenta.

A individualidade aprimora, realiza, afirma.

À medida que o ser evolui, mergulha no mundo íntimo, introspectivamente,
desenvolvendo os valores que dormem em embrião e se agigantam.

O exterior desgasta-se e desaparece.

O interior esplende e agiganta-se.

A semente que morre semente, não viveu, não realizou a missão que lhe estava
reservada: multiplicar e produzir vida.

A gema, sem lapidação, jamais fulgura.

Faze a tua indagação à vida, em torno da tua destinação.

Quem és hoje e o que pretendes alcançar?

Cansado da aparência, realiza-te intimamente e desata as aptidões
superiores que aguardam oportunidade e cresce para as finalidades elevadas da
Vida.

Tenta ser, por fora, conforme evoluis por dentro, sendo a pessoa gentil, mas
nobre, fulgurante e abnegado, afável todavia leal.

Tua aparência, seja também tua realidade, esforçando-te, cada vez mais, para
conseguir a harmonia entre a individualidade e a personalidade,
refletindo os ideais de beleza e amor que te vitalizam.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Momentos de Coragem]
[Editora LEAL]

sábado, 7 de junho de 2008

Julgamentos entre espíritas


Laços de Afeto

Caminhos do Amor na Convivência

Pelo Espírito Ermance Dufaux

Editora Dufaux

Psicografia de Wanderley S. de Oliveira

Parte final do capítulo 18 – Flexibilidade nos Julgamentos


Amigos.

Julgamentos definitivos excluem a possibilidade da fraternidade. As pessoas mudam a cada dia, e nem sempre se conservam as mesmas, o que se lhes seria um direito caso isso fosse possível. Nos ambientes espiritistas os julgamentos morais torna-se triviais. Em razão dos conteúdos dos conhecimentos com o qual laboramos, muito facilmente percebe-se as conclusões do tipo: "é personalismo", "e vaidade", "é invigilância"; tais peças da "inquisição ética" infelizmente s ão utilizadas como processo de exclusão institucional ou mesmo relacional. A elevadíssima expectativa que nutrimos uns para com os outros, entre espíritas, chega às raias da insensatez. Devemos esperar muito de nós mesmos, e ter sempre acendrada misericórdia para com o outro.

Tal expectativa chega ao ponto de precisar-mos, inclusive, o estado espiritual "post morten" daqueles com quem convivemos ou foram expoentes de nossas lides. Sobre os quais, comumente imputa-se excessivo rigor acerca de como se encontram na vida dos espíritos, face a alguns deslizes cometidos por tais corações quando na experiência carnal. Sejam graves ou não esses desatinos do comportamento alheio, é preciso destacar que o critério de maior influência na erraticidade ainda é e s empre será a consciência, acrescido da interferência protetora e educativa dos avalistas das reencarnações. Em conhecendo a “ficha espiritual dos milênios”, de seus tutelados, têm eles plena e competente capacidade para ajuizar sobre os destinos futuros. E não esqueçamos que, como “instrumentos da misericórdia”, tais tutores do bem só ajuízam sobre a recém-finda vivência de seu tutelado considerando o somatório de suas existências, sem jamais se fixarem nas infelizes decisões que tenha tomado ao longo de apenas uma etapa.

Para nós que temos acompanhado inúmeros processos de avaliação nessa perspectiva, aqui na vida espiritual, podemos vos afiançar que a carga de expectativas que os irmãos de ideal no plano físico co locam nos julgamentos uns sobre os outros, via de regra, não corresponde ao beneplácito com o qual é tratado cada desencarne de espíritas.A elevada carga de expectativas que têm os companheiros destitui o sábio recurso da sensatez e da indulgência. Enquanto na vida espiritual aqueles que para os homens de veriam ser recebidos com honras quase sempre se encontram na perturbação, aqueloutros, que supondes na infelicidade em razão de suas invigilâncias, comumente contam com o crédito do serviço no bem que realizaram, na amenização de suas faltas, e na garantia de um amparo que os permita experimentar, tão somente, a controlável amargura que terão de suportar pelo bem que podiam fazer e não fizeram...

Essa é uma empreitada decisiva do orgulho que ainda nos mantém reféns ante os novos ideais que esposamos.

Não conseguindo os vôos de amor no campo do afeto que nos possibilitaria a tolerância e a afeição incondicionais, vivemos atrelados aos pesados fardos impostos pelas relações fatigantes uns com os outros, incomodados com a ação alheia, estabelecendo cobranças que supomos justas, sobrecarregando o próprio psiquismo com agastamentos a título de “defesa doutrinária” ou de correção de fatores históricos mal talhados, sob a ótica de nossas avaliações.

Enquanto mantivermos essas sentenças imutáveis penetraremos cada dia mais nas sombras de nós mesmos, revivendo velhos quadros de perseg uição doentia por “amor a Deus”!!!

Quem cultiva a autenticidade e guarda a consciência tranqüila deve sempre recorrer ao diálogo, ao perdão, ao estudo atento dos fatos objetivando fazer melhores juízos de tudo e de todos, buscando penetrar na essência das experiências da convivência e, sobretudo, sempre advogando o bem e a concordância no trabalho digno e renovador, evitando as ciladas do orgulho humano a nos conduzir ao império do autoritarismo e da tirania.

Jesus poderia ter estabelecido a verdade para Pilatos, mas não o fez. Decretaria Ele na ocasião algo que competia ao governador descobrir por si mesmo. Certamente o Mestre sabia que pouco adiantaria julgar Pilatos em se ntença recriminativa de qualquer natureza moral, porque ele não aceitaria e tudo permaneceria do mesmo modo.

Abstendo-se de ajuizar com o séqüito romano, Jesus ensina-nos a evitar a promoção de vínculos sutis desgastantes, que sempre passam a existir quando decidimos, com nossa suposta autoridade, sentenciar com maus sentimentos a vida além da nossa, roubando a própria paz interior.

Razão pela qual, com o brilhantismo de sempre, Allan Kardec destacou, conforme nossa referência em estudo: “Já vimos de quanta importância é a uniformidade de sentimentos para a obtenção de bons resultados” - O Livro dos Médiuns - cap, 29 - Ítem 335


Amor e Paixão

A jovem pergunta:
– Chico, amor é sinônimo de paixão?
– Ah! minha filha, amor é comidinha fresca, roupa lavada e passada, mamadeira prontinha… Paixão é como o Joelma, pega fogo e acaba tudo!
Com a simplicidade e a jovialidade dos sábios, o médium estabelece diferenças fundamentais entre esses dois substantivos, equivocadamente tomados à conta de sinônimos.
A paixão situa-se nos domínios do instinto, busca apenas a auto-afirmação, o prazer a qualquer preço, sem preocupações além da hora presente.
Estribando-se no desejo de comunhão sexual, a paixão é fogo arrebatador, que obscurece a razão e leva ao desatino, deixando, depois, apenas cinzas, como aconteceu com o Edifício Joelma.
George Bernard Shaw, com a irreverência que o caracterizava, dizia:

Não há diferença entre um sábio e um tolo, quando estão apaixonados.


***

O apaixonado ama como quem aprecia um doce.
Deleita-se!
É saboroso! Satisfaz o paladar!
Por isso logo deixa de amar, atendendo a várias razões:

• Saciou-se.

• Enjoou.

• Deseja novos sabores.

A partir daí, há campo aberto para o adultério e a separação, sem que a pessoa tome consciência do mal que causa ao parceiro e, principalmente, à prole, quando há filhos.
Enquanto perdura a paixão, podem ocorrer problemas mais graves e comprometedores:

• Crimes.
Bárbaros assassinatos são cometidos por amantes que se sentem traídos e negligenciados ou que foram abandonados. Perdendo o domínio sobre o parceiro, tratam de eliminá-lo, como quem joga fora um doce que azedou.

• Maus tratos.
É característica masculina, própria de machistas incorrigíveis, sempre dispostos a agredir para impor sua vontade, com o que apenas conturbam a relação, matando a afetividade na parceira.

• Suicídio.
Uma das causas mais comuns dessa ação nefasta, que precipita o indivíduo em sofrimentos inenarráveis no Mundo Espiritual, é a paixão contrariada. O sentir-se traído, negligenciado, ou não correspondido.


***

O amor situa-se nos domínios do sentimento.
Sustenta-se numa regra básica: pensar no bem-estar do ser amado, com a consciência de que nossa felicidade está diretamente subordinada a esse empenho.
O amor que mais se aproxima desse ideal é o materno.
A mãe está disposta a todos os sacrifícios em favor do filho, porque o bem dele é o seu próprio bem.
É aquele “espelho em que se mira, admirada, luz que lhe põe nos olhos novo brilho”, conforme o poema famoso de Coelho Neto.
As uniões felizes, os casamentos que se estendem além da morte, ensejando reencontros felizes na Espiritualidade, são aqueles em que os cônjuges revelam maturidade suficiente para mudar de pessoa na conjugação do verbo de suas ações.
Da primeira do singular – eu, para a terceira – ele, permutando cuidados recíprocos, a se exprimirem em carinho e solicitude.
No livro Trovas do Outro Mundo, psicografado por Chico, o Espírito Marcelo Gama encerra o assunto:

De afeições anoto a soma
De todo ensino que há:
Paixão é o bem que se toma,
Amor é o bem que se dá.

Livro Rindo e Refletindo com Chico Xavier


*Artigo retirado do site "Richard Simonetti".


Richard Simonetti

Um dos principais autores espíritas, também orador, coordena o Grupo Amor e Caridade, de Bauru/SP. Conheça a biografia, os livros, vídeos CDs e DVDs publicados. Leia uma série de artigos e acompanhe a agenda de palestras.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

BEZERRA DE MENEZES - O FILME



Primeiro longa-metragem Cearense passado no Século XIX o filme será um marco na
Cinematografia do Estado.

Realizado com a mais avançada tecnologia digital e finalizado em 35mm, o longa-metragem "Bezerra de Menezes- Médico dos Pobres" fará uma fiel reconstituição de época para representar o Ceará e o Rio de Janeiro do Século XIX. Com cuidadosa pesquisa história de Luciano Klein, biógrafo de Bezerra de Menezes, aliada a extensa pesquisa iconográfica nos acervos mais importantes do país, a vida de Bezerra de Menezes será contada com passagens ficcionais e relatos de pesquisadores de sua vida e obra.
http://www.bezerrademenezesofilme.com.br
A produção terá locações no Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro e contará com o talento do ator Carlos Vereza interpretando Bezerra de Menezes, além de grande elenco Cearense.

O produto final será exibido em salas de cinema e disponibilizado para locação em DVD em todo o território Nacional.



VEJA O TRAILER DO FILME:




quarta-feira, 4 de junho de 2008

DOWNLOADS GRATUITOS


Pense – Pensamento Social Espírita

Livros completos e uma série de artigos sobre o campo social, com uma abordagem espírita. Destaque para "Espiritismo dialético", de José Herculano Pires e "Reencarnação e desigualdades", de Deolindo Amorim.

Biblioteca Espírita Virtual



Mantida pela Federação Espírita do Paraná, disponibiliza obras de domínio público sobre fenômenos espíritas e Doutrina Espírita, destacando publicações do século XIX e do início do século XX, a maior parte delas em francês.

Uma voz no vento



Volta-te para o Céu e segue Jesus. O consolo descerá do Alto para aliviar os teus desgostos. E mais tarde... Espera, minha querida, porque ainda abençoarás as amarguras que hoje te desolam, por amor às alegrias que te esperam.

Sublimação – cap. 4.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

DESTINO E LIVRE ARBÍTRIO

Por Edson Tomazelli

A perguntar 860 de “O LIVRO DOS ESPIRÍTOS” nos fala sobre as questões de livre-arbítrio e a conseqüente relação de causa e efeito, cujo teor parcialmente transcrevemos “Pode o homem, pela sua vontade e por seus atos, fazer com que os acontecimentos que deveriam ocorrer não ocorram, e vice e versa?” E a resposta: “Ele pode, desde que esse desvio aparente possa se harmonizar com a vida que escolheu.(...)”.

A Doutrina Espírita vem nos mostrar que, se as causas dos fatos mais importantes de nossa vida, felizes ou dolorosos, não forem localizadas na vida presente, com certeza iremos encontrá-las em vida anteriores, pois os efeitos de nossos atos, de acordo ou contrários à lei que rege a harmonia do Universo, podem ser imediatos ou ocorrer em futuro mais ou menos distante.

Em razão disso é possível entender as disparidades nas condições físicas, sociais e morais dos seres humanos, no contexto da justiça divina, porque cada um de nós encontra-se numa posição mais ou menos determinada pelo conjunto de nossos atos, que praticamos nesta vida e nas anteriores, somando, ainda, os períodos na erraticidade, sempre levando-se em conta as nossas necessidades de expiação e de aprendizado de maneira geral.

Essa possibilidade de interferirmos no curso dos acontecimentos, agravando ou atenuando os efeitos ruins, promovendo ou dificultando os efeitos bons, é que nos confirma a resposta dada pelos Espíritos na questão acima.

Demais, precisamos entender que todas nossas ações, por mais insignificantes que sejam, sempre serão acompanhadas de seus efeitos, e que irão se somando uns aos outros, no curso de nossas existências.

Por isso a importância prática de conhecermos as leis que regem a matéria e o espírito, pois sabendo os efeitos e os resultados daquilo que fizermos, poderemos agir de modo a criar situações mais favoráveis que nos aproximem da felicidade. Somos, portanto, os construtores de nossos próprios destinos.

Com esse entendimento, as questões da fatalidade e do destino deixam de ter o caráter místico com que freqüentemente são colocadas. Nada do que nos aconteça é questão de sorte ou azar. Bobagem acreditar que as ocorrências em nossas vidas são determinadas pelas influências dos astros, nomes, números ou por outros fatores externos semelhantes, pois não encontram amparo na lei de causa e efeito e na justiça divina.

Nossos sofrimentos acontecem na hora e na medida certa, sempre em conseqüência das ações más que praticamos, nesta vida ou em vida anteriores. Por outro lado, a situações felizes que vivemos não são obras do acaso, mas foram preparadas por nós mesmos quando agimos de acordo com as recomendações dos princípios cristãos, isto é, quando fazemos o bem.

Na verdade, o destino existe e aquele do qual nós somos os próprios artífices. Destino esse que podemos ir modificando a cada dia, no quadro geral das leis naturais que regem o Universo, acrescentando ao nosso aperfeiçoamento a beleza e os nossos valores próprios, construindo o edifício de nossa consciência. Tal é o objetivo da evolução humana.

Emmanuel, no capítulo “Fatalidade e Livre Arbítrio”, do livro Nascer e Renascer, destaca: “O mapa de regeneração volta conosco ao mundo, consoante as responsabilidades por nós mesmos assumidas no pretérito remoto e próximo; com tudo o modo pelo qual nos desvenciliamos dos efeitos de nossas próprias obras facilita ou dificulta nossa marcha redentora que o mundo oferece”.



domingo, 1 de junho de 2008

Encontro de PSICOGRAFIA em SP



Hoje e amanhã, dias 1° e 2 de junho, Celso Almeida Afonso realizará sessões de psicografia em São Paulo (SP). O médium colaborador do Centro Espírita Aurélio Agostinho, localizado em Uberaba (MG), reconhecido por seu trabalho de auxílio ao próximo - orientação espiritual e cartas psicografadas do Além para parentes e amigos que buscam consolação -, atenderá à Rua Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, 1.038 (Vila Jaguara), próximo a Ponte dos Remédios, em frente à Agência do Bradesco (mesmo endereço, no número 1051), São Paulo (SP). A sessão de hoje, dia 1° de junho, será dividida em dois horários: das 13 às 14h, atendimento àqueles que desejarem a orientação espiritual. A segunda parte, destinada à psicografia, está marcada para às 19h, com recepção aos interessados às 18h. Enquanto o médium psicografar, um expositor convidado palestrará a respeito de um tema de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Celso Afonso lembra as palavras do médium Francisco Cândido Xavier: "O telefone toca sempre de lá para cá". Por isso, nem todos os presentes receberão as mensagens. Na segunda-feira, dia 2 de junho, será realizada outra sessão de psicografia no mesmo local. Mais informações com Marlene no telefone (11) 3625-1769. Entrada franca.



Fonte: Jornal dos Espiritos - Espiritismo em Jornal diário. O seu jornal espírita na web.

ADVINHA QUANTO EU TE AMO


Era hora de ir para a cama, e o coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do coelho pai.
Depois de ter certeza de que o papai coelho estava ouvindo, o coelhinho disse: “adivinha o quanto eu te amo!”.

“Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar” – respondeu o coelho pai.

“Tudo isto” – disse o coelhinho, esticando os braços o mais que podia.

Só que o coelho pai tinha os braços mais compridos, e disse: “e eu te amo tudo isto!”

“Hum,isso é um bocado” pensou o coelhinho.

“Eu te amo toda a minha a altura” – disse o coelhinho.

“E eu te amo toda a minha altura” – disse o coelho pai.

“Puxa,isso é bem alto, pensou o coelhinho. Eu queria ter braços compridos assim”.

Então o coelhinho teve uma boa idéia. Ele se virou de ponta-cabeça apoiando as patinhas na árvore, e gritou: “eu te amo até as pontas dos
edos dos meus pés, papai!”

“E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés” – disse o coelho pai balançando o filho no ar.

“Eu te amo toda a altura do meu pulo!”, riu o coelhinho saltando de um lado para outro.

“E eu te amo toda a altura do meu pulo” – riu também o coelho pai, e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos da árvore.

“Isso é que é saltar; pensou o coelhinho. Bem que eu gostaria de pular assim.”

“Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio” – gritou o coelhinho.

“Eu te amo até depois do rio, até as colinas.” – disse o coelho pai.

“É uma bela distância pensou o coelhinho.” Mas, àquela altura já estava sonolento demais para continuar pensando. Então, ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite e concluiu: nada podia ser maior que o céu.

“Eu te amo até a Lua!” – disse ele, e fechou os olhos.


“Puxa, isso é longe” – falou o papai coelho – “longe mesmo!”


O coelho pai deitou o coelhinho na sua caminha de folhas, inclinou-se e lhe deu um beijo de boa-noite.
Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo: “eu te amo até a Lua... ida e volta!”


E você, já disputou alguma vez com seu filho quem gosta mais um do outro?


Geralmente as disputas são em torno de questões como quem joga futebol melhor, quem corre mais, quem vence mais etapas no vídeo
game, quem coleciona mais troféus, etc.

A vida atarefada, o corre-corre, os inúmeros compromissos, por vezes nos afastam das coisas simples como sentar na cama ao lado do
filho e lhe contar uma história, enquanto o sono não vem.

Acariciar-lhe os cabelos, segurar suas mãozinhas pequenas, fazer-lhe companhia para que se sinta seguro.


Deitar-se, sem pressa, ao seu lado quando ele vai para a cama, falar-lhe das coisas boas, ouvir com ele uma melodia suave para espantar
os medos que tantas vezes ele não confessa.

Falar-lhe do afeto que sentimos por ele, do quanto ele é importante em nossa vida. Dizer-lhe que um anjo bom vela seu sono e que Deus
cuida de todos nós.

E se você pensa que isso não é importante, talvez tenha esquecido das muitas vezes que arranjou uma boa desculpa para se aconchegar ao
lado do pai ou da mãe, nas noites de temporal...

***
Se, às vezes, é difícil se aproximar de um filho rebelde, considere que a sua rebeldia pode ser, simplesmente, um apelo desajeitado de alguém que precisa apenas de um colo seguro e um abraço de ternura.



Redação do Momento Espírita, baseado no livro “Adivinha quanto eu te amo" de Sam Mcbratney, ed. Martins Fontes .