sexta-feira, 15 de agosto de 2008

AMOR E DEDICAÇÃO

 

Em 1994 o prêmio Nobel de Economia, no valor de 930.000 dólares, distribuído anualmente pela Academia Sueca de Ciências, foi dividido entre um alemão e dois americanos, por sua contribuição para estabelecer os fundamentos da teoria dos jogos.

A teoria dos jogos transformou o mundo dos negócios e substituiu a economia clássica baseada na pura competição.

Criada na década de 1940, grande parte da sua base matemática foi desenvolvida por John F. Nash em sua tese de doutorado na Universidade de Princeton.

Nash foi um dos ganhadores do prêmio Nobel. Nascido em 1928, na Virgínia ocidental, Nash estudou matemática no Instituto de Tecnologia Carnegie e em Princeton. Em 1951 passou a integrar a equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

O que ressalta em sua vida, entretanto, não é a sua genialidade, mas o grande martírio que foi a sua vida.

Com diagnóstico de esquizofrenia, ele foi recolhido a um hospital psiquiátrico e submetido, inclusive, a choques por insulina.

Ele tinha, segundo os médicos, alucinações, ilusões, que o levavam a imaginar conspirações internacionais e a se acreditar capaz de impedir um grande problema mundial.

Também afirmava receber ordens de determinadas pessoas, invisíveis aos demais.

Fosse a sua imaginação ou fossem espíritos que o atormentassem, dentro do seu quadro de quase loucura, o que importa é que ele superou a dificuldade.

Em todos os momentos, inclusive nos das maiores e piores crises de quase loucura, sua esposa esteve com ele.

Alícia dispôs-se a mantê-lo em casa mesmo quando, por recomendação médica, que o julgava perigoso, deveria retornar para o tratamento no hospital e se submeter, outra vez, aos choques e medicação mais potente, a fim de impedir a loucura total.

“Quer saber o que é real?” – pergunta ela ao marido. E, tocando-lhe a face com muito carinho, diz: “isto é real.”

Depois toma a mão dele e a coloca em seu próprio rosto, repetindo: “isto é real.” Em seguida leva a mão ao coração, fazendo-o sentir o pulsar descompassado e torna a afirmar: “isto é real.”

Finalmente, ela lhe diz: “talvez a parte que saiba que tenha que acordar de um sonho não esteja em seu cérebro. Talvez esteja em seu coração.”

Ela apostou na sua melhora. E ele correspondeu. Com esforço incrível, sendo muitas vezes motivo de risos dos estudantes, ele retornou para a Universidade de Princeton, com permissão de assistir algumas aulas e freqüentar a biblioteca.

Lutou bravamente para não atender aos rogos e ordens dos personagens invisíveis que o atormentavam e conseguiu reaver sua cadeira de professor.

Na noite de dezembro de 1994, ao receber o seu prêmio, em Estocolmo, o discurso de Nash foi emocionante:

“Sempre acreditei nos números. Nas equações e na lógica que leva à razão. E após uma vida toda de buscas, pergunto: o que realmente é a lógica?”

Quem decide a razão?

Minha procura me levou através do físico, do metafísico, do ilusório e de volta. E fiz a descoberta mais importante da minha carreira.

A descoberta mais importante da minha vida. É somente nas misteriosas equações do amor que qualquer lógica ou razão pode ser encontrada.”

E, olhando para a esposa, emocionada, na platéia, completou: ”só estou aqui esta noite por sua causa. Você é a razão de eu existir. Você é todas as minhas razões.”

***

Quem ama sempre se transforma em mártir do amor.

Ante o amor, a dificuldade torna-se desafio, a dor se faz teste, a enfermidade constitui resgate, a luta se converte em experiência, a ingratidão ensina, a renúncia liberta, a solidão prepara e o sacrifício santifica.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base no livro do ano da Enciclopédia Mirador, vol. 1995, item Prêmio Nobel de Economia, no filme “Uma mente brilhante” e no livro repositório de sabedoria, vol. 1, verbete amor, Divaldo Franco.

ALGUÉM PARA AMAR

 

O mundo está cheio de queixas. De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.

O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.

Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que madre Teresa de Calcutá certo dia escreveu:

Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.

Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixe-me compartilhar a cruz do outro.

Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.

Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.

Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.

Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.

Tornai-nos dignos, senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.

Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.

Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar. Sua preocupação era primeiro com os outros.

Todos representavam para ela o próprio cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.

Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as raças e credos religiosos.

Honrada com o prêmio Nobel da paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.

Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.

Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.

***

O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos. Almas que se lancem ao trabalho reconfortante e luminoso, no qual se pode ser útil de verdade.

Almas que não esperem nada dos seus atendidos a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.

Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.

Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: é melhor amar do que ser amado.

 

 

Fontes: Livro Vida e Mensagem, cap. 20, ed. FRÁTER.

Poema de Madre Teresa de Calcutá – Dai-me alguém para amar.

Momento Espírita

www.momento.com.br

 

A FAMÍLIA EM PRIMEIRO LUGAR

 

        O administrador Stephen Kanitz, colunista da revista Veja, escreveu em edição de fevereiro de 2002 mais ou menos o seguinte:

        Há vinte anos presenciei uma cena que modificou radicalmente minha vida. Foi num almoço com um empresário respeitado e bem mais velho que eu.

        O encontro foi na própria empresa. Ele não tinha tempo para almoçar com a família em casa, nem com os amigos num restaurante. Os amigos tinham de ir até ele.

        Seus olhos estavam estranhos. Achei até que vi uma lágrima no olho esquerdo. “Bobagem minha”, pensei. Homens não choram, especialmente na frente dos outros.

        Mas, durante a sobremesa, ele começou a chorar copiosamente. Fiquei imaginando o que eu poderia ter dito de errado. Supus que ele tivesse se lembrado dos impostos pagos no dia.

        “Minha filha vai se casar amanhã”, disse sem jeito, “e só agora a ficha caiu. Percebo que mal a conheci.

        Conheço tudo sobre meu negócio, mal conheço minha própria filha. Dediquei todo o tempo à minha empresa e me esqueci de me dedicar à família.”

        Voltei para casa arrasado. Por meses, me lembrava dessa cena e sonhava com ela. Prometi a mim mesmo e a minha esposa que nunca aceitaria seguir uma carreira assim.

        Colocar a família em primeiro lugar não é uma proposição tão aceita por aí. Normalmente, a grande discussão é como conciliar família e trabalho. Será que dá?

        O cinema americano vive mostrando o clichê do executivo atarefado que não consegue chegar a tempo para a peça de teatro da filha ou ao campeonato mirim de seu filho.

        Ele se atrasou justamente porque tentou conciliar trabalho e família. Só que surgiu um imprevisto de última hora, e a cena termina com o pai contando uma mentira ou dando uma desculpa esfarrapada.

        Se tivesse colocado a família em primeiro lugar, esse executivo teria chegado a tempo. Teria levado pessoalmente a criança ao evento.

        Teria dado a ela o suporte psicológico necessário nos momentos de angústia que antecedem um teatro ou um jogo.

        A questão é justamente essa. Se você, como eu e a grande maioria das pessoas, tem de conciliar família com amigos, trabalho, carreira ou política, é imprescindível determinar quem você coloca em primeiro lugar.

        Colocar a família em primeiro lugar tem um custo com o qual nem todos podem arcar. Implica menos dinheiro, fama e projeção social.

        Muitos de seus amigos poderão ficar ricos, mais famosos que você e um dia olhá-lo com desdém. Nessas horas, o consolo é lembrar um velho ditado que define bem por que priorizar a família vale a pena:

        “Nenhum sucesso na vida compensa um fracasso no lar.”

        Qual o verdadeiro sucesso de ter um filho drogado por falta de atenção, carinho e tempo para ouvi-lo no dia-a-dia?

        De que adianta ser um executivo bem-sucedido e depois chorar durante a sobremesa porque não conheceu sequer a própria filha?

*   *   *

        O lar constitui o cadinho redentor das  almas. Merece nosso investimento em recursos de afeto, compreensão e boa vontade, a fim de dilatar os laços da estima.

        Os que compõem o lar são os marcos vivos das primeiras grandes responsabilidades do Espírito encarnado.

        Assim, acima de todas as contingências de cada dia, compete-nos ser o cônjuge generoso e o melhor pai, o filho dedicado e o companheiro benevolente.

        Afinal, na família consangüínea, temos o teste permanente de nossas relações com toda a Humanidade.

 

 

Redação do Momento Espírita, baseado no artigo de
Stephen Kanitz, revista Veja, seção Ponto de vista,
de 20 de fevereiro de 2002 e no cap. 19 do livro
Conduta espírita, do Espírito André Luiz,
psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb.
Em 13.08.2008.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O VIOLINO DE UMA CORDA SÓ

Era uma vez um grande violinista chamado Paganini. Alguns diziam que ele era muito estranho. Outros, que era sobrenatural. Ninguém queria perder a oportunidade de ver seu espetáculo.

Numa certa noite, o palco, repleto de admiradores, estava preparado para recebê-lo. A orquestra entrou e foi aplaudida, o maestro, ovacionado. Mas quando Paganini entrou, o público delirou. Paganini coloca o violino no ombro e o que se segue é indescritível.

De repente, um som estranho interrompe o devaneio da platéia. Uma das cordas do violino arrebenta. O maestro parou. A orquestra parou. Mas Paganini continuava a tirar sons deliciosos de um violino com problemas. O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar. Quando tudo parecia bem, outra corda quebra. Todos param novamente, menos Paganini, que continua a tirar sons maravilhosos. Empolgados, todos voltam a tocar.

Mas outro som perturbador ecoa no auditório. Mais uma corda. Todos param novamente. Mas Paganini não pára. Como se nada tivesse acontecido, ele esquece as dificuldades e avança tirando sons do impossível. O maestro e a orquestra impressionados, voltam a tocar.

O público parte do silêncio para a euforia, da inércia para o delírio. Paganini atinge a glória. Seu nome corre através do tempo. Ele não é apenas um violinista genial. É o símbolo do profissional diante do impossível.

Moral da história: eu não sei o tipo de problema que poderá acontecer em nossa vida, mas ele sempre surgirá de forma inesperada.

Nem tudo estará perdido. Procure perceber que existirá uma corda que ainda pode ser tocada e é tocando nela que você exercerá o seu talento, a vida sempre lhe deixará uma. Nunca desista. Ainda existe a corda da persistência inteligente de 'tentar mais uma vez'. Desperte o Paganini que existe em você e avance para vencer.

Vitória é a arte de você continuar onde outros resolvem parar. Quando tudo parece ruir, dê uma chance a você mesmo e vá em frente. Nunca a vida lhe quebrará todas as cordas. É sempre a corda esquecida que lhe dará o maior resultado. Mas, se por acaso, você estiver mesmo no fundo do poço, esta é a sua chance de tocar a melhor corda do Universo: Deus.

O som que você ouvirá a seguir o transformará num campeão.

 

Aloha Galvão
(Artigo retirado da revista Presença Espírita nº 236 Maio/Junho de 2003 da editora LEAL)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Reflexão...

 

domingo, 10 de agosto de 2008

Pai: nossa gratidão eterna

 

Quantas lembranças de dias passados, dos terrenos sem muro, do cão manso, das manhãs com o canto do galo quando a luz do sol se fazia intensa, a nos anunciar o nascimento de um novo dia...
    De que maneira esquecer seus braços fortes, me impulsionando o corpo para alcançar o fruto do meu desejo! E, que delícia eram seus beijos, e as suas palavras que me tocavam profundamente o coração.
    -Filha, o papai te ama muito!
    Quantos passeios, quantas trocas de sorrisos... parecíamos ter ao nosso alcance o paraíso.
    Hoje, quando se comemora o dia dos pais, desejo pedir a Deus, Pai dos pais, que o abençoe e que próximo ou distante, esteja você ou outro pai recebam todos a nossa gratidão, o nosso afeto, e, que eternidade afora seja o amor que exercitamos o nosso presente diário, o veículo capaz de enviar-lhes amor que exercitamos, para enviar-te em todos os lugares, neste espaço sem fim, a nossa gratidão eterna através da sinceridade do nosso amor filial.
    Feliz dia dos pais a todos! E que a felicidade que sabemos, Deus deseja encontrá-los e encontrar a todos nós seja para todos o melhor presente.
                                   

Pelo Espírito: Meimei
Mensagem psicografada pelo médium Celso de Almeida Afonso, em reunião pública,   na  noite  de  10-07-2006, no Centro Espírita Aurélio Agostinho, em Uberaba, MG.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Momento de Reflexão II

 

Chico Xavier