quarta-feira, 15 de abril de 2009

Misericórdia e justiça

tulipas

 

O Espiritismo ensina que Deus rege o Mundo com base em leis perfeitas, plenas de justiça e misericórdia.

Nenhum ato moral de Suas criaturas fica sem consequências.

Sempre há a justa resposta, dada no tempo certo.

Como se trata de um Pai amoroso, a incidência de Suas leis objetiva o aperfeiçoamento de todos.

A opção pelo bem é sempre premiada com maiores recursos.

Uma atmosfera de paz e oportunidades forma-se ao derredor de quem se esforça em ser digno e bondoso.

De tempos em tempos, o amante do bem é defrontado com testes, a fim de que cresça ainda mais.

Mas sempre com o devido amparo das forças celestes.

O equivocado também segue sob os auspícios do Alto.

Ao longo dos séculos, os equívocos preponderaram.

Muitos se permitiram atos de pirataria e rapinagem, pelos quais semearam a tragédia na vida do semelhante.

Outros lucraram com a escravidão.

Houve guerras e perseguições de índole racial e religiosa.

Não raros se dispuseram a desempenhar o triste papel de sedutores, na busca de prazeres efêmeros.

Ainda hoje, há quem faça da fé objeto de comércio.

Na política, persiste a busca do interesse próprio, por trás dos belos discursos.

Todos esses desatinos são objeto de minucioso registro na consciência de cada um.

A fim de permitir o soerguimento moral, a misericórdia divina providencia o esquecimento.

A cada encarnação, o Espírito tem a oportunidade de recomeçar.

Contudo, o registro do que ele fez persiste indelével em sua estrutura íntima.

As figuras genuinamente virtuosas são um tanto raras na história da Humanidade.

Assim, para o homem comum a recordação plena do que viveu no curso dos milênios seria desastrosa.

Se todas as consequências de seus atos o atingissem de uma vez, ele não resistiria.

A excelsa compaixão, atenta à fragilidade humana, permite que se pague no varejo o débito contraído no atacado.

Ela consente que o Espírito esqueça o mal que fez e se reconstrua no bem, mediante pequenas lutas e conquistas.

Entretanto, é necessário realmente optar pelo bem.

Após tantas existências, para a Humanidade terrena o tempo urge.

Uma nova era de paz e responsabilidade se avizinha e é preciso ser digno dela.

O momento reclama uma boa aplicação dos próprios talentos.

Como a reabilitação é necessária, um contínuo abuso da misericórdia funcionará como um clamor para a incidência da justiça.

Ciente disso, reflita sobre o que tem feito dos recursos amorosamente depositados em suas mãos pelo Excelso Poder.

Pondere que o auxílio ao próximo é um dever, não um favor.

A Providência desde sempre lhe ampara os passos enquanto aguarda que você aprenda justamente a lição da fraternidade.

Pense nisso.

Fonte: Redação do Momento Espírita.
Em 06.04.2009.

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