sexta-feira, 15 de maio de 2009

Uma vaga tristeza...

mar

    Você já percebeu que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos nossos corações e nos leva a considerar amarga a vida?

        É que nosso Espírito, aspirando a felicidade e a liberdade, se sente esgotado, cativo ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele.

        Reconhecendo inúteis tais esforços, caímos no desânimo e, como o corpo sofre essa influência, toma-nos o cansaço, o abatimento, uma espécie de apatia. E nos julgamos infelizes.

        A saudade dos amores que já se foram comprime-nos o peito, e a solidão aproveita para se instalar em nossa alma sofrida.

        Os dias se sucedem e a tristeza teima em nos fazer companhia...

        No entanto, é preciso que resistamos com energia a essas impressões que nos enfraquecem a vontade.

        São inatas no Espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor.

        O próprio Cristo falou da felicidade que Deus nos reserva, na vida futura, após vencidas as etapas que nos competem na estrada evolutiva.

        Devemos, por nossa vez, aguardar pacientemente o anjo da libertação, para nos ajudar a romper os liames que nos mantém cativos ao corpo carnal.

        Lembremo-nos de que, durante a nossa estada na Terra, temos de desempenhar uma missão de que não suspeitamos, quer dedicando-nos à família, quer cumprindo outras obrigações que Deus nos confiou.

        E se, no decorrer desse período, advierem as inquietações, as tribulações, as noites sem estrelas, os dias amargos, devemos manter-nos fortes e corajosos para os suportar.

        Nesses dias difíceis, é importante que cerremos os olhos e voltemos nossos sentimentos ao alto, numa oração sincera, buscando forças.

        E, ainda que tudo pareça envolto em escura neblina, perceberemos os sons de uma melodia distante, convidando-nos a dar alguns passos a mais... É a voz do suave Pastor que jamais nos deixa sós.

        É a cantiga dos imortais, que superaram com bravura as refregas da vida física, dizendo-nos que os momentos amargos duram pouco, e nos conduzirão à companhia dos amigos por quem choramos e que, felizes por ver-nos de novo entre eles, nos estenderão os braços, a fim de guiar-nos a uma região inacessível às aflições da Terra.

*   *   *

        Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação na fé, na confiança em Deus e nos demais ensinos do Cristo.

        Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta existência, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o peso e nenhuma esperança lhe alivia a amargura.

        Foi isso que levou Jesus a dizer: Vinde a Mim todos vós que estais fatigados, que Eu vos aliviarei.

 

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. V, item 25 e no cap. VI, item 2 do livro O evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 25.07.2008.

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