quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Chamo-me amor

QUANDO, nas horas de íntimo desgosto,

o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos  Busca-Me:

eu sou Aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas;

Quando te julgares incompreendido pelos que te circundam e vires que em torno a indiferença recrudesce, acerca-te de Mim:

eu sou a Luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos;

Quando se te extinguir o ânimo, as vicissitudes da vida,

e te achares na eminência de desfalecer, chama-Me: eu sou a Força,

capaz de remover-te as pedras dos caminhos de sobrepor-te às adversidades do mundo;

Quando, inclementes,

te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça,
corre para junto de Mim: eu sou o Refúgio,

em cujo seio encontrarás guarida para o teu corpo e tranqüilidade para o teu espírito;

Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição,

e te julgares incapaz de conservar a serenidade de espírito,

invoca-Me: eu sou a Paciência, que te faz vencer os transes mais dolorosos
e triunfar nas situações mais difíceis;

Quando te abateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos,  grita por Mim: eu sou o Balsamo,

que te cicatriza as chagas e te minora os padecimentos;

Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que já ninguém pode inspirar-te confiança, vem a Mim: eu sou a Sinceridade,

que sabe corresponder à fraqueza de tuas atitudes e à exelsitude de teus ideais;

Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento,  clama por Mim: eu sou a Alegria,  que te insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos de teu mundo interior;

QUANDO, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero,  apela para Mim:eu sou a Esperança, que te robustece a fé e acalenta os sonhos;

QUANDO a impiedade se recusar a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-Me: eu sou o Perdão, que te eleva o ânimo e promove a reabilitação de teu espírito;

Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo te avassalar a alma, recorre a Mim: eu sou a Crença, que te inunda de luz o entendimento e te reabilita para a conquista da felicidade;

Quando já não aprovares a sublimidade de uma afeição sincera
e te desiludires do sentimento de seu semelhante, aproxima-te de Mim: eu sou a Renúncia,  que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo;

Quando, enfim, quiseres saber quem Sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda.

Eu sou a dinâmica da Vida e a  harmonia da Natureza;

chamo-me AMOR! 

Emmanuel / Chico Xavier

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