terça-feira, 25 de maio de 2010

DIANTE DA ANGÚSTIA

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A ausência de objetivos existenciais conduz o indivíduo à conceituação do nada como um mecanismo de fuga da realidade.
Kierkegaard, o eminente teólogo e filósofo dinamarquês, estabeleceu que a ausência de sentido da vida conduz à angústia, procedendo do nada e vivenciando realidades para o futuro .
Essa ambigüidade entre o nada e o ser leva a uma irracionalidade da sua existência metafísica e a expressão absurda da vida.
Essa conceituação abriu espaço para formulações variadas na área da filosofia, facultando aos existencialistas, através do pensamento de Sartre, que a considerava como sendo uma expressão de liberdade, conseqüência da falta de objetivos essenciais. Igualmente os sensualistas têm-na como ausência de metas, o absurdo, produzindo resultados de aniquilamento da vida, como pensava Camus e todo um grupo de apologistas do prazer.
Sob o ponto de vista psicológico, a angústia resulta de vários fatores ancestrais, que podem possuir uma carga genética, que imprimiu no comportamento a patologia perturbadora.
Outros impositivos psicossociais como perinatais influenciam a conduta angustiante, levando à depressão profunda, que pode resultar em suicídio.
A fixação de pensamentos negativos em que o homem se compraz termina por gerar conflitos graves quando se negam auto-estima e o direito à felicidade, vivência a autoconsideração, tombando na revolta surda e silenciosa, que cultiva nos dédalos da personalidade conflitiva.
Entretanto, as raízes fortes da angústia encontram-se emaranhadas no passado de culpa do Espírito, que reconhece o erro e teme ser descoberto.
Envolve-se, sem dar-se conta, num manto sombrio de desconforto moral e sem ter consciência da sua realidade, compreende-a, mas não sabendo digeri-la, transforma-a em mortificação, em cilício, que o amargura.
Faltando valores morais para um enfrentamento lúcido com a realidade em que limita os movimentos, transfere o sentido de responsabilidade para o próximo, para a sociedade e descarrega a sua mágoa, rebelando-se, anulando-se.
A angústia é estado mórbido que deve ser combatido na sua causalidade.
A reflexão em torno dos valores que são desconsiderados, a introspecção sobre a oportunidade de despertamento para ser útil, o sentimento de fraternidade que deve ser despertado, contribuem positivamente para o tratamento libertador...
A ajuda especializada de terapeuta responsável enseja o desalgemar do Espírito desse amargo estado aflitivo, acenando possibilidades felizes que se transformam em bem-estar e saúde.
Não raro, o portador de angústia cultiva o masoquismo, que resulta de uma consulta egoísta, graças, ao que, mediante mecanismo psicológico especial, foge da realidade por necessidade de valorização pessoal. Em face da ausência de recursos positivos e superiores, recorre ao atavismo dos instintos primários e descamba na torpe angústia.
Diante dela, somente uma resolução firme e legítima para facultar abertura terapêutica para o desafio.
Não havendo interesse do paciente, é certo que mais difícil se torna a liberação da psicopatologia tormentosa.
Considera a bênção da oportunidade que desfrutas e espanta as sombras da tristeza que, periodicamente, te assaltam.
Evita acumular amarguras defluentes da queixa, da sensação de infelicidade, e trabalha-te, a fim de que teu amanhã se apresente menos tenebroso.
Hoje colhes, enquanto fruis o ensejo de ensementar.
Busca ser útil a alguém, mesmo que, aparentemente, nenhum objeto se te delineie de imediato.
Sempre há oportunidade, quando se deseja crescer e desenvolver valores latentes.
Jesus informou que Ele é vida e vida em abundância.
Recorre-lhe à ajuda, e deixa-te curar pela sua assistência de Psicoterapeuta por excelência.

Joanna de Ângelis

(Mensagem psicografada por Divaldo Pereira Franco em 05/03/98 – Salvador /Bahia)

Verdadeiro respeito

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Ainda hoje é comum se observar desrespeito entre membros de religiões diferentes.

Um ditado popular até inclui religião entre os temas que não devem ser conversados ou discutidos, entre colegas ou amigos. É questão nevrálgica que pode gerar desentendimentos.

É que, quase sempre, um termina por ofender o outro por serem diferentes os conceitos a respeito de Deus, da alma, das penas e recompensas futuras.

Contudo, entre grandes líderes religiosos há muito respeito. Exatamente porque um no outro admira o compromisso integral com sua própria crença.

Recordamos que no ano de 1219, Francisco de Assis, que fora se juntar aos combatentes da Quinta Cruzada, decidiu ir à presença do sultão Al-Malik Al-Kamil.

Ele desejava converter o sobrinho de Saladino ao Cristianismo. E se isso redundasse em martírio, não se importava.

Com seu companheiro Illuminatus foi em direção ao quartel-general do sultão.

Era sabido que os cristãos podiam praticar sua fé em terras muçulmanas. Mas, se tentassem converter algum maometano, estariam sujeitos à pena capital.

Quando Francisco e o amigo se aproximaram do acampamento do sultão foram imediatamente levados à sua presença.

O governante muçulmano tinha a mesma idade de Francisco. Ele governava o Egito, a Palestina e a Síria.

Era competente em artes militares. Também completamente dedicado às tradições de sua fé e à sua disseminação.

Cinco vezes ao dia, ao ouvir o chamado para a adoração a Alá, era o primeiro a assumir a postura devida.

Francisco de Assis, pois, estava diante de um homem profundamente devoto, que também acreditava em um Deus único.

Francisco, através de um intérprete, falou ao sultão e ao seu conselho sobre a fé em Cristo e o apelo de paz em nome de Jesus, o filho de Deus.

Quando concluiu, os conselheiros presentes opinaram que os visitantes deveriam ser, de imediato, decapitados.

Entretanto, o sultão era homem que apreciava a verdadeira fé onde quer que a encontrasse e disse:

Vou contrariar esses conselhos. Jamais te condenarei à morte. Seria uma perversa recompensa para alguém que voluntariamente arriscou-se a morrer a fim de salvar minha vida diante de Deus, como acreditas.

Até onde os registros medievais, em italiano e francês, bem como as crônicas muçulmanas relatam, o fato não teve precedente na História das relações entre cristãos e muçulmanos.

Os frades ficaram no acampamento durante uma semana. E, ao despedi-los, o sultão forneceu a ambos salvo-conduto de volta ao seu acampamento.

E até mesmo a Jerusalém, pois Francisco desejava venerar os ditos lugares santos cristãos.

Deu-lhes o suficiente em provisões para a viagem de retorno e presentes preciosos. Esses, delicadamente foram recusados por Francisco, o que mais provocou a admiração de Al-Kamil.

Francisco não conseguiu converter o sultão à fé cristã mas saiu de lá com uma impressão bem diferente do seu anfitrião.

Eram dois líderes. Um liderava homens à guerra, motivados por suas convicções religiosas. O outro somente desejava que se implantasse a paz do Cristo no mundo.

Dois líderes. Conceitos divergentes. Batalhas gigantescas a vencer. Armas diferentes.

Mas um ao outro ouviu e deixou bem claras as linhas do respeito.

Pensemos nisso.

Fonte: Redação do Momento Espírita, com base no cap. Doze

– 1219 – 1220, do livro Francisco de Assis, o santo

relutante, de Donald Spoto, ed. Objetiva.

 

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sábado, 22 de maio de 2010

Momento de Reflexão - Aparências

 

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O ser humano costuma se preocupar com a imagem que transmite ao mundo.

Há regras de comportamento e de vestimentas para as mais variadas ocasiões.

Conforme o local, as exigências mudam.

Há ambientes formais e informais, mais ou menos sofisticados.

Para ter uma boa aparência, as pessoas cuidam de seu vestuário e de seu corpo.

Uma imagem desleixada em geral dificulta o sucesso profissional.

Também a vida social oscila conforme o apuro da apresentação pessoal.

É bom e necessário que haja preocupação em ser asseado, agradável no trato e em se vestir conforme a ocasião.

Esse acatamento das regras sociais constitui sinal de respeito às pessoas com quem se convive.

Contudo, convém não cuidar apenas do que aparece.

Tudo o que é material é sempre efêmero.

Boas roupas, corpo bem cuidado e maneiras sofisticadas podem ser apenas uma capa para esconder o que realmente se é.

A polidez é importante, mas representa apenas uma aparência, que pode ser enganosa, ou a porta de entrada das virtudes.

É possível adotar expressões que traduzem atenção e respeito, sem ter o menor interesse no bem estar do próximo.

A título de princípio, vale a disciplina do exterior.

Entretanto, é preciso que o coração também seja convocado a participar.

Não dá para cuidar apenas do exterior e achar que basta.

Cedo ou tarde, as aparências cessarão.

Todo homem é um Espírito momentaneamente vestindo um corpo de carne.

Por lindo que seja esse corpo, seu destino é a sepultura.

A essência da criatura reside em sua realidade íntima.

Cada qual transcende com o que é, não com o que aparenta.

Há pessoas que se ocupam de aparentar pureza.

Mas cultivam pensamentos e sentimentos desonestos e lascivos.

Para os que estão a sua volta parecem exemplos de dignidade.

Mas os Espíritos, que podem perceber seus pensamentos, os veem de modo bem diverso.

Conforme a realidade íntima, assim é a constituição espiritual.

Alguém de aparência e modos irretocáveis pode ter estrutura espiritual apodrecida.

Talvez passe uma imagem respeitável à sociedade, que lhe ignora o íntimo.

Contudo, é visto pelos Espíritos como um decaído.

Exala fluidos deletérios, literalmente cheira mal, para quem consegue perceber.

Será como um lascivo decadente que ressurgirá após a morte do corpo.

Convém pensar nisso, para evitar surpresas desagradáveis.

Mais cedo ou mais tarde, sua realidade íntima aparecerá, sem nenhum disfarce.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Levar o amor

 

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Que eu leve o amor... A mim, em primeiro lugar.

Que eu leve o amor para dentro de mim e que todo auto-ódio se converta em chance, em nova chance.

Que eu me dê novas chances... De amar de novo, de acertar de novo, de dar ao menos um pequeno passo adiante, afastando-me da estagnação.

Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor; não esse amor de plástico, disfarçado de complacência, que mais me engana do que me enobrece.

Que seja um amor maduro, que proclama seguro: Eu sei quem sou! Eu sei quem quero ser!

* * *

Que eu leve o amor... À minha família.

Onde houver ódio em minha família, que eu leve o amor...

Que eu seja a luz, mesmo que pequenina, a iluminar a escuridão dos dias difíceis em meu lar.

Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio e não querem falar de suas mazelas. Que minhas preces e meu sorriso os guarde em paz...

Que eu leve o amor quando seja ofendido, maltratado, menosprezado, esquecido. Que eu lembre de oferecer a outra face do ensino do Cristo.

Que eu leve o amor quando meus filhos sejam ingratos. Que minha ternura não seque tão facilmente.

Que eu leve o amor quando meus pais não me compreendam e não sejam os pais que gostaria de ter.

Que minha compreensão desperte de seu sono e perceba que eles buscam acertar, que buscam dar o melhor de si, embora nem sempre tenham êxito.

São os pais que preciso. São os pais que me amam.

Que eu leve o amor quando o romance esfriar e algumas farpas de gelo me ferirem o coração.

São os espinhos da convivência. não precisam se transformar em ódio se o amor assim desejar.

Que eu leve o amor... Aos meus inimigos.

Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.

Que eu respeite. Que eu compreenda. Que eu não me entregue ao ódio tão facilmente.

Que eu leve o amor aos que me querem mal, evitando aumentar seu ódio com meu revide, com minha altivez.

Que ore por eles. Que lhes peça perdão em prece, mesmo muitas vezes não recordando dos equívocos que macularam seus corações.

Que lhes mostre que ontem errei, mas que hoje estou diferente, renovado, disposto a reconstruir o que destruí.

Que eu leve o amor... A minha sociedade.

Que eu leve o amor aos que não conheço, mas que fazem parte de meu mundo.

Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...

Que eu leve o amor ao mundo, perfumando a Terra com bons pensamentos, com otimismo, com alegria.

Que eu leve o amor aos viciados em más notícias, aos pessimistas, aos que já se entregaram à derrota.

Que meu amor os faça ver a beleza da vida, das Leis de Deus, do mundo em progresso gerido por Leis de amor maior.

Que eu leve o amor aos carentes, do corpo e da alma. Que meu sorriso seja a lembrança de que ainda há tempo para mudar, para transformar.

Sou agente transformador. Sou agente iluminador. Sou instrumento da paz no mundo.

Que eu leve o amor...

 

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Momento de Reflexão - CRÍTICA

 

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Se você está na hora de criticar alguém, pense um pouco, antes de iniciar.

Se o parente está em erro, lembre-se de que você vive junto dele para ajudar.

Se o irmão revela procedimento lamentável, recorde que há moléstias ocultas que podem atingir você mesmo.

Se um companheiro faliu, é chegado o momento de substituí-lo em trabalho, até que volte.

Se o amigo está desorientado, medite nas tramas da obsessão.

Se o homem da atividade pública parece fora do eixo, o desequilíbrio é problema dele.

Se há desastres morais nos vizinhos, isso é motivo para auxílio fraterno, porquanto esses mesmos desastres

provavelmente chegarão até nós.

Se o próximo caiu em falta, não é preciso que alguém lhe agrave as dores de consciência.

Se uma pessoa entrou em desespero, no colapso das próprias energias, o azedume não adianta.

Ainda que você esteja diante daqueles que se mostram plenamente mergulhados na loucura ou na delinqüência, fale no

bem e fuja da crítica destrutiva, porque a sua reprovação não fará o serviço dos médicos e dos juizes indicados para

socorre-los, e, mesmo que a sua opinião seja austera e condenatória, nisso ou naquilo, você não pode olvidar que a

opinião de Deus, Pai de nós todos, pode ser diferente.

Espírito: ANDRÉ LUIZ

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro: "Espírito da Verdade" - EDIÇÃO FEB

 

Paz e Luz

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terça-feira, 18 de maio de 2010

A FAMÍLIA

 

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"A família consangüínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se enriquecem de paciência, renúncia e boa vontade..."

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A FAMÍLIA

Emmanuel

A família consangüínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se enriquecem de paciência, renúncia e boa vontade.

De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino.

Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que já demandaram a esfera superior aureolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, a fim de restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para frente.

Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou parentes, não passamos de devedores em resgate de antigos compromissos.

Se for pai, não abandones teu filho aos processos evolutivos da natureza animal, qual se fora menos digno de atenção que a hortaliça de tua casa.

Os filhos são comparáveis a “tratos de terra espiritual” que devolverás, invariavelmente, à Espiritualidade na pauta da sementeira que lhes ofertes.

Se for filho, não desprezes teus pais, relegando-os ao esquecimento e subestimando-lhes os corações quando te parecem em desacordo com os teus ideais de elevação e nobreza, porque também, um dia, precisarás da alheia compreensão para que se te aperfeiçoe na individualidade a região agora menos burilada e menos atendida.

O companheiro mais idoso, em toda parte, é o espelho do teu próprio futuro.

Aprende a usar a bondade, em doses intensivas, ajustando-a ao entendimento e à vigilância, para que a experiência em família não se te desapareça no tempo, sem proveito para o grande caminho.

Quem não auxilia a alguns, não se acha habilitado ao socorro de muitos.

Quem não tolera o pequeno desgosto doméstico, sabendo sacrificar-se com espontaneidade e alegria, a benefício dos irmãos de tarefa ou de lar, debalde se erguerá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece.

Cultiva o trabalho, o silêncio e a generosidade e conquistarás o respeito, sem o qual ninguém consegue ausentar-se do mundo em paz consigo mesmo.

Se não praticas no grupo familiar ou no esforço isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança, a inspiração e a diretriz, no culto do Evangelho.

Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícuas ou destrutivas.

Procura atender e auxiliar a todos em casa para que todos em casa te entendam e auxiliem na solução dos problemas do cotidiano.

O lar é o porto de onde a alma se retira para Além do Mundo e quem não transporta no coração o lastro da experiência cristã, dificilmente escapará de surpresas inquietantes e dolorosas.

Procura o Evangelho com todos ou sozinho.

Recorda que todo dia é dia de começar.

 

(Do livro “Nós”, Emmanuel, Francisco Candido Xavier)

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PONTOS VULNERÁVEIS

 

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Nas tuas fraquezas estão os pontos vulneráveis, que deves revestir de forças.

Os pontos vulneráveis representam a resistência de toda maquinaria, a segurança de cada indivíduo.

Inevitavelmente, as tentações se te acercam, ferindo-te a vulnerabilidade no fulcro das tuas deficiências.

Se te agradam as sensações mais fortes, sempre as defrontarás, atraentes, envolvendo-te e atormentando-te.

Se te espicaçam o interesse, a ganância e a cobiça, respirarás no clima dos onzenários.

Se te interessam a maledicência e a impiedade, sempre descobrirás imperfeições e deslizes alheios que aos outros passam despercebidos.

Se preferes a ociosidade e o comodismo, encontrarás justificativas para a preguiça e o repouso exagerado.

Se te afeiçoas à enfermidade, anotarás distúrbios e deficiências orgânicas, onde os outros defrontam recursos para exercitar o equilíbrio e a disciplina.

*

Cada Espírito é colocado onde lhe cumpre progredir, vinculado aos recursos de que necessita para superar-se e reparar os compromissos infelizes do passado.

A reencarnação traz o aprendiz de volta à experiência malograda, a fim de que se lhe fixem os valores positivos que deve investir na mudança do quadro de provações que lhe dizem respeito.

Tendências e aptidões, boas ou más, ressumam do pretérito espiritual, a fim de serem aprimoradas, tornando-se valiosas conquistas que impulsionam ao progresso e à paz.

*

A tua segurança interior depende da tua inclinação e preferência, cabendo-te a tarefa de renovar as forças e vigiar as fraquezas que se transformam, com o tempo, em equilíbrio e vigor.

No que delinqüiste, trazes a “marca” íntima.

Conforme te comprometeste, renasces, com a “matriz” de registro.

De acordo com o erro, volves aos sítios familiares onde deves repará-lo.

Assim também ocorre em relação às ações enobrecidas. Elas te induzem ao crescimento espiritual com superação das próprias forças, na grande arrancada do espírito.

*

Não te permitas concessões desconcertantes, nem prazeres que anestesiam a razão e perturbam o sentimento.

Enfrenta as fraquezas; conscientiza-te dos teus pontos vulneráveis e constatarás quão fácil te será vencer as tentações e superar as más inclinações que te atormentam.

(De “Alerta”, de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

Paz e Luz

sábado, 15 de maio de 2010

Almas enamoradas

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        Geralmente, é na juventude do corpo que temos despertado o interesse em buscar o sexo oposto para compartilhar dos nossos sonhos.
        Quando encontramos a alma eleita, o coração parece bater na garganta e ficamos sem ação. Elaboramos frases perfeitas para causar o impacto desejado, a fim de não sermos rejeitados.
        Então, tudo começa. O namoro é o doce encantamento.
        Logo começamos a pensar em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.
        Temos a convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na intimidade.
        Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento.
        A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria. São os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.
        Mas, como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.
        Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga.
        Isso acontece por estarem juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta.
        Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais. Mas ele já está muito distante...
        O segundo impulso é o de pular da embarcação. E é o que muitos fazem.
        E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se.
        E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.
        Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.
        Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição, para logo mais, sentirem novamente o sabor amargo da decepção.
        Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se, na busca de algo que não encontram.

* * *

        Se a pessoa com quem nos casamos não é bem o que esperávamos, lembremo-nos de que, se a escolha foi feita pelo coração, sem outro interesse qualquer, é com essa pessoa que precisamos conviver para aparar arestas.
        Lembremo-nos de que na Terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.
        E se houvesse alguém perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente, não seríamos nós.

* * *

        Os casamentos são programados antes do berço.
        Assim, temos o cônjuge que merecemos e o melhor que as Leis Divinas estabeleceram para nós.
        Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois só assim conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.

Fonte: CD Momento Espírita, v. 5. ed. Fep.

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Momento de Reflexão - Coincidências

 

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Acontecem muitas vezes e, de um modo geral, simplesmente nos admiramos que aconteçam, sem atentar para detalhes.

No entanto, muitas dessas tais coincidências têm por trás a sábia mão Divina.

Lembramos de um empresário aposentado que recebeu um telefonema certo dia. Era da secretária de um famoso cardiologista que ele consultara há seis meses.

Ela desejava confirmar a sua consulta para o dia seguinte, às nove horas da manhã.

Richard Fleming não se recordava de ter marcado consulta. Lembrava que estivera na clínica, submetera-se a uma extensa bateria de testes e tudo estava bem.

Reticente, disse à secretária que não se lembrava de nenhuma consulta marcada com o cardiologista.

Ela pareceu um pouco hostil, nesse momento.

O senhor é Richard Fleming? Então, aqui está, amanhã, nove horas da manhã.

Por favor, o Dr. Brown é um médico muito conceituado, sua agenda está sempre lotada. Se o senhor não quiser vir à consulta, é só dizer. Desmarco e ligo para um paciente que esteja em lista de espera.

Richard achou que seria muito deselegante desmarcar a consulta, por isso a confirmou.

Mas, ficou preocupado. Será que o mal de Alzheimer o estava abraçando?

Pensou que, no dia seguinte, depois dos exames e dos testes, perguntaria ao médico o que fazer quanto a essa possibilidade. Afinal, de todos os processos de envelhecimento, o que ele mais temia era perder a sua capacidade mental.

Contudo, nem deu tempo para fazer indagações. Ao avaliar os primeiros resultados dos exames, o médico lhe disse que detectara um problema grave em seu coração.

Algo que necessitava urgente intervenção. Fora muito bom que ele tivesse vindo àquela consulta. Um ou dois meses mais e poderia ter sérios problemas.

Enquanto isso, na recepção da clínica, uma discussão tinha lugar.

Um homem estava quase a gritar com a secretária:

Como o senhor Richard Fleming já está sendo atendido? Eu sou Richard Fleming e minha consulta estava marcada para as nove horas, hoje!

Ante a sua insistência e impaciência, a secretária foi verificar no arquivo e descobriu duas fichas separadas para dois Richard Fleming.

Um era o que estava à sua frente e marcara a consulta. O outro era o que estava recebendo um diagnóstico grave e a prescrição da cura.

O Richard Fleming errado havia recebido o seu telefonema. Um equívoco que foi providencial para a vida do empresário aposentado.

Em verdade, ele precisava que isso acontecesse para que sua vida pudesse ser salva!

* * *

Deus tem sempre inusitadas formas de agir. Uma coincidência de duas pessoas com o mesmo nome poderia criar muita confusão.

Nesse caso, foi utilizada pela Providência Divina, para que uma pessoa pudesse ter sua vida salva!

Por isso, quando algumas coincidências acontecerem em sua vida, beneficiando-o, provocando-lhe felicidade, analise com cuidado e verifique se não podem ter sido provocadas pelo Pai amoroso e bom.

Isso porque o que chamamos simples coincidências são a expressão do amor de Deus aos Seus filhos.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base em texto do

livro Pequenos milagres, v. II, de Yitta Halberstam

& Judith Leventhal, ed. Sextante.

 

 

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O que ensinamos às crianças

Em nosso afã de bem educar os filhos, nem sempre os métodos de que nos utilizamos são os mais corretos. Em alguns casos, embora não seja a nossa intenção, geramos algumas ansiedades e medos nas crianças.

Recentemente, lemos as recordações de uma escritora chinesa. Ela e mais três irmãos, em plena época da China Comunista, ao comando de Mao Tsé-Tung, foram educados por sua avó.

Para essa avó, todas as flores e árvores, as nuvens e a chuva eram seres vivos, dotados de coração, lágrimas e sentido moral.

Muito ligada às velhas regras chinesas para crianças, em especial a de que os pequenos deviam ouvir as palavras, isto é, ser obedientes, ela contava muitas histórias.

Quando não as retirava dos livros, com os quais enchia as noites de fantasia, especialmente da escritora que tudo narra, ela as inventava.

Assim, frisava a avó que se os netos não fossem obedientes, tudo de mal lhes poderia acontecer.

Quando comiam laranjas, por exemplo, ela advertia os pequenos para não engolir as sementes.

Se não me escutarem, um dia não vão poder entrar em casa. Cada sementinha é um bebê laranjeira que quer crescer, igualzinho a vocês.

Ele vai crescer caladinho dentro da barriga, para cima. Aí, um dia, a árvore vai sair pelo topo da cabeça.

Vai criar folhas, dar laranjas e ficar mais alta do que a porta.

A ideia de uma laranjeira no topo da cabeça fascinou a menina. Certa feita, de forma deliberada, engoliu uma semente. Uma só.

Afinal, ela não queria um pomar na sua cabeça. Seria pesado demais.

Durante todo aquele dia, ela ficou apalpando ansiosa a cabeça, a cada minuto, para ver se a árvore começara a brotar.

Tinha vontade de perguntar para a avó se poderia comer as laranjas que frutificassem em sua cabeça. Conteve-se porque se perguntasse, a avó ficaria sabendo que ela fora desobediente.

Na sua cabecinha, começou até a elaborar um plano. Quando a árvore começasse a aparecer no topo da sua cabeça, ela fingiria que não fora intencional engolir a semente.

Nessa noite, a garotinha dormiu muito mal. Sentia uma coisa forçando o crânio, como desejando vir para fora. Que noite!

Naturalmente, com o tempo, e por si mesma, a menina descobriu que nenhuma árvore iria nascer, a partir da sementinha que tinha comido.

Contudo, demorou um pouco. Foram dias silenciosos e preocupantes. Dias solitários porque ela não podia falar da sua desobediência.

Dias de medo das consequências.

* * *

A criança entende muito bem de causa e consequência. Portanto, utilizemos a verdade.

Digamos porque deve ou não deve agir dessa ou daquela forma. Digamos porque tal atitude poderá lhe gerar dores ou alegrias.

Ensinemos com coerência. Utilizemos histórias, fatos, sem os exageros que possam incutir medo.

Essa prática, com o tempo, acaba por fazer que as crianças deixem de acreditar em seus pais ou educadores e passem a desprezar autoridades, o ensino dos mais maduros, a palavra da experiência.

Pensemos nisso e façamos o melhor pelos nossos filhos.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 11

do livro Cisnes selvagens – três filhas da China, de

Jung Chang, ed. Cia. das letras.

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Chamo-me amor

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QUANDO, nas horas de íntimo desgosto,

o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos  Busca-Me:

eu sou Aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas;

Quando te julgares incompreendido pelos que te circundam e vires que em torno a indiferença recrudesce, acerca-te de Mim:

eu sou a Luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos;

Quando se te extinguir o ânimo, as vicissitudes da vida,

e te achares na eminência de desfalecer, chama-Me: eu sou a Força,

capaz de remover-te as pedras dos caminhos de sobrepor-te às adversidades do mundo;

Quando, inclementes,

te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça,
corre para junto de Mim: eu sou o Refúgio,

em cujo seio encontrarás guarida para o teu corpo e tranqüilidade para o teu espírito;

Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição,

e te julgares incapaz de conservar a serenidade de espírito,

invoca-Me: eu sou a Paciência, que te faz vencer os transes mais dolorosos
e triunfar nas situações mais difíceis;

Quando te abateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos,  grita por Mim: eu sou o Balsamo,

que te cicatriza as chagas e te minora os padecimentos;

Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que já ninguém pode inspirar-te confiança, vem a Mim: eu sou a Sinceridade,

que sabe corresponder à fraqueza de tuas atitudes e à exelsitude de teus ideais;

Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento,  clama por Mim: eu sou a Alegria,  que te insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos de teu mundo interior;

QUANDO, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero,  apela para Mim:eu sou a Esperança, que te robustece a fé e acalenta os sonhos;

QUANDO a impiedade se recusar a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-Me: eu sou o Perdão, que te eleva o ânimo e promove a reabilitação de teu espírito;

Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo te avassalar a alma, recorre a Mim: eu sou a Crença, que te inunda de luz o entendimento e te reabilita para a conquista da felicidade;

Quando já não aprovares a sublimidade de uma afeição sincera
e te desiludires do sentimento de seu semelhante, aproxima-te de Mim: eu sou a Renúncia,  que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo;

Quando, enfim, quiseres saber quem Sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda.

Eu sou a dinâmica da Vida e a  harmonia da Natureza;

chamo-me AMOR!

Emmanuel / Chico Xavier

 

Paz e Luz

domingo, 9 de maio de 2010

Carta de uma mãe

 

Mães são criaturas especiais. Elas têm uma visão de mundo toda peculiar.

Guardam experiência porque já viveram mais tempo que seu filho. Experimentaram incontáveis alegrias. Também tristezas, mágoa e dor.

E sabem que, por mais amem seu filho, não poderão impedir que tudo isso ele também experimente: coisas positivas e coisas negativas.

Sabem igualmente que isso faz parte do grande aprendizado que redundará em progresso para ele próprio.

Possivelmente por essa razão é que uma mãe elaborou uma carta, mais ou menos nos seguintes termos:

Caro mundo: Meu filho começou hoje na escola. Durante algum tempo, tudo vai ser estranho e diferente para ele.

Eu gostaria que você o tratasse com carinho.

Até aqui, sempre estive ao lado dele. Aquieto seu coração. Curo suas feridas.

Estou por perto quando ele cai e rala o cotovelo ou o joelho.

Quando ele cai da bicicleta, do skate e tropeça nos cadarços soltos do tênis.

Mas agora tudo vai ser diferente. Esta manhã ele vai sair pela porta da rua, acenar para mim e começar sua grande aventura.

Ele irá aprender provavelmente sobre disputas, tragédia e sofrimento.

Para viver neste mundo é preciso fé, amor e coragem.

Por isso, mundo, eu gostaria que você o pegasse pela mão e ensinasse o que ele precisa saber.

Ensine-o, mas com carinho. Ensine-o que, para cada malandro que existe por aí, existe também um herói.

E que, em verdade, há muito mais heróis do que malandros. Heróis anônimos que realizam grandes proezas todos os dias.

Fale-lhe muito mais dos heróis. Incentive-o a se tornar um deles.

Ensine-o que para cada político corrupto existe um líder dedicado.

E narre-lhe detalhes das vidas desses líderes para que os possa imitar.

Ensine-o que para todo inimigo existe também um amigo. Diga-lhe como conquistar e conservar amigos.

Ensine-o sobre as maravilhas dos livros. Livros de ciência, de arte, de grandeza.

Dê a ele um momento de silêncio para que possa ponderar sobre o mistério dos pássaros no céu, das abelhas ao sol e das flores nas campinas.

Ensine-o que é muito mais digno fracassar do que trapacear.

Ensine-o a ter fé nas próprias ideias, mesmo quando todo mundo lhe disser que ele está errado.

Ensine-o a vender seu cérebro e seus músculos pelo mais alto preço. Mas faça-o ciente de que seu coração e sua alma nunca devem ser colocados à venda.

Ensine-o a fechar os ouvidos para o clamor da multidão... E manter-se firme e disposto a lutar quando achar que está certo.

Ensine-o com carinho, mundo, mas não o mime, pois é o teste do fogo que produz o aço mais resistente.

Mundo, veja o que você pode fazer por meu filho. Ele é alguém muito especial.

* * *

A educação de uma criança não é somente um trabalho de amor e um dever.

É uma missão importante, desafiadora e honrosa. Em verdade, ela exige do educador o melhor que ele tenha para dar.

Por isso, maternidade e paternidade são missões das mais nobres, confiadas pela Divindade à mulher e ao homem.

Pense nisso!

Redação do Momento Espírita com base no cap. Carta de uma mãe ao mundo, de autoria desconhecida, do livro Histórias para aquecer o coração das mulheres, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff, ed. Sextante.

 

Quando Deus criou as mães

 

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Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.

Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?

O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.

Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.

Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.

Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.

Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa especial para a festinha da escola.

Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.

Outro para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.

O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.

Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos.

De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.

Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.

Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.

Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.

Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.

Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.

Uma mulher. Uma mãe.

* * *

Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.

Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.

Redação do Momento Espírita.

Disponível no CD Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.

 

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Erro coletivo

 

É comum ouvir alguém reclamar a respeito da presença de uma pessoa complicada em sua vida.

Pode ser algum parente, vizinho ou colega de trabalho.

Em geral, está presente o raciocínio de que a vida seria boa sem os problemas trazidos por aquela pessoa.

Por vezes, há até alguma indignação com quem tem dificuldades físicas ou psíquicas.

Quem é convocado ao auxílio e à compreensão não raro se sente indignado.

Entretanto, urge refletir que a Lei Divina é perfeita.

Ela estabelece a felicidade e o equilíbrio como naturais resultados da observação de seus preceitos.

Por outro lado, toda violação dos estatutos cósmicos enseja problemas.

Contudo, o erro raramente é individual.

O defraudamento dos deveres de honestidade, pureza e respeito ao semelhante costuma surgir de um contexto complexo.

Quando alguém comete desatinos, de ordinário tal se dá sob o influxo de vários envolvidos.

Esses podem ser os pais, que não cumpriram a contento seu dever de educação.

Deixaram-se levar por múltiplos afazeres e não deram ao filho a atenção e as orientações necessárias.

Ou então, foram amigos que incentivaram ao vício.

Quem sabe, irmãos ou outros parentes que deram maus exemplos.

Talvez, um namorado ou namorada que fez falsas promessas e gerou grande dor moral.

O certo é que poucas vezes alguém erra sozinho, sem a influência de terceiros.

Ocorre que é da lei que quem cai junto se reerga em conjunto.

Os partícipes do erro são naturalmente convocados a auxiliar no reajuste.

Conforme o grau de sua participação na derrocada moral, devem colaborar no soerguimento.

Assim, a presença de alguém complicado em sua vida não é uma injustiça e nem fruto do acaso.

Justamente por isso, não procure saídas fáceis ou desonrosas.

Libertar-se de uma situação constringente não é o mesmo que fugir dela.

A Lei Divina é perfeita e ninguém consegue ludibriá-la.

A atitude de fuga apenas denota rebeldia e complica a situação do devedor.

Para se libertar de semelhante conjuntura adversa, somente mediante o exercício da fraternidade.

Faça o seu melhor no auxílio aos que o rodeiam.

Ampare física e moralmente os que se apresentam frágeis e viciados, do corpo e da alma.

Saiba que a paz em sua vida será o resultado natural da consciência tranquila pelo dever bem cumprido.

E, principalmente, cuide para não induzir ninguém a trilhar caminhos indignos.

Preste atenção no que diz e faz, a fim de não ser partícipe de atos torpes.

Muitos testemunham seus atos e palavras e podem ser influenciados por eles.

Mesmo sem desejar, você pode assumir graves responsabilidades e complicar seu futuro.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.

Companheiros e Caminhos

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Quando te dispuseres a reclamar contra certos traços psicológicos daqueles que o Senhor te confiou ao ministério familiar, medita nas diversidade das criações que compõem a Natureza.

Cada estrela se destaca por determinada expressão.

Cada planta mostra finalidade particular.

A rosa e a violeta são diferentes, conquanto ambas sejam flores.

Os caminhos do mundo guardam linhas diversas entre si.

Também nós, as criaturas de Deus somos seres que se identificam pela semelhança, mas não somos rigorosamente iguais.

Conforme os princípios de causa e efeito, que nos traçam a lei da reencarnação, cada qual de nós traz consigo a soma de tudo o que já fez de si, com a obrigação de subtrair os males que tenhamos colecionado até a completa extinção, multiplicando os bens que já possuamos, para dividi-los com os outros, na construção da felicidade geral.

Não queira transformar os entes queridos sob o martelo da força.

Ninguém precisa apagar a luz do vizinho, para iluminar a própria casa.

 

Livro: Companheiro

Emmanuel / Francisco Candido Xavier

Paz e Luz

Momento de Reflexão - VENCEDORES

 

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Sejam quais forem as tribulações da vida em que te encontres...

Se tens a estrela da confiança sob as nuvens pesadas do sofrimento...

Diante de conflitos que te pareçam calamidades, arrasando-te a vida...

À frente de provas que mais se te figuram conspirações das trevas, aniquilando-te o ser...

Se incompreensões de criaturas queridas te colocaram em labirintos de pranto...

Quando te venha a idéia de eu todo te falta, ainda mesmo os recursos indispensáveis à própria subsistência...

Ante a presença da morte, ao subtrair-te a presença de pessoas queridas...

Nas enfermidades que te segreguem nos tratamentos difíceis e dolorosos...

No centro de problemas que se te revelem insolúveis...

Quando os seres amados se entreguem à descrença, ridicularizando-te a fé...

Ante as lutas da vida, quando o mundo te imponha ao espírito o gosto amargo da solidão e da derrota...

***

Ergue o pensamento a Deus e confia em Deus, porque Deus não te abandona e tomará tuas aflições e tuas lágrimas para alimentar com ela a luz da esperança, porque, quase sempre,é com a luz da esperança dos aparentemente vencidos que Deus ilumina o caminho dos vencedores que estão sempre agindo e servindo na construção do Mundo Melhor.

Do livro “Momentos de Ouro”.

Emmanuel

Psicografia de Francico Cândido Xavier.

Paz e Luz

terça-feira, 4 de maio de 2010

O potencial de cada um

 

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Conta-se que, certa vez, os animais de uma floresta que estava sendo devastada pelos homens se reuniram para discutir os seus problemas.

Decidiram, após amplos debates, que a coisa mais importante a fazer seria criar uma escola.

Organizaram um currículo que objetivava desenvolver as habilidades de voar, saltar, nadar, correr e escalar. Todas consideradas necessárias e importantes para quem vive em uma floresta.

No entanto, apesar de terem utilizado métodos muito avançados, o desempenho dos alunos não foi dos melhores e a maioria conseguiu apresentar rendimento satisfatório em apenas uma ou duas habilidades.

O pato foi excelente em natação mas apenas razoável em voos e péssimo em corridas.

Para melhorar em corrida treinou tanto que gastou suas patas e não conseguiu nadar como antes, baixando seu aproveitamento em natação.

O coelho, que vinha se destacando em corrida, desde o início do curso, acabou sofrendo um colapso de tanto se esforçar para melhorar em natação.

A capivara, que nadava e corria muito bem, acabou se esborrachando ao tentar voar. O susto foi tão grande que ela ficou traumatizada e não conseguiu mais nem correr, nem nadar.

Os pássaros, por sua vez, protestaram, desde a criação da escola, porque a habilidade de cantar não estava incluída no currículo.

Para eles, o canto era de importância fundamental para a qualidade de vida na floresta.

Quando o currículo todo foi dado, o único animal que concluiu o curso e fez o discurso de formatura foi a enguia.

Não que ela tivesse maiores habilidades. Em verdade, ela não se esmerara em nada e conseguira fazer um pouco de todas as matérias mais ou menos pela metade.

* * *

Com certeza, ao imaginarmos uma capivara tentando voar ou um coelho se dedicando à natação, rimos da história.

Mas, se olharmos ao nosso redor, vamos nos dar conta de que, por vezes, agimos exatamente como os animais da escola da floresta.

É quando tentamos considerar todas as pessoas iguais, destruindo o potencial da criatura de ser ela mesma.

Assim é quando, na posição de pais, insistimos com nosso filho para que siga determinada profissão.

Ele adora dançar mas nós lhe dizemos que isso não lhe conferirá uma carreira de sucesso e insistimos para que abrace a profissão que toda a família segue.

Até mesmo porque ele deve dar continuidade à tradição ou assumir o negócio da família, logo mais.

Por isso é que algumas empresas de tradição, em determinado momento, passando a ser administradas por quem não tem potencial nem vontade para o tipo de negócio, acabam por desaparecer.

Ou então, a pessoa desenvolve as habilidades que lhe são exigidas, mas nunca será um profissional de qualidade. Isso porque não ama o que faz.

E se transformará em uma criatura frustrada, infeliz, sempre reclamando de tudo e de todos.

Pensemos nisso e passemos a valorizar mais a habilidade e o potencial de cada um.

Lembremos que a natureza é tão exuberante exatamente pelas diferenças que apresenta nos reinos mineral, vegetal, animal onde cada um é especial e desempenha, na Terra, a missão que o Divino Criador lhe confiou.

Redação do Momento Espírita, com base na fábula Para gente de escola, de George H. Reavis, traduzida por Terezinha Gomes Lankenau, disponível no site www.metaforas.com.br e no artigo A escola animal, disponível no site www.palavrasdeosho.com.

***

CAMINHOS RETOS

"A vida deveria constituir, por parte de todos nós, rigorosa observância dos sagrados interesses de Deus..."


CAMINHOS  RETOS

André Luiz

 

Tempo sem desperdício.

Trabalho sem desânimo.

Estudo sem cansaço.

Oração sem inércia.

Alimentação sem abuso.

Tranqüilidade sem preguiça.

Alegria sem desordem.

Distração sem vício.

Fé sem fanatismo.

Disciplina sem violência.

Firmeza sem arrogância.

Amor sem egoísmo.

Ajuda sem paga.

Realização sem jactância.

Perdão sem exigência.

Dificilmente libertar-nos-emos da ilusão que nos confunde a vida, se fugirmos de palmilhar esses caminhos retos, rumo à Imortalidade Triunfante.

(Do livro Ideal Espírita, André Luiz, Francisco C. Xavier - Espíritos Diversos)


CAMINHOS  RETOS

Emmanuel

"E ele lhes disse: Lançai a rede para a banda direita do barco e achareis." - (JOÃO, 21.6.)

A vida deveria constituir, por parte de todos nós, rigorosa observância dos sagrados interesses de Deus.

Freqüentemente, porém, a criatura busca sobrepor-se aos desígnios divinos.

Estabelece-se, então, o desequilíbrio, porque ninguém enganará a Divina Lei. E o homem sofre, compulsoriamente, na tarefa de reparação.

Alguns companheiros desesperam-se no bom combate pela perfeição própria e lançam-se num verdadeiro inferno de sombras interiores. Queixam-se do destino, acusam a sabedoria criadora, gesticulam nos abismos da maldade, esquecendo o capricho e a imprevidência que os fizeram cair.

Jesus, no entanto, há quase vinte séculos, exclamou:

"Lançai a rede para a banda direita do barco e achareis."

Figuradamente, o espírito humano é um "pescador" dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o "barco". Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua "rede" de interesses. Estaremos lançando a nossa "rede" para a "banda direita"? Fundam-se nossos pensamentos e atos sobre a verdadeira justiça?

Convém consultar a vida interior, em esforço diário, porque o Cristo, nesse ensinamento, recomendava, de modo geral, aos seus discípulos: "Dedicai vossa atenção aos caminhos retos e achareis o necessário."

(Do livro "Caminho, Verdade e Vida", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)


segunda-feira, 3 de maio de 2010

CULPA, CARIDADE E LIVRE ARBÍTRIO

 

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A culpa é descida, mas a caridade é soerguimento.

*

Pelo erro do mal, enreda-se o homem no labirinto da dor.

Pelo esforço do bem, liberta-se para a vitória a que se destina.

*

Enganando-se nas teias da ilusão em que transita na Terra, arroja-se a alma a fundos despenhadeiros de sombra; todavia, descerrando os próprios olhos à verdade e buscando-a pelo plantio do amor, acende nova luz em si mesma, estruturando novos caminhos.

*

Subsiste a expiação, enquanto perdura o prejuízo às leis que nos regem e abrem-se vastos horizontes de paz ao Espírito que luta em si mesmo, tão logo se consagre ao trabalho do próprio aperfeiçoamento.

*

Recordemo-nos de que no estágio evolutivo em que nos achamos ninguém existe sem débitos a resgatar.

*

Todos temos peregrinado na senda escura do remorso, após haver desencadeado sobre nós mesmos a longa série de causas aflitivas a que, imprevidentes, nos imantamos.

*

Não passamos, por agora, de almas em reajuste, na oficina das provas, após o desastre de nossas deliberações infelizes.

*

A culpa, por enquanto, é um fantasma interior que nos persegue em todos os ângulos do mundo, sob as mais variadas formas.

*

Da defecção diante do Cristo, todos partilhamos em nossas experiências, mas pela caridade bem vivida, que dá de si sem pensar em si, que se sacrifica e ampara, que tudo suporta, entende, auxilia e espera, poderemos levar o tecido sutil de nossa alma, recuperando-nos as forças para aprendermos a servir sempre.

Para isso, porém, é preciso saibamos usar a vontade.

Somos senhores na resolução e escravos nas consequências.

*

Compreendamo-nos, mutuamente, e amemo-nos, mobilizando o nosso livre arbítrio na criação do futuro melhor.

*

Todos trazemos na intimidade do próprio ser a nossa dor, a nossa aflição, a nossa prova ou o nosso problema...

E estendendo braços fraternos, uns aos outros, perceberemos que só o amor bem dividido pode multiplicar a felicidade.

*

Não nos detenhamos na culpa.

*

Usemos a caridade recíproca, e, com a liberdade relativa de que dispomos ser-nos-á então possível edificar, com Jesus, o nosso iluminado Amanhã.

(De “Nós”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

Paz e Luz

UMA PRECE AO MELHOR DO TEU SER II

 

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Que o Sopro Vital do Eterno ilumine tua jornada.
Que o brilho das estrelas esteja em teu olhar.
Que tu escutes uma linda canção e te encantes com ela.
Ah, que tu sejas capaz de rir de ti mesmo.

Que todo teu conhecimento se transforme em sabedoria.
Que tuas atitudes dignifiquem tua senda...
Que tu sejas, cada vez mais, amado por teus amigos reais.
Ah, que um Grande Amor te encante e te encha de vida e alegria.

Que nada e nem ninguém te desvie da rota do teu coração.
Que tu sintas a pulsação da vida universal em todas as coisas.
Que o ceticismo do mundo jamais congele tua consciência.
Ah, que tu renasças a cada instante, sempre agradecendo pelo dom da vida.

Que tu perdoes, aos outros e a ti mesmo, sempre sendo verdadeiro...
Que tu tenhas coragem de ser tu mesmo, sem trair o teu coração.
Que tu tenhas a certeza de que nada do mundo pode comprar tua consciência.
Ah, que diante da vida – e além dela... -, tu não sintas vergonha de ti mesmo.

Que tuas preces não contenham lamentações, mas odes ao Alto, pela vida.
Que tu te levantes sabendo que todo dia permite renovação e aprendizado.
Que tu deites teu corpo no leito sabendo que teu espírito viaja na noite...
Ah, que os teus voos sejam lindos e que os espíritos das brumas te abençoem.

Que todo ser vivo seja sagrado diante do teu olhar...
Que tu não humilhes ninguém, pois isso te humilharia também.
Que tu te sintas honrado só por existires, e faças o bem, sem olhar a quem.
Ah, que tu olhes com admiração a luz do dia e a suavidade da noite.

Que tu aches o templo do Eterno em teu próprio Ser.
Que teus mestres sejam o bom senso, o discernimento e o amor.
Que tu trabalhes com dedicação, mas sem perder teu coração.
Ah, que, por onde tu fores... A Luz te guie e te ampare na jornada.

Que teus ancestrais sejam honrados por tuas atitudes presentes.
Que teus filhos jamais te tomem como exemplo de indignidades.
Que eles te considerem como um amigo (a), por toda a vida...
Ah, que tu faças a pessoa amada feliz, e que ela te olhe com admiração.

Que tu sejas um presente para teus amigos – e eles para ti.
Que tudo que é trevoso se afaste de ti; porque teu coração é um sol de amor.
Que tu caminhes pelos solos do mundo calçado com as sandálias do discernimento.
Ah, que mesmo diante de provas acerbas, tu jamais renegues o teu espírito.

Que tu não sucumbas às pressões dos pensamentos e emoções negativas.
Que teu passado fique para trás... E que o presente seja sempre o teu momento...
Que tu não dependas dos outros para ser feliz; que tu sejas feliz só por existires.
Ah, que tu não prestes atenção aos defeitos alheios, mas, sim, à tua própria vida.

Que o acalanto secreto do Ancião dos Dias te faça rir muito, até de ti mesmo.
Que tu não carregues culpas, mas, sim, experiência, e vontade de fazer o melhor...
Que nada e nem ninguém, da Terra ou do Astral, possa roubar a luz do teu coração.
Ah, que alguma música te encante... E a canção da vida também.

P.S.:
Que tu e eu nos encontremos aqui, no mesmo coração, como irmãos de senda...
Que esses escritos tenham o selo de nossos melhores propósitos.
Que estejamos dentro do mesmo círculo de amor e consciência.
Ah, que sejamos tudo o que podemos ser, aqui e além...
E que tenhamos a sabedoria de que nada nem ninguém nos pertence.
E que o grande lance não é TER, mas, SER!
Então, sejamos... Agora e no infinito...
Na Luz, sempre.

 

Com Gratidão.
Paz e Luz.

 

Wagner Borges
São Paulo, 24 de março de 2010.

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UMA PRECE AO MELHOR DO TEU SER

 

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Que esses escritos levem amor ao teu coração.
Que tudo que é trevoso se afaste de ti.
Que tu te encantes com o presente da vida.
Que tua alma seja curada na luz.
Que teus pensamentos sejam justos.
Que tuas mãos sejam curadoras.
Que teu trabalho te dignifique.
Que tu sejas querido na prece dos outros.
Que teu olhar revele o brilho do Eterno.
Que tu tenhas consciência da Sagrada Presença.
Que tu vejas algo lindo, mesmo num dia cinzento.
Que tu não deixes passar um grande amor...
Que teu coração seja generoso, como o sol.
Que teus passos sejam honrados.
Que a perda de alguém querido não te seja um fardo.
Que os reveses de tua vida sejam lições de sabedoria.
Que tu aprecies muitas canções, e te encantes com elas.
Que tu não tenhas medo de amar.
Que tuas emoções não te sejam um peso.
Que tu honres aos teus pais e teus ancestrais.
Que tu sejas um bom exemplo de vida para teus filhos.
Que tu atravesses a vida com assombro e admiração.
Que a chuva lave tuas mágoas e te renove o viver.
Que tu saibas te abrir, para a vida te dizer algo justo.
Que teus lábios estejam sempre fechados para queixumes.
Que, por mais que te atentem, não traias teu coração.
Que tu saibas perdoar, aos outros e a ti mesmo.
Que tu tenhas sabedoria para corrigir teus erros.
Que tu não vejas a cor da pele dos homens, mas a luz neles.
Que o mal não faça morada em teu coração.
Que tu não valorizes aquilo que rebaixa o teu espírito.
Que nada te afaste da luz e do amor verdadeiros.
Que tu estejas sempre num círculo de luz.

 

Paz e Luz.
Amor e Presença.


Wagner Borges
São Paulo, 19 de fevereiro de 2009.

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