sábado, 31 de maio de 2008

5º SEMINÁRIO ESPÍRITA SOBRE ESPIRITISMO E TECNOLOGIA

Evento: 5º Seminário sobre Espiritismo e a Tecnologia.
Instituição: Centro Espírita Léon Denis
Email: www.celd.org.br
Período: 08/06/2008 - das 8h30min às 13h
Internet: N
Endereço: Rua Abílio dos Santos, 137
Bairro: Bento Ribeiro
Cidade: Rio de Janeiro
Estado: RJ
Descrição: Com o tema "Espiritismo e Tecnologia - Uma Aliança de Sucesso", o Centro Espírita Léon Denis realizará em sua sede, no Rio de Janeiro, no dia 8 de junho, o 5º Seminário sobre Espiritismo e a Tecnologia.



A programação do evento constará de 3 palestras, com tempo reservado, ao final de cada uma delas, para as perguntas do público. "Espiritismo.net - Tecnologia a Serviço da Divulgação Espírita" será o Tema 1, que abrirá o seminário, apresentado por Jailton Pinheiro; em seguida haverá a apresentação do Tema 2, "Transcomunicação Instrumental - Tecnologia a Serviço da Pesquisa Espírita", com Pedro Vieira e, por último, o Tema 3, "A Tecnologia no Mundo Espiritual, com a apresentação de Cremildo Freitas.

O evento acontece em um domingo, das 8h30min às 13h, no CELD: Rua Abílio dos Santos, 137, Bento Ribeiro, Rio de Janeiro, RJ. As inscrições já se encontram abertas no local.

*Haverá transmissão ao vivo pela Internet, na Sala Espiritismo Net Brasil, no Paltalk, e também pelo site www.celd.org.br.

Aos Anjos Guardiães e aos Espíritos Protetores


11 – Prefácio – Todos nós temos um Bom Espírito, ligado a nós desde o nascimento, que nos tomou sob a sua proteção. Cumpre junto a nós a missão de um pai junto ao filho: a de nos conduzir no caminho do bem e do progresso, através das provas da vida. Ele se sente feliz quando correspondemos à sua solicitude, e sofre quando nos vês sucumbir. Seu nome pouco importa, pois que ele pode não ter nenhum nome conhecido na Terra. Invocamo-lo, então, como o nosso Anjo Guardião, o nosso Bom Gênio. Podemos mesmo invocá-lo com o nome de um Espírito Superior, pelo qual sintamos uma simpatia especial.

Além do nosso Anjo guardião, que é sempre um Espírito Superior, temos os Espíritos Protetores, que, por serem menos elevados, não são menos bons e generosos. São Espíritos de parentes ou amigos, e algumas vezes de pessoas que nem sequer conhecemos na atual existência. Eles nos ajudam com os seus conselhos, e freqüentemente com a sua intervenção nos acontecimentos de nossa vida. Os Espíritos simpáticos são os que se ligam a nós por alguma semelhança de gostos e tendências. Podem ser bons ou maus, segundo a natureza das inclinações que os atraem para nós. Os Espíritos sedutores esforçam-se para nos desviar do caminho do bem, sugerindo-nos maus pensamentos. Aproveitam-se de todas as nossas fraquezas, como de outras tantas portas abertas, que lhes dão acesso à nossa alma. Há os que se agarram a nós como a uma presa, mas afastam-se quando reconhecem a sua impotência para lutar contra a nossa vontade.

Deus nos deu um guia principal e superior em nosso Anjo Guardião, e como guias secundários os nossos Espíritos Protetores e Familiares. É um erro, entretanto, supor que tenhamos forçosamente um mau gênio junto a nós, para contrabalançar as boas influências daqueles. Os maus Espíritos nos procuram voluntariamente, desde que achem possível dominar-nos, em razão da nossa fraqueza ou da nossa negligência em seguir as aspirações dos Bons Espíritos,e somos nós, portanto, que os atraímos. Disso resulta que não somos nunca privados da assistência dos Bons Espíritos, e que depende de nós o afastamento dos maus. Pelas suas imperfeições, sendo ele mesmo a causa dos sofrimentos que o atingem, o homem é quase sempre o seu próprio mau gênio. (Cap. V, nº 4). A prece aos Anjos Guardiães e aos Espíritos Protetores deve ter por fim solicitar a sua intervenção junto a Deus, pedir-lhes a força de que necessitamos para resistir às más sugestões, e a sua assistência para enfrentarmos as necessidades da vida.



12 – Prece – Espíritos sábios e benevolentes, mensageiros de Deus, cuja missão é assistir aos homens e conduzi-los pelo bom caminho, amparai-me nas provas desta vida; dai-me a força de sofrê-las sem lamentações; desviai de mim os maus pensamentos, e fazei que eu não dê acesso a nenhum dos maus Espíritos que tentariam induzir-me ao mal. Esclarecei a minha consciência sobre os meus próprios defeitos, e tirai-me dos olhos o véu do orgulho, que poderia impedir-me de percebê-los e de confessá-los a mim mesmo. Vós, sobretudo, meu Anjo Guardião, que velais mais particularmente por mim, e vós todos, Espíritos Protetores, que vos interessais por mim, fazei que eu me torne digno da vossa benevolência. Vós conheceis as minhas necessidades; que elas sejam satisfeitas segundo a vontade de Deus.


13 – Prece – Meu Deus, permiti que os Bons Espíritos que me assistem possam ajudar-me, quando me achar em dificuldades, e amparar-me nas minhas vacilações. Senhor, que eles me inspirem a fé, a esperança e a caridade, que sejam para mim um apoio, uma esperança e uma prova da Vossa misericórdia. Fazei, enfim, que eu neles encontre a força que me faltar nas provas da vida, e para resistir às sugestões do mal, a fé que salva e o amor que consola.


14 – Prece - Espíritos amados, Anjos Guardiães, vós a quem Deus, na sua infinita misericórdia, permite velarem, pelos homens, sede o nosso amparo nas provas desta vida terrena. Dai-nos a força, a coragem e a resignação; inspirai-nos na senda do bem, detendo-nos no declive do mal; que vossa doce influência impregne as nossas almas; fazei que sintamos a presença, ao nosso lado, de um amigo devotado, que assista os nossos sofrimentos e participe das nossas alegrias. E vós, meu Anjo Bom, nunca me abandoneis. Necessito de toda a vossa proteção, para suportar com fé e amor as provas que Deus quiser enviar-me.



(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XXVIII)


quinta-feira, 29 de maio de 2008

TVCEI - A primeira webtv espirita do mundo


A emissora mantém 24 horas de programação ininterrupta





A programação da tvcei é inteiramente gratuita e dirigida a todas as pessoas interessadas em conhecer a Doutrina Espírita.

Espíritas do mundo inteiro agora podem assistir a uma programação essencialmente doutrinária e interagir na primeira WebTV Espírita do planeta. Desde o dia 1 de agosto de 2006 está no ar a tvcei.com. A emissora ainda está em fase de teste, mas já é pioneira: inaugura a mais nova mídia na divulgação do Espiritismo.

A WebTV é uma televisão interativa pela Internet. A principal vantagem é o conforto: o telespectador pode assistir à programação em sua casa, no trabalho, em horários alternativos. É necessário apenas ter acesso à Internet. Além de oferecer as opções de assistir a programas gravados e ao vivo, a WebTV permite ao telespectador optar por ver os programas em um aparelho de televisão (veja no site da tvcei.com como fazer a adaptação). Outra vantagem é a possibilidade de retransmissão da programação em um telão. Com isso, é possível fazer a exibição de programas nos Centros Espíritas ou em eventos. Com excelente qualidade de imagem.

A tvcei.com é uma iniciativa do Conselho Espírita Internacional – instituição resultante da união, em âmbito mundial, das Associações Representativas dos Movimentos Espíritas Nacionais, de mais de 30 paises. Atualmente, a sede do CEI é em Brasília, Brasil.

A programação diária da tvcei.com está disponível no portal www.tvcei.com e é composta por palestras e por diversos programas espíritas feitos por instituições e pessoas físicas de todo o Brasil. Ao acessar o portal, abre-se um player (visor) que disponibiliza dois canais de transmissão:

Canal 1 (24 horas no ar – Material Gravado)
Canal com programas de TV espíritas, palestras, filmes, vídeo-aulas, conteúdos exclusivos e vídeos históricos, inclusive em outros idiomas (espanhol, francês, inglês, italiano, etc.)

Canal 2 (Ao vivo)
Dedicado à transmissão de eventos e palestras ao vivo, tanto do Brasil como do exterior, com a possibilidade de usar uma sala interativa (Chat), para fazer perguntas ou enviar mensagens aos conferencistas, que podem responder em tempo real.

Além dos canais, a tvcei.com conta com uma agenda de eventos: congressos, seminários e workshops que serão transmitidos a partir de diversos Estados ou países. A emissora também, oferece uma seção de vídeos para download que têm a opção de ser vistos em tela cheia.

A programação da tvcei.com é inteiramente gratuita e dirigida a todas as pessoas interessadas em conhecer a Doutrina Espírita. O Conselho Espírita Internacional solicita a todos os companheiros espiritistas que divulguem a tvcei.com. Nesta fase de teste, a equipe espera receber as avaliações sobre a qualidade da imagem. Para isso, basta acessar o site www.tvcei.com ou escrever para o e-mail: tvcei@tvcei.com

quarta-feira, 28 de maio de 2008

CIDADANIA - Basta um click!


C I D A D A N I A - Atitudes que fazem a diferença
Vamos aproveitar o poder da Internet, e exercer nossa cidadania!



O site "Click to Give@ - The Hunger Site" foi fundado com foco no poder da internet numa especifica necessidade humanitária, a erradicação da fome mundial. Desde que foi lançado em Junho de 1999, o site foi estabelecido como um lider no ativismo mundial, ajudando a nutrir os famintos do mundo. Em média, mais de 220.000 pessoas ao redor do mundo visitam o site cada dia para clicar no botão amarelo "Click Here to Give - it's FREE". Até hoje, mais de 220 milhões de visitantes tem dado mais de 300 milhões de caixas de alimentos. Toda essa populariedade já rendeu ao Site diversos prêmios destinados a sites que levantam a bandeira do ativismo! E após todo esse sucesso o "The Hunger Site" foi além das expectativas e lançou mais cinco campanhas, tornando-se um maravilhoso exemplo de Cidadania. Certamente, não podemos esquecer que somos nós, aqueles que estão lá no site todos os dias ou mesmo aqueles que clicam apenas uma vez, doando menos do que 5 minutos do seu tempo na internet, que tem contribuído pelo sucesso do site na luta pela Cidadania. Então, vamos lá pessoal, não custa nada. Através de um simples click, os patrocinadores desses sites farão uma contribuição em nosso nome.


"Click" na imagem correspondente à campanha da sua escolha (preferencialmente em todas) e participe!


"Click to Give @




The Hunger Site * Free Food - Pela luta contra a fome.

Os cliques financiam a compra de alimentos para os necessitados.





The Breast Cancer Site - Pela saúde das mulheres.
Os cliques financiam mamografias gratuitas.




The Child Health Site - Pela saúde das crianças.
Os cliques financiam cuidados de saúde a crianças desfavorecidas.


The Literacy Site - Pela educação.
Os cliques financiam a compra de livros para crianças.


The Rainforest Site - Pela preservação da Natureza.
Os cliques financiam a protecção da floresta tropical


The Animal Rescue Site - Pela proteção dos animais.
Os cliques pagam comida para animais famintos.




Participe desta Ação de CIDADANIA e FRATERNIDADE.
Quantos mais clique forem recebidos, mais ajuda poderá ser recebida. Passe também a palavra aos seus amigos, familiares e conhecidos.


"Exercer a cidadania é, acima de tudo, buscar uma sociedade melhor para todos, a fim de que exista mais liberdade, justiça e solidariedade. Você pode ser mais cidadão."





TV Mundo Maior



A TV Mundo Maior, sob a coordenação da Fundação Espírita André Luiz, de São Paulo, tem programação diária intensiva. São 24 horas ininterruptas, com notícias, mensagens, reportagem e entrevistas, sempre com temática espírita. Vai ao ar para o Brasil inteiro pelo satélite Brasilsat B4, com sinal digital para as antenas parabólicas e para todo o mundo pela Internet.

Informações podem ser obtidas pelo correio eletrônico tvmundomaior@tvmundomaior.com.br.

CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA


No site você pode optar por ficar Sócio do Clube do Livro e participar dos Sorteios de Livros. Como também, ouvir o programa Gotas de Luz online, ver mensagens, sugestões de filmes e muitos outros assuntos relacionados ao espiritismo.

MECANISMO DE BUSCA ESPÍRITA



Site onde estão catalogados 2476 assuntos, 581 obras espíritas, organizadas em ordem alfabética de assuntos e obras, com a indicação de autores, editoras, edição e página.


Emoções de sucesso: o papel da inteligência emocional

Cristiane Ribeiro Assis


Antigamente acreditava-se ser o Q.I. (quociente de inteligência), ou seja, a capacidade cognitiva de uma pessoa, que determinava se ela seria ou não bem-sucedida na vida. Mas, nos dias atuais, existe um grande reconhecimento sobre o papel e a importância da inteligência emocional na conquista do sucesso.

Segundo a psicóloga Daniela Levy, inteligência emocional é um tipo de inteligência que envolve as habilidades para perceber, entender e influenciar as emoções. A inteligência emocional está relacionada com habilidades, tais como persistir mediante frustrações e controlar impulsos. Em outras palavras, nada mais é do que a capacidade de autoconhecimento e autocontrole, aptidões que não podem ser aprendidas em livros, mas sim através de experiências vividas.

Para entender de que maneira isso ocorre e perceber a importância da atuação dos pais sobre essa característica tão necessária na vida de todos nós, vamos procurar compreender um pouco sobre o Sistema Nervoso Central (SNC), local onde as emoções são processadas e desencadeiam respostas no restante do corpo.

Ao longo da evolução, o cérebro humano sofreu grandes transformações que permitiram o desenvolvimento de nossas habilidades. Com elas, os seres humanos foram capazes de tamanho destaque entre os demais habitantes do planeta.

Considerando o estudo evolutivo, observa-se que o cérebro humano pode ser dividido em três partes distintas, funcional e evolutivamente:

Cérebro reptiliano (primitivo): responsável pelo comportamento sexual, alimentar, de sono-vigília e agressivo. Contribui decisivamente para a sobrevivência da espécie ou grupo.

Cérebro límbico (das emoções): possui o centro das emoções e está intensamente ligado ao cérebro reptiliano. Sua atuação possibilita uma adaptação mais perfeita da espécie ao meio em que vive, aumentando as chances de sobrevivência e reprodução. Na espécie humana, é o substrato das emoções primitivas e realiza constante troca ou feedback com o neocórtex para aprimoramento das emoções.

Neocórtex (cérebro evoluído): apesar de presente em outros mamíferos, atinge o máximo de seu desenvolvimento e aperfeiçoamento nos seres humanos. Permite a realização de tudo aquilo que nos diferencia e identifica como seres humanos.

As conexões entre o neocórtex e os demais cérebros se dão de tal forma que, hierarquicamente, ele tenha predominância, podendo inibir ou exacerbar os impulsos que neles foram gerados.

Durante o período embrionário, o desenvolvimento cerebral ocorre das estruturas mais simples para as mais complexas. Qualquer comprometimento na formação do cérebro reptiliano ou límbico afetará, portanto, o desenvolvimento do neocórtex. Além disso, durante o período de vida intra-útero, as conexões entre os neurônios que compõem o SNC estão acontecendo de uma forma tão intensa que jamais, em nenhum outro momento de sua vida, elas serão tão numerosas e com um crescimento tão acelerado. As conexões que forem utilizadas por esse bebê persistirão enquanto as demais desaparecerão.

Estudos da Biopsicologia têm demonstrado que as emoções levam à produção de hormônios e neurotransmissores que, através da circulação sanguínea, atingem todas as demais células do corpo. Na grávida, essas substâncias, quando em grande quantidade, não podem ser contidas pela placenta e atingem o bebê, levando-o a apresentar as mesmas respostas químicas e físicas de sua mãe.

Se a emoção materna for boa, não haverá nenhum problema, muito pelo contrário. Contudo, se essa mãe estiver, por exemplo, sob constante estresse, ela estará enviando ao seu bebê a mensagem de que, ao nascer, ele deve estar apto a responder efetivamente a situações como essa. As conexões cerebrais que serão fortalecidas nessa criança são aquelas que permitem uma resposta rápida e impulsiva, próprias do mecanismo de luta ou fuga diante de um agente agressor. Em contrapartida, as conexões que inibem a impulsividade dos cérebros inferiores e que são responsáveis pela inteligência emocional serão comprometidas.

Por esse motivo, estimulamos que as gestantes, pensando no futuro de sucesso e felicidade que desejam para seus filhos, evitem situações desagradáveis durante a gravidez e desenvolvam mecanismos (meditação, prece, relaxamento, yoga, atividade física, etc.) capazes de amenizar suas repercussões quando tais momentos forem inevitáveis. Assim, desde intra-útero, estarão ensinando seus filhos a controlarem suas emoções.

O grande desenvolvimento e a plasticidade do cérebro humano persistem, apesar de ocorrerem em menor velocidade, até o segundo ano de vida do bebê e podem ser utilizados conscientemente pelos pais após o parto. Só que agora, ao invés dos neurotransmissores maternos, os exemplos dos pais serão as grandes ferramentas utilizadas. É sobre isso que falaremos no artigo do próximo mês.
Até lá.


Referências:
Prenatal Parenting (Frederick Wirth)
Pre-Parenting (Thomas R. Verny)
Neurofisiologia do comportamento (Maria A. D. de Oliveira)
Biopsicologia ( John P. J. Pinel)
Molecules of Emotion ( Candance B. Pert)
Revista Primeiros Passos (Ano 1, número 4)


*Matéria publicada na Folha Espírita em março de 2008.

MÉDICOS AMERICANOS PESQUISAM: A FÉ NOS PROCESSOS DE CURA

Matéria elaborada pela Folha Espírita.


Em reportagem da revista americana Newsweek, publicada em novembro, mais uma vez se discutiu sobre como a fé poderia vir a ajudar pacientes a se recuperarem de doenças e cirurgias. No artigo assinado por Claudia Kalb, são entrevistados médicos das mais diversas áreas, entre eles o geriatra e psiquiatra Harold Koenig, pioneiro pesquisador do tema e pertencente à Universidade de Duke (EUA), que esteve no último Congresso de Medicina e Espiritualidade promovido pela Associação Médico-Espírita (AME) do Brasil, em junho de 2003, no Anhembi, em São Paulo (SP), expondo suas pesquisas sobre a fé.


O artigo mostra que, tanto médicos já formados, como estudantes de Medicina têm sentido uma grande necessidade de ampliar os seus conhe-cimentos e otimizar o atendimento ao paciente, através de uma maior proximidade com a espiritualidade. A estudante de 4o ano Ming He, da Universidade do Texas, que atendia a um senhor judeu com um raríssimo câncer, deu o seu depoimento sobre a questão. Ao acompanhar a aflição do paciente em seus últimos momentos, abandonado pela família e amigos e mal podendo respirar, a doutora Ming, 26, não soube o que dizer para confortá-lo ou explicar a ele o porquê daquele doloroso momento. Tudo o que ela pôde fazer foi segurar-lhe a mão em silêncio. Após a morte de seu paciente, Ming correu para se matricular na aula de “Espiritualidade e Medicina” de sua faculdade, um curso que ensina os futuros médicos a conversar com maior serenidade sobre fé e doença diante de seus pacientes.

Muitas das escolas americanas de Medicina oferecem, atualmente, cursos deste tipo, em parte porque os próprios pacientes têm trazido o tema à tona. Segundo a própria Newsweek, 72% dos americanos afirmam que gostariam de conversar sobre fé com seus médicos. E a mesma porcentagem diz também acreditar que orações podem ajudar no restabelecimento da saúde de um doente, ainda que a ciência diga que o caso não tem solução. Tanto há demanda para esta nova onda de fé que foram criados sites para orações coletivas, como o Beliefnet. Constatou-se que 3/4 delas acabam sendo direcionadas para a melhora da saúde de alguém. O mais curioso é que mesmo pessoas que não se conhecem escrevem suas preces desejando a recuperação de doentes, numa demonstração de pura fraternidade.

A articulista da Newsweek, num tom bastante otimista, deduz: “práticas populares como estas, assim como a crescente tendência na comunidade médica em acreditar que o que acontece no nível mental de um paciente é tão importante quanto o que acontece no nível celular de seu corpo, estão evando muitos médicos a abraçarem o mesmo Deus que há algum tempo baniram de suas clínicas”.

A comunidade científica também faz a sua parte. O magnata John Templeton gasta anualmente 30 milhões de dólares patrocinando projetos que estudam a natureza de Deus. E neste ano será lançado “A Anatomia da Esperança”, que discorre sobre os efeitos do otimismo e da fé na saúde humana, pelo doutor Jerome Groopman, da revista The New Yorker. O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos pretende gastar nos próximos anos cerca de 3,5 milhões de dólares na Medicina que aborda “corpo/mente”.

Outro conhecido pesquisador da área, o doutor Andrew Newberg, da Universidade da Pennsylvania, diz que houve uma enorme mudança na profissão do médico em função desta nova abordagem. Newberg baliza suas pesquisas em imagens escaneadas do cérebro de pacientes voluntários dentro e fora do estado de meditação e prece. As conclusões chegam a demonstrar que pessoas habituadas a rezar e cultivar a fé vivem mais e melhor do que aqueles que não possuem nenhum tipo de crença.

Logicamente podemos encontrar muitos críticos desta nova postura mais espiritualizada da Medicina americana, os quais atacam pesquisas como as de Koenig ou Newberg, taxando-as de pouco consistentes e sem metodologia. Alguns, como o doutor Richard Sloan, da Universidade de Columbia, acreditam que não há espaço para religiosidade na ciência. No entanto, a fé que anima os médicos na sua cruzada para Deus é mais tenaz e não sucumbe à críticas. Harold Koenig afirma, rebatendo os céticos, que manter a Espiritualidade fora das clínicas médicas seria uma irresponsabilidade. E nós concordamos com ele.





*Matéria publicada na Folha Espírita em março de 2004.

terça-feira, 27 de maio de 2008

AMAR É UMA DECISÃO


Um homem foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que estava passando por muitas dificuldades em seu casamento. Falou-lhe que já não amava sua mulher e que pensava em separação...

O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe: ame-a!

Mas já não sinto nada por ela! Retrucou o homem.

Ame-a! Disse-lhe novamente o sábio.

Diante do desconcerto do homem, depois de um breve silêncio, o sábio lhe disse o seguinte: "amar é uma decisão; é dedicação e entrega; é ação...

Portanto, para amar é preciso apenas tomar uma decisão.

Quando você se decide a cultivar um jardim, você sabe que é necessário preparar o terreno, semear, regar, esperar a germinação e a floração.

Você sabe que haverá pragas, ervas daninhas, tempos de seca ou de excesso de chuva, mas se você está decidido a ter um belo jardim, jamais desistirá, por maiores que sejam as dificuldades.

Assim também acontece no campo do amor. É preciso dedicação, cuidado, espera.

Portanto, se quiser cultivar as flores da afeição, dedique-se. Ame seu par, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire-o e compreenda-o...

Isso é tudo...

Apenas ame!

***

O amor é lei da vida. Se não houvesse amor nada faria sentido.

Busquemos, então, meditar sobre o que temos e o que não temos, sobre quem somos e sobre quem não somos, a respeito do que fazemos e do que não fazemos, guardando a convicção de que sem a presença do amor naquilo que temos, no que fazemos e no que somos, estaremos imensamente pobres, profundamente carentes, desvitalizados.

A inteligência sem amor, nos faz perversos.

A justiça sem amor, nos faz insensíveis e vingativos.

A diplomacia sem amor, nos faz hipócritas.

O êxito sem amor, nos faz arrogantes.

A riqueza sem amor, nos faz avaros.

A pobreza sem amor, nos faz orgulhosos.

A beleza sem amor, nos faz ridículos.

A autoridade sem amor, nos faz tiranos.

O trabalho sem amor, nos faz escravos.

A simplicidade sem amor, nos deprecia.

A oração sem amor, nos faz calculistas.

A lei sem amor, nos escraviza.

A política sem amor, nos faz egoístas.

A fé sem amor nos torna fanáticos.

A cruz sem amor se converte em tortura.

A vida sem amor... Bem, sem amor a vida não tem sentido...

***

As flores que espalham aromas nos canteiros são mensageiras do amor de Deus falando nos jardins...

Os passarinhos que pipilam nos prados e cantam nos ramos são a presença do amor de Deus transparecendo nos ninhos...

As ondas gigantescas que se arrebentam nas praias, mostram o amor de Deus engrandecendo-se no mar, tanto quanto o filete transparente de águas cantantes, que beija a face da rocha, decanta o amor de Deus, jorrando suave pela fenda singela.

A fera que ruge na selva, quanto os astros que giram na amplidão, enaltecem o amor divino, enquanto falam dessa cadeia que une os seres e as coisas da casa de Deus.

A criança que sorri, feliz, quanto aquela que chora, no regaço materno ou num leito hospitalar, igualmente, refletem o amor distendendo esperança, conferindo oportunidades aos espíritos, como dádivas de Deus.

O homem sábio, pelos conhecimentos que lhe robustecem o cérebro, e aquele que se enobrece no trabalho do bem, pela luz que lhe emana do íntimo, apresentam o amor de Deus, alevantando a vida.

Essas e outras facetas do amor, é que fazem com que a vida tenha sentido...

  • Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada e no capítulo 22 do livro Rosângela, ed. Fráter Livros Espíritas.

sábado, 24 de maio de 2008

Na direção da felicidade

Texto retirado do site:
Jornal Folha Espírita Online



Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres, a fim de improvisar a tua ventura. (Emmanuel, pela psicografia de Francisco C. Xavier, no livro Fonte Viva, item 73)

Será impossível ser feliz sozinho.

Seres sociáveis como somos, jamais encontraremos a felicidade de forma exclusiva, pois somente atingiremos a plenitude desse sentimento se aqueles que caminham conosco também puderem desfrutar dele.

Obviamente, enquanto existir uma única criatura vivendo de forma desarmônica, sofrível e desequilibrada, ela ameaça a tranqüilidade geral, coloca em risco a paz que buscamos; assim estará comprometendo a felicidade de todos.

Então, será valioso e oportuno que reflitamos profundamente sobre isso e mudemos a rota dos nossos procedimentos e ações, pois que pouco vai adiantar deitarmos preocupações somente com os nossos problemas e aflições, ou mesmo com as dificuldades dos nossos familiares e amigos, uma vez que a felicidade que desejamos a obteremos quando toda a humanidade puder usufruí-la.

Assim, além de laborarmos para a superação das nossas dificuldades, será preciso trabalhar também para que os nossos irmãos consigam solucionar os problemas que carregam.

E nossa felicidade começará a partir do instante em que decidirmos por movimentar recursos em socorro daqueles que sofrem, pois, à medida que nos preocupamos com os problemas e as dores alheias, acabamos esquecendo de nós mesmos. Percebemos que, além das nossas dificuldades, existem outras muito maiores requerendo providências urgentes, e, ao atendê-las, nos sentimos úteis, e esse sentimento de fraternidade é o princípio da paz que sonhamos.

Então, para que sejamos realmente felizes, indispensável se torna que façamos a felicidade dos outros.

Jesus afirmou: O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir. Nesse momento o Cristo ensinou à humanidade como deve agir a criatura humana, em relação ao próximo. Em outra oportunidade, sentenciou: Ama a teu próximo como a ti mesmo, novamente lecionando a maneira de encontrarmos a felicidade. O caminho, obviamente, para tal conquista vai na direção dos nossos irmãos de jornada.

Dessa forma, compete a cada um de nós relancearmos o olhar em volta, à procura das aflições existentes, e sairmos, urgentemente, a socorrê-las, dentro das possibilidades que temos. E, naturalmente, sempre podemos fazer alguma coisa em favor de quem sofre.

Um pedaço de pão ao faminto, um agasalho a quem tem o corpo desprotegido, uma palavra amiga ao desesperado, um abraço fraterno ao carente de afeto, um gesto de bondade a uma criança abandonada, um sorriso amigo num ambiente triste, um minuto de silêncio para ouvir uma queixa de alguém, horas de folga trabalhadas em favor dos necessitados, uma carta animadora a alguém que caminha na solidão, uma prece a Deus em favor dos esquecidos pela sociedade, enfim, muito temos a fazer em prol da felicidade alheia, e, obviamente, agindo assim estaremos plantando a semente da nossa própria ventura.

O Evangelho de Jesus é um roteiro seguro e prestativo, informando com segurança e sabedoria a estrada que nos conduzirá à felicidade que queremos, no entanto, ainda segue o homem desatento e descuidado, caminhando à margem da verdadeira rota, e, devido a tal comportamento, ainda não logrou realizar os seus sonhos.

Não nos esqueçamos, a felicidade que desejamos terá início na felicidade que plantarmos no coração do próximo. Qualquer outro procedimento nos proporcionará colheitas de decepções e amarguras.

Reflitamos.


W.A.Cuin Março/2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Crianças Índigo e Cristal




Entrevista de Divaldo Pereira Franco ao Programa Televisivo O Espiritismo Responde, da União Regional Espírita – 7ª Região, Maringá, em 21.03.2007.







Espiritismo Responde - Um de seus mais recentes livros publicados tem por título “A Nova Geração: A visão Espírita sobre as crianças índigo e cristal”. Quem são as crianças índigo e cristal?

Divaldo – Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geração estranha, muito peculiar.

Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração. Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração.

As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape).

O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento sui generis.

Desde cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e interdimensionais ou transdimensionais.

As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira.

A partir dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade.
ER – Essas crianças não poderiam ser confundidas com as portadoras de transtornos da personalidade, de comportamento, distúrbios da atenção? Como identificá-las com segurança?

Divaldo - Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal.

A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças...

Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las.

Para tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre Casa dei Bambini, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do Dr. Rudolf Steiner. Steiner é o criador da antroposofia. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf.

A partir daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual.

Então, essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou DTAH. São as crianças com déficit de atenção e hiperativas. Nesse caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a Ritalina, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência.

A criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência, certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na drogadição.

Daí é necessário muito cuidado.

Os pais, em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas) deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o que pode levar algumas a se tornar criminosos seriais. Os estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas, outras mais são emocionais e outras ainda são portadoras de natureza transcendental.

Aquelas transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da Humanidade no futuro.

As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento, amargura que podem levar à violência, à perversidade.

ER – Você se referiu às características mentais, emocionais dessas crianças. Elas têm alguma característica física própria? Você tem informação se o DNA delas é diferente?

Divaldo - Ainda não se tem, que eu saiba, uma especificação sobre ela, no que diz respeito ao DNA, mas acredita-se que, através de gerações sucessivas, haverá uma mudança profunda nos genes, a fim de poderem ampliar o neocórtex, oferecendo-lhe mais amplas e mais complexas faculdades. Tratando-se de Espíritos de uma outra dimensão, é como se ficassem enjauladas na nossa aparelhagem cerebral, não encontrando correspondentes próprios para expressar-se. Através das gerações sucessivas, o perispírito irá modelar-lhes o cérebro, tornando-o ainda mais privilegiado.

Como o nosso cérebro de hoje é um edifício de três andares, desde a parte réptil, à mamífera e ao neocórtex que é a área superior, as emoções dessas crianças irão criar uma parte mais nobre, acredito, para propiciar-lhes a capacidade de comunicar-se psiquicamente, vivenciando a intuição.

Características físicas existem, sim, algumas. Os estudiosos especializados na área, dizem que as crianças cristal têm os olhos maiores, possuem a capacidade para observar o mundo com profundidade, dirigindo-se às pessoas com certa altivez e até com certo atrevimento... Têm dificuldade em falar com rapidez, demorando-se para consegui-lo a partir dos 3 ou dos 4 anos. Entendemos a ocorrência, considerando-se que, vindo de uma dimensão em que a verbalização é diferente, primeiro têm que ouvir muito para criar o vocabulário e poderem comunicar-se conosco. Então, são essas observações iniciais que estão sendo debatidas pelos pedagogos.


ER – Com que objetivo estão reencarnando na Terra?

Divaldo - Allan Kardec, com a sabedoria que lhe era peculiar, no último capítulo do livro A Gênese, refere-se à nova geração que viria de uma outra dimensão. Da mesma forma que no tempo do Pithecanthropus erectus vieram os denominados Exilados de Capela ou de onde quer que seja, porque há muita resistência de alguns estudiosos a respeito dessa tese, a verdade é que vieram muitos Espíritos de uma outra dimensão. Foram eles que produziram a grande transição, denominada por Darwin como o Elo Perdido, porque aqueles Espíritos que vieram de uma dimensão superior traziam o perispírito já formado e plasmaram, nas gerações imediatas, o nosso biótipo, o corpo, conforme o conhecemos.

Logo depois, cumprida a tarefa na Terra, retornaram aos seus lares, como diz a Bíblia, ao referir-se ao anjo que se rebelara contra Deus – Lúcifer.

Na atualidade, esses lucíferes voltaram. Somente que, neste outro grande momento, estão vindo de Alcione, uma estrela de 3ª. grandeza do grupo das plêiades, constituídas por sete estrelas, conhecidas pelos gregos, pelos chineses antigos e que fazem parte da Constelação de Touro.

Esses Espíritos vêm agora em uma missão muito diferente dos capelinos.

É claro que nem todos serão bons. Todos os índigos apresentarão altos níveis intelectuais, mas os cristais serão, ao mesmo tempo, intelectualizados e moralmente elevados.
ER – Já que eles estão chegando há cerca de 20, 30 anos, nós temos aí uma juventude que já está fazendo diferença no Mundo?

Divaldo – Acredito que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse momento, gênios precoces, como o jovem americano Jay Greenberg considerado como o novo Mozart. Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua sinfonia. Já compôs cinco. Recentemente, foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa.

O que é fascinante neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha mente”.

Durante as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma perturbação. Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra dimensão.

Não somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante... Fora aqueles que estão perdidos no anonimato.

ER – O que você diria aos pais que se encontram diante de filhos que apresentam essas características?
Divaldo - Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade.

Como vêm de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando vêem alguma coisa diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura.

São crianças que devemos educar apelando para a lógica, o bom tom.

A criança deve ser orientada, esclarecida, repetidas vezes.

Voltarmos aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo, falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo, cristal ou não.



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A nova geração: A visão espírita sobre crianças índigo e cristal

Divaldo Pereira Franco com Vanessa Anseloni

Pags: 192
Formato: 14X21

Divaldo Pereira Franco traz, nesta obra, publicada em texto bilíngüe, esclarecimentos sobre uma nova geração de espíritos reencarnantes: as crianças índigo e cristal, suas diferenças, tipos e comportamentos, intercaladas por histórias verídicas de sua experiência pessoal.

A obra traz observações a respeito de como lidar, educar e entender esses seres que serão responsáveis pela grande transição de um mundo de guerras e sofrimentos para um mundo mais fraterno e pacífico.

Vanessa Anseloni, em sincronia com as idéias de Divaldo, traz informações relevantes e complementares das áreas da neurociência, psicologia e do Espiritismo.




quarta-feira, 21 de maio de 2008

VÍDEOS ESPÍRITAS


Site que distribui, via internet, vídeos de programas de televisão espíritas.

Os programas espíritas exibidos na televisão, normalmente em canais de TV locais e na TV Mundo Maior, são convertidos para arquivos de vídeo e disponibilizados no site. De modo que qualquer um com acesso à internet possa assistir estes vídeos.

ADMINISTRANDO O MEDO

Recente pesquisa revelou que muitos brasileiros vivem dominados pelo medo.

Medo que vai desde o de ser assaltado, perder um filho, descobrir que tem uma doença grave, não conseguir pagar as contas, a sofrer um acidente, ter um ataque cardíaco ou perder o parceiro.

Alguns dos entrevistados revelaram que nem saem de casa ou que, em casa, vivem em sobressalto, ao menor ruído estranho.

Naturalmente, vivemos num mundo onde há muita violência, maldade e dificuldades.

Mas é importante se pense um pouco, a fim de não se engrossar o rol dos que vivem sob a injunção do medo, perdendo anos preciosos das próprias vidas.

Assim, não sofra por antecipação. Algumas pessoas, sugestionáveis, assistem imagens violentas na TV e acham que fatos como aqueles poderão acontecer com alguém da sua família.

Tomar precauções é recomendável. A ninguém se pede que seja incauto, imprevidente.

Mas daí a ficar pensando, a toda hora, que algo terrível vai acontecer, será o mesmo que desistir da vida desde agora.

Pessoas que assim agem podem não se tornar vítimas de acidentes, de assaltos ou de doenças, mas do próprio medo.

Medo que as manterá infelizes, isoladas.

Por isso, nunca deixe que o medo o paralise. Faça o que tiver que fazer: ir à escola, às compras, ao templo religioso.

Se enfrentar medos e preocupações sozinho lhe parecer difícil, procure ajuda. Pode ser de um psicólogo, de grupos de pessoas que sofrem problemas semelhantes ou de um bom amigo.

E, em vez de se torturar com uma infinidade de contas a pagar, pense mais antes de adquirir o novo eletrodoméstico, de realizar a viagem dos seus sonhos, comprar a roupa da moda.

Aprenda a viver de acordo com os recursos que dispõe. Dê um passo de cada vez. Planeje férias com antecedência. Programe-se.

Não gaste tudo que ganha. E, muito menos, não gaste o que ainda não ganhou.

Não fique pensando em ganhar na loteria, na sena, na loto, no programa televisivo. Trabalhe e sinta orgulho de poder, com seu próprio esforço, ir adquirindo o de que necessita.

Em vez de ficar pensando na possibilidade de se manifestar essa ou aquela doença terrível, opte por fazer check-up anual.

Não espere para ir ao médico somente quando a dor o atormente, um problema de saúde se manifeste.

Procure o médico para saber se está tudo bem com você. Faça exames. Pratique exercícios sob supervisão.

Ande até a panificadora, em vez de ir sempre de carro. Pratique jardinagem, lave o carro.

Pense, sobretudo, positivamente: Deus protege a minha vida. Sou abençoado por Deus. Sou filho de Deus.

Trabalhe com alegria, ganhando as horas. Não transforme o seu ambiente profissional em um cárcere de torturas diárias.

Sorria mais. Faça amigos. Converse com os amigos. Estabeleçam, entre vocês, um cuidado mútuo.

Isso no que se refere a você, aos seus filhos, ao seu patrimônio.

Unidos seremos fortes.

Enfim, não tenha medo do medo. Ele é um legado saudável e protetor. Mas se torna um problema quando fica exagerado ou irracional.

* * *

Mantenha sua confiança em Deus, que governa o mundo e zela por sua vida.

De todos os medos o que mais o deve preocupar é o de perder a presente reencarnação, por comodismos e invigilância.

E para este, a melhor solução é realizar, a cada dia, o melhor de si, entregando-se a Deus.


Redação do Momento Espírita com base no artigo
Você tem medo de quê?, da
Revista Seleções do
Reader´s Digest, de fevereiro de 2006.
Em 02.05.2008.

terça-feira, 20 de maio de 2008

A HORA DA ESTRELA


A hora da estrela é o penúltimo romance e último livro publicado em vida pela escritora ucraniana naturalizada brasileira Clarice Lispector.



A história da nordestina Macabéa é contada passo a passo por seu autor, o escritor Rodrigo S.M. (um alter-ego de Clarice Lispector), de um modo que os leitores acompanhem o seu processo de criação. À medida que mostra esta alagoana, órfã de pai e mãe, criada por uma tia, desprovida de qualquer encanto, incapaz de comunicar-se com os outros, ele conhece um pouco mais sua própria identidade. A descrição do dia-a-dia de Macabéa na cidade do Rio de Janeiro como datilógrafa, o namoro com Olímpico de Jesus, seu relacionamento com o patrão e com a colega Glória e o encontro final com a cartomante estão sempre acompanhados por convites constantes ao leitor para ver com o autor de que matéria é feita a vida de um ser humano.





“Escrevo neste instante com algum prévio pudor por vos estar invadindo com tal narrativa tão exterior e explícita. De onde no entanto até sangue arfante de tão vivo de vida poderá quem sabe escorrer e logo se coagular em cubos de geléia trêmula. Será essa história um dia o meu coágulo? Que sei eu. Se há veracidade nela – e é claro que a história é verdadeira embora inventada – , que cada um a reconheça em si mesmo porque todos nós somos um e quem não tem pobreza de dinheiro tem pobreza de espírito ou saudade por lhe faltar coisa mais preciosa que ouro – existe a quem falte o delicado essencial.”




Fonte: Site


Biografia: Clarice Lispector

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."




Clarice Lispector, como Guimarães Rosa, acrescentou de forma extraordinária a escrita brasileira à nossa língua, à "pátria" de Fernando Pessoa. Mas quando falava, pensavam que era estrangeira. E ela, que é uma aurora em nossa literatura, tinha muita dificuldade em pronunciar essa bela palavra.

A minha primeira língua foi o português. Se eu falo russo? Não, não absolutamente.( ...) eu tenho a língua presa. (...) algumas pessoas me perguntavam se eu era francesa, por causa desses meus erres. (Entrevista)

A brasileira Clarice, que só por acaso nasceu em uma cidadezinha da Ucrânia, dominava o inglês e o francês, mas só escreveu em português, a sua, a nossa língua materna e, que se saiba, nunca falou iídiche ou hebraico. Uma vez alfabetizada, tornou-se logo uma leitora voraz.

Quando eu aprendi a ler e a escrever, eu devorava os livros! Eu pensava que livro é como árvore, é como bicho: coisa que nasce! Não descobria que era um autor! Lá pelas tantas, eu descobri que era um autor! Aí disse: “Eu também quero”. ( Entrevista)

Sua carreira começa Perto do Coração Selvagem, título jamais desmentido ao longo dos outros romances, dos contos e das histórias infantis, ou de todas as crônicas. Com seus olhos felinos abertos de soslaio sobre o mundo, Clarice Lispector permaneceu sempre perto do coração da vida, selvagem como a natureza agreste de sua infância em Pernambuco, diferente, inaugural e transgressora, se autocriando e autodevorando como um sol que ilumina enquanto queima a si mesmo, e que aquece porque se consome.

Clarice devora-se a si mesma. (Lúcio Cardoso)

Como a própria Clarice declarou, a compulsão de escrever a fazia sentir-se morta quando não estava escrevendo.

Nasci para escrever.(...) Cada livro meu é uma estréia penosa e feliz. (Entrevista)

A escrita clariceana, porém, ilumina sem desvelar totalmente. Como na poesia, insere-se o silêncio na encantatória prosa da escritora - tudo o que ela não clarifica -, como se ao falar da existência ainda quisesse revesti-la de outros véus. Talvez por isso o sortilégio de sua linguagem seja tão aliciante.

Ela não conta histórias, escreve a vida. E escreve o escrever.

Essa capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que eu chamo de viver e escrever... ( Entrevista)

Com intensidade e densidade nunca antes atingidas, e que jamais esmorecem, Clarice Lispector consegue o equilíbrio improvável de andar sobre o fio de uma navalha para rasgar os véus do real e mostrar o até então indizível, o não-dito dos impulsos pensantes, das pulsações da consciência e da escrita. Quando seu personagem Martim se prepara para escrever, o processo é evocado:

... em torno dele soprava o vazio em que um homem se encontra quando vai criar. Desolado, ele provocara a grande solidão. (...) E como um velho que não aprendeu a ler ele mediu a distância que o separava da palavra.

( A Maçã no Escuro)

A escrita de Clarice ocupa exatamente esse improvável espaço, o imensurável: a distância que nos separa das palavras. É a medida de um vazio, de um abismo que se abre no instante infinitesimal em que as palavras tomam sentido. Por isso, tem-se a impressão de que ela está escrevendo à nossa frente, diante de nós, para nos revelar em sua total nudez, em seu pungente desamparo, o próprio ato de escrever.

O coração batendo de solidão. ( A Maçã no Escuro)

É uma escrita no gerúndio, no sendo do Ser, como se ela tivesse feito do delírio de Molly Bloom um método - não para rememorar vicissitudes ou aventuras, mas para pensar conosco a vida de todos nós. É um constante perguntar. Essa necessidade de questionar, de perguntar sobre a vida, sobre a morte, sobre o amor se encontra em todos os textos de Clarice, desde as simples crônicas até os romances mais densos e metafisicamente dramáticos como A maçã no escuro e A paixão segundo G.H. E esse perguntar clariceano é da ordem da metafísica: por que existe o mundo ao invés do nada? que é isto, estar vivo? que quer dizer viver, amar, morrer? E há em sua escrita um certo socratismo, uma ironia e uma maiêutica .Tudo se passa como se ela tivesse conservado e desenvolvido esteticamente a indagação infantil, como se não tivesse esquecido o que é ser criança no mundo, naquilo que a criança tem de filósofa. E quando ela se detém na experiência amorosa, como em Uma aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, o relato é o de uma iniciação, ou de uma ascese .

A madrugada se abria em luz vacilante. Para Lóri a atmosfera era de milagre. Ela havia atingido o impossível de si mesma. Então ela disse, porque sentia que Ulisses estava de novo preso à dor de existir:

- Meu amor, você não acredita no Deus porque nós erramos ao humanizá-lo. Nós O humanizamos porque não O entendemos, então não deu certo. Tenho certeza de que Ele não é humano. Mas embora não sendo humano, no entanto, Ele às vezes nos diviniza. Você pensa que –

- Eu penso, interrompeu o homem e sua voz estava lenta e abafada porque ele estava sofrendo de vida e de amor, eu penso o seguinte:

E esse romance, que se insere no possível, se inicia com uma vírgula e não acaba, apenas se interrompe com esses dois pontos, sugerindo assim um quadro cujas linhas mestras o tivessem recortado do grande mistério que tudo contém. Dizem os entendidos que o Talmud se caracteriza por ter muito mais perguntas do que respostas, ou melhor: por deixar sempre em aberto o espaço da dúvida, do questionamento, da pergunta. Nesse sentido, Clarice estaria retomando o próprio espírito, a essência do judaísmo para inseri-la, com absoluta adequação, no mundo contemporâneo. E em muitos trechos de sua obra é possível apontar uma inegável afinidade com textos da Cabala, como se lê no ensaio A Ética cabalística em Clarice Lispector:

Ela não veio para esclarecer o mistério, veio para reafirmá-lo. ( Ester Schwartz)

Expressiva e significativa seria a própria escolha de seus títulos ao evocar etapas no caminho cabalístico que percorre, entre outras, as esferas do corpo e da sensação, do amor, da paixão, do prazer, da iniciação, da escuridão, da perplexidade ou da estranheza , do esplendor, etc. Bastaria lembrar alguns: A Via Crucis do Corpo; Perto do Coração Selvagem; A Paixão segundo G.H.; A Maçã no Escuro ; Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres; A Legião Estrangeira; e Visão do Esplendor.

Diante da originalidade da escrita de Clarice, compreende-se melhor a fórmula segundo a qual a literatura no século XX deixou de ser a escrita da aventura para tornar-se a aventura da escrita, uma iniciação e uma aprendizagem. O próprio ato de escrever é vivido e revelado em um estado de consciência exaltada, exacerbada, que evoca uma singular e solitária experiência mística.

Na verdade, eu acho que o nosso contato com o sobrenatural deve ser feito em silêncio e numa profunda meditação solitária. (Entrevista)

No entanto, quando os filhos eram pequenos, para não afastar-se deles, Clarice acostumou-se a escrever sentada no sofá da sala de seu apartamento:

Uso uma máquina de escrever portátil Olympia que é leve bastante para o meu estranho hábito: o de escrever com a máquina no colo. Corre bem, corre suave(...) provoca meus sentimentos e pensamentos. (Entrevista)

Pensamentos e sentimentos que configuram seu inquieto perguntar. E refletem a perplexidade de nossas modernas incertezas, das revisões e mudanças de paradigmas, a fragmentação do conhecimento, o mundo da imagem e do esfacelamento da imagem ," ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê - " como diria Fernando Pessoa.... Um perguntar generoso. Perguntar é abrir, é descortinar, é vislumbrar e expandir horizontes. Responder é limitar, fechar, encerrar. Perguntar é o eterno recomeço, é a vida renascendo e se alargando em suas infinitas possibilidades, inclusive a de errar e de recomeçar. Perguntar tem o peso da consciência crítica e a leveza da imaginação. Perguntar é pensar. Pois o grande personagem, o verdadeiro protagonista que reaparece em cada conto e até mesmo em cada crônica , e se agiganta nos romances de Clarice - é o pensamento.

Tomar conta do mundo exige também muita paciência: tenho que esperar pelo dia em que me apareça uma formiga. (Água Viva)

E pode-se dizer que o seu é um pensar heideggeriano, que "toma conta do Ser". Do Ser que, como sabemos, é Tempo. O tempo, ou o “instante - já", que ela quer captar em Água Viva, por exemplo, esse livro inesgotável que é uma saga, uma luta da escrita contra o Tempo e contra a Morte. Nesse livro, mais do que em qualquer outro, ela foi capaz da bachelardiana "intuição do instante" e reconheceu no instante impalpável a possibilidade do êxtase. Como em Joyce, é a experiência que a atrai, não seu fruto ou seu significado. E ela sabe transformar em um absoluto o instante fugidio.

Sei o que estou fazendo aqui: conto os instantes que pingam e são grossos de sangue. (....)

Sou um ser concomitante: reuno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios. (Água Viva)

Clarice significa em nossa literatura um turning point inimitável . O que ela faz de forma original, inaugural, é criar momentos de iluminação, de revelação, ou, usando a palavra tão cara a Joyce e a ela , de epifania. A epifania que é o sentimento vivo da fluidez inapreensível do real ... salvo pela arte.

Se Kafka fosse mulher. Se Rilke fosse uma brasileira judia nascida na Ucrânia. Se Rimbaud tivesse sido mãe, se tivesse chegado aos cinqüenta. Se Heidegger pudesse ter deixado de ser alemão, se ele tivesse escrito o Romance da Terra. (...) É nessa ambiência que Clarice Lispector escreve. Lá onde respiram as obras mais exigentes, ela avança. Lá, mais à frente, onde o filósofo perde o fôlego ela continua , mais longe ainda, mais longe do que todo saber.

( Hélène Cixous in A HORA DE CLARICE LISPECTOR)

Sua obra não é feita de livros como a dos outros, como Cixous já havia

reconhecido em 1979, ainda sob o impacto da leitura de A Paixão segundo G.H., num texto que chamou L’approche de Clarice Lispector.

Clarice Lispector: Essa mulher, nossa contemporânea, brasileira (...) não são livros o que ela nos dá, mas o viver salvo pelos livros, narrativas, construções que nos fazem recuar. E então entramos, por sua escrita-janela, na beleza assustadora de aprender a ler: e passamos, através do corpo, para o outro lado do eu. Amar a verdade do que é vivo, aquilo que parece ingrato aos olhos narcisos, (...) amar a origem, interessar-se pessoalmente pelo impessoal, pelo animal, pela coisa. (Hélène Cixous in Entre l’Écriture )

O pensamento dessa “escrita-janela” é eminentemente feminino, acolhedor e amoroso como um abraço. Sua linguagem é fluida e envolvente como a música de Debussy, que ela tanto amava. Sim, a música, a mais dialética das artes, que vem-a-ser na medida mesma em que vai deixando de ser e só se completa no silêncio, como a vida. Pois ela dedica A Hora da Estrela, entre outros, a Schoenberg e a Strawinsky, o que demonstra o quanto estava afinada não apenas com os escritores mais ousados e experimentais, mas também com a música contemporânea atonal e dodecafônica, assim como com as abstrações das artes plásticas. A propósito destas, Lúcia Helena Vianna revelou, em seu ensaio O figurativo inominável , outra linguagem explorada por Clarice – a da pintura - , que a escritora não mostrava sequer às pessoas de sua família , mas que não deixa de confirmar, em seu exercício de amadora, afinidades com o moderno expressionismo abstrato.

Ângela herdou de mim o desejo de escrever e de pintar. E se herdou esta parte minha é que não consigo imaginar uma vida sem arte de escrever ou de pintar ou de fazer música. ( Um Sopro de Vida)

Pode-se dizer ainda que sua escrita é um solilóquio mediatizado pelas muitas faces dos diversos personagens, nos quais, sempre com a mesma voz, ela se desdobra ao infinito. Pois os personagens de Clarice não são tipos, ela não cria tipos. Há várias coisas , aliás, que ela não faz como os outros, porque não precisa fazer. Sua obra não tem nada a ver , por exemplo, com o pseudo-realismo escatológico tão em voga hoje.

E o conflito, que alimenta o drama ou o romance, não é em sua escrita um conflito convencional, como o do desentendimento entre personagens, mesmo que isso também exista e apareça, nem é a luta das paixões, ainda que isso também exista e que toda a sua obra, em última análise, seja uma paixão - no sentido da paixão de Joana D'Arc, ou da Paixão segundo G.H. ( ou a de Martim, de A Maçã no Escuro, ou a da pungente Macabéa, de A Hora da Estrela). O pathos de sua obra está nas próprias questões formuladas por sua escrita , são as angústias existenciais dos seres que a representam e habitam. Porque criaturas e criadora só aparentemente descrevem coisas, objetos, bichos, pequenos acontecimentos do quotidiano. O que essa escrita descreve, ou, como diria Guimarães Rosa, descrevive, é o nosso próprio estar - no - mundo. É sobre o mistério de estar - no - mundo que ela nos fala, o mistério de ser gente, G.H., gênero humano. Torna-se evidente também que a protagonista de A Hora da Estrela - Macabéa - é o opróbrio da brasilidade em todas as suas opressões: a do pobre, a do nordestino desajustado e a da mulher.

Macabéa é a cara do Brasil. Ela é o que todo mundo é. Ela é um Macunaíma de saia, uma anti-heroína aqui do Brasil, mas com uma universalidade muito grande. (Suzana Amaral, cineasta, diretora de A Hora da Estrela)

Macabéa é a nossa cara mais trágica. E acima de tudo, como diz a scholar da Sorbonne,

esta é uma meditação sobre a última hora. A hora maravilhosa e impensável , a hora para a qual nos inclinamos como em direção à verdade. A minha verdade, a nossa verdade, essa estrangeira, essa estranheza cuja visão do rosto nos foi prometida para o final. (Hélène Cixous in A Hora de Clarice Lispector)

Além do pensar filosófico, que se expressa em feminina e socrática ironia, há uma ética na escrita de Clarice: uma caridade autêntica e um profundo respeito pelo semelhante, pela criança e pelo mendigo, pelos desencontrados laços de família, pelos amores infelizes, por nossa finitude.

Que ninguém se impressione: ela escreve também estórias. Uma jovem senhora rica encontra um mendigo. E em seis páginas é o Evangelho, ou o Gênesis. Não. Não estou exagerando... (Cixous, Hélène, op. cit.)

Pois seus olhos de água refletem o mundo. Daí o permanente mergulho no ser das coisas, o constante exercício de maravilhamento filosófico - a perplexidade dos primeiros pensadores.

Clarice que é de soslaio, disse para sempre em Água Viva:

Eu, que vivo de lado, sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo.

Com freqüência, portanto, o mundo das nossas misérias também. Contudo, é preciso salientar que ao contrário de Kafka, de Becket, de Maurice Blanchot, ou de Cioran - seus pares contemporâneos -, que permanecem no fechamento do ser, no impasse e necessariamente na angústia, ela celebra a incerteza ! ... Pela primeira vez surge em uma obra literária a aceitação e a celebração do ato de perguntar como uma forma privilegiada de coragem. A coragem da esperança:

Você sabe que a esperança consiste às vezes apenas numa pergunta sem resposta?( A Maçã no Escuro)

A aceitação e a celebração da necessidade, da carência, da própria incompletude humana. Nas últimas páginas da Paixão ela diz:

Ah! meu amor, não tenhas medo da carência: ela é o nosso destino maior.

E assim como o poeta que se expande e se dissolve no mundo e na natureza à maneira do Criador, Clarice, que não tem medo da incompletude, por isso mesmo cresce e se expande nos últimos parágrafos de A Paixão segundo G.H.:

Eu estava agora tão maior que já não me via mais. Tão grande como uma paisagem ao longe. Eu era ao longe. Mais perceptível nas minhas mais últimas montanhas e nos meus mais remotos rios.

(...) como poderei dizer senão timidamente assim: a vida se me é. A vida se me é, e eu não entendo o que digo. E então adoro. - - - - - - -

A obra de Clarice Lispector é um longo poema em prosa que opera um corte oblíquo no real para iluminá-lo com sua visão e nele entalhar a aventura de sua escrita.

Falam os amigos, os leitores, os estudiosos

Na primeira reunião pública da ALACL ( Associação dos Leitores e Amigos de Clarice Lispector), que teve lugar na Biblioteca Nacional, em 1995, perguntamos aos participantes por que se interessavam pela obra de Clarice. E a atriz Maria Esmeralda, desde então assídua colaboradora, declarou:

Clarice me fascina e me assusta. Porque ela parece saber mais de mim do que eu mesma.

MARIA ESMERALDA, atriz

Outros já haviam dito:

Era Clarice bulindo mais fundo onde a palavra parece encontrar sua razão de ser e retratar o homem.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Clarice não delata, não conta, não narra e nem desenha – ela esburaca um túnel onde de repente repõe o objeto perseguido em sua essência inesperada.

LÚCIO CARDOSO, escritor, cineasta, pintor e grande amigo.

A obra de Clarice recodifica e reinterpreta em prosa poética contemporânea as crenças cabalísticas judaicas. Para a Cabala, como para Clarice, a existência se explicita e se estrutura graças ao Mistério: É a certeza da existência do Mistério que permite à humanidade exercitar sua infinita liberdade (ZOHAR); A criação não é uma compreensão, é um novo mistério (CL: Visão do Esplendor)

ESTER SCHWARTZ, Mestre em Letras, professora, co-Diretora da ALACL.

...(você pega mil ondas que eu não capto, eu me sinto como rádio de galena, só pegando a estação da esquina e você de radar, televisão, ondas curtas), é engraçado, como você me atinge e me enriquece ao mesmo tempo, o que faz um certo mal, me faz sentir menos sólido e seguro.

RUBEM BRAGA, escritor e amigo.

O desenvolvimento de certos temas importantes da ficção de Clarice Lispector insere-se no contexto da filosofia da existência, formado por aquelas doutrinas que, muito embora diferindo nas suas conclusões, partem da mesma intuição kierkegaardiana do caráter pré-reflexivo, individual e dramático da existência humana, tratando de problemas como a angústia, o nada, o fracasso, a linguagem, a comunicação das consciências, alguns dos quais a filosofia tradicional ignorou ou deixou em segundo plano.

BENEDITO NUNES, filósofo, crítico, escritor.

Não te escrevi sobre o teu livro de contos ( Laços de Família) por puro encabulamento de te dizer o que penso dele. Aqui vai: é a mais importante coleção de histórias publicadas neste país na era pós-machadiana.

ÉRICO VERÍSSIMO, escritor e amigo.

Onde estivestes de noite que de manhã regressais com o ultra-mundo nas veias entre flores abissais? Estivemos no mais longe que a letra pode alcançar: lendo o livro de Clarice, mistério e chave no ar.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Há uma literatura brasileira A. C. ( antes de Clarice) e outra D. C. (depois de Clarice). Da narrativa nacional, herdeira dos pais fundadores da ficção século XIX e renovada, no século XX, pelas vanguardas modernistas à “coisa”, o texto clariceano, onde o que é narrado não é, exatamente, o mais importante, foi imenso o trajeto.

MARIA CONSUELO CAMPOS, Doutora em Letras, professora, escritora, co-diretora da ALACL.

Clarice Lispector requer pesquisas que privilegiem livros específicos, recusando o modelo totalizador da crítica historiográfica.

REGINA ZILBERMAN, Doutora em Letras, professora, escritora.

Hoje já não é um excesso dizer que Clarice inclui-se, na cultura da modernidade, na linhagem de criadores tangidos pelo desassossego, aqueles que obedecem mais aos imperativos da pulsão do que às leis que presidem as convenções formais.

LÚCIA HELENA VIANNA, Doutora em Letras, professora, escritora, co-diretora da ALACL.



Fonte: Vidas Lusofonas




A FELICIDADE



Não está no dinheiro, porquanto, a cada passo, surpreendemos irmãos nossos, investidos na posse do ouro, a se confessarem desorientados e infelizes; importa reconhecer, porém, que o dinheiro criteriosamente administrado, transfigura-se em poderosa alavanca do trabalho e da beneficência, resgatando lares e corações para a Vida Superior.
* * *
Não está na inteligência, visto que vemos, em toda parte, gênios transviados, utilizando fulgurações do pensamento em apoio das trevas; urge anotar, no entanto, que a inteligência aplicada na sustentação do bem de todos será sempre uma fonte de luz.
* * *
Não está na autoridade humana, de vez que habitualmente abraçamos criaturas, altamente revestidas de poder terrestre, carregando o peito esmagado de angústia; é necessário observar, todavia, que a influência pessoal em auxílio à comunidade é base de segurança e fator de harmonia.
* * *
Não está nos títulos acadêmicos, porque, em muitas ocasiões, encontramos numerosos amigos laureados com importantes certificados de competência, portando conflitos íntimos que os situam nos mais escuros distritos do sofrimento e da aflição; não será, contudo, razoável ignorar que um diploma universitário, colocado no amparo ao próximo, é uma lavoura preciosa de alegrias e bênçãos.
* * *
Não está no que possuis e sim no que dás e, ainda assim, não tanto no que dás como no modo como dás.
* * *
Não está no que sonhas e sim no que fazes e, sobretudo, na maneira como fazes.
* * *

Felicidade, na essência, é a nossa integração com Cristo de Deus, quando nos rendemos a Ele para que nos use como somos e no que temos, a benefício dos semelhantes. Isso porque todo bem que venhamos a fazer é investimento em nosso favor, na Contabilidade Divina. Em suma, felicidade colhida nasce e cresce da felicidade que se semeia, ou melhor, à medida que ajudamos aos outros, por intermédio dos outros, o Céu nos ajudará.


Emmanuel






De “Passos da Vida”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos)



segunda-feira, 19 de maio de 2008

OBRAS BÁSICAS

* Texto retirado do site: Guia Espiritismo
Por,
Cristian Fernandes
Editor do seu Guia de Espiritismo na Internet





Breve apresentação das Obras Básicas da Doutrina Espírita, codificadas por Allan Kardec:


1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS (publicado em 18 de abril de 1857)

Este é o livro básico da Filosofia Espírita. Nele estão contidos os princípios fundamentais do Espiritismo, tal como foram transmitidos pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, através do concurso de diversos médiuns. Seu conteúdo é apresentado em 4 partes. Das causas primárias. Do mundo espírita ou dos espíritos. Das Leis Morais e das esperanças e consolações.


Eis alguns dos assuntos de que trata: prova da existência de Deus, Espírito e Matéria, formação dos mundos e dos seres vivos, povoamento da Terra, pluralidade dos mundos, origem e natureza dos Espíritos, perispírito, objetivos da encarnação, sexo dos Espíritos, percepções, sensações e sofrimentos dos Espíritos, aborto, sono e sonhos, influência do Espíritos nos acontecimentos da vida, pressentimento, Espíritos protetores e outros temas de real interesse ao homem atual.

Na parte relativa às Leis Morais, os temas versam sobre o bem e o mal, a prece, necessidade de trabalho, casamento, celibato, necessário e supérfluo, pena de morte, influência do Espiritismo no Progresso da Humanidade, desigualdades sociais, igualdade de direitos do homem e da mulher, livre-arbítrio e conhecimento de si mesmo.

E, finalmente, na última parte, refere-se aos temas: perdas de entes queridos, temor da morte, suicídio, natureza das penas e gozos futuros, Paraíso, Inferno e Purgatório.

É um livro que abre novas perspectivas ao homem, pela interpretação que dá aos diversos aspectos da vida, sob o prisma das Leis Divinas, da existência e sobrevivência do Espírito e sua evolução natural e permanente, através de reencarnações sucessivas.

Seus ensinamentos conduzem o homem atual à redescoberta de si mesmo, no campo do espírito, fornecendo-lhes recursos para que compreenda, sem mistério, que é, de onde veio e para onde vai.



2. O LIVRO DOS MÉDIUNS (publicado em janeiro de 1861)

Este livro reúne o ensino especial dos Espíritos Superiores sobre a explicação de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com os espíritos, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que eventualmente possam surgir na prática mediúnica.

É constituído de duas partes: Noções preliminares e Das manifestações espíritas.

Dentre os vários assuntos que aborda, destacam-se: provas da existência dos Espíritos, o maravilhoso e o sobrenatural, modos de ser e proceder com os materialistas, três classes de espíritos, ordem a que devem obedecer os estudos espíritas: a ação dos Espíritos sobre a matéria, manifestações inteligentes, as mesas girantes, manifestações físicas, visuais, bicorporeidade, psicografia, laboratório do mundo invisível, ação curadora, lugares assombrados (com comentários sobre o exorcismo) tipos de médiuns e sua formação, perda e suspensão da mediunidade, inconvenientes e perigos da mediunidade, a influência do meio e da moral do médium nas comunicações espíritas, mediunidade nos animais, obsessão e meios de a combater, trata também de assuntos referentes à identidade dos Espíritos, às evocações de pessoas vivas, à telegrafia humana, além de vários temas intimamente relacionados com o Espiritismo experimental.

Não menos importante são os capítulos dedicados às reuniões nas sociedades espíritas, ao regulamento oficial da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritos e ao Vocabulário Espírita.

Como se observa, o Livro dos Médiuns é a obra básica da Ciência Espírita, graças a ele, o espiritismo firmou-se como Ciência Experimental.

Embora publicado há mais de 100 anos, seu conteúdo é atual, seus ensinamentos permitem ao leitor estabelecer relações evidentes da Ciência Espírita com várias conquistas científicas da atualidade.



3. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em abril de 1864)

Enquanto o Livro dos Espíritos apresenta a Filosofia Espírita e O Livro dos Médiuns a Ciência Espírita, O Evangelho Segundo o Espiritismo oferece a base e o roteiro da Religião Espírita.

Logo na introdução deste livro, o leitor encontrará as explicações de Kardec sobre o objetivo da obra, esclarecimentos sobre a autoridade da Doutrina espírita, a significação de muitas palavras freqüentemente empregadas nos textos evangélicos, a fim de facilitar a compreensão do leitor para o verdadeiro sentido de certas máximas do Cristo, que a primeira vista podem parecer estranhas.

Ainda na introdução, refere-se a Sócrates e a Platão como precursores da Doutrina Cristã e do Espiritismo.

O Evangelho Segundo o Espiritismo compõe-se de 28 capítulos, 27 dos quais dedicados à explicação das máximas de Jesus, sua concordância com o Espiritismo e a sua aplicação às diversas situações da vida.

O último capítulo apresenta uma coletânea de preces espíritas sem entretanto constituir um formulário absoluto, mas uma variante dos ensinamentos dos Espíritos e Verdade.

Os ensinamentos que contém são adaptáveis a todas as pátrias, comunidades e raças. É o código de princípios morais do Universo, que restabelece o ensino do Evangelho de Jesus, no seu verdadeiro sentido, isto é, em Espírito e Verdade.

Sua leitura e estudo são imprescindíveis aos espíritas e a todos que se preocupam com a formação moral das criaturas, independente de crença religiosa.

É fonte inesgotável de sugestões para a construção de um Mundo de Paz e Fraternidade.



4. O CÉU E O INFERNO (publicado em agosto de 1865)

Denominado também "A Justiça Divina Segundo o Espiritismo", este livro oferece o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual.

Na primeira parte, são expostos vários assuntos: causas do temor da morte, porque os espíritas não temem a morte, o céu, o inferno, o inferno cristão imitado do pagão, os limbos, quadro do inferno pagão, esboço do inferno cristão, purgatório, doutrina das penas eternas, código penal da vida futura, os anjos segunda a igreja e o Espiritismo, aborda também vários pontos relacionados com a origem da crença dos demônios, segundo a igreja e o Espiritismo, intervenção dos demônios nas modernas manifestações, a proibição de evocar os mortos.

A segunda parte deste livro é dedicada ao Pensamento; Kardec reuniu várias dissertações de casos reais, a fim de demonstrar a situação da alma, durante e após a morte física, proporcionando ao leitor amplas condições para que possa compreender a ação da Lei de Causa e Efeito, em perfeito equilíbrio com as Leis Divinas; assim, constam desta parte, narrações de espíritos infelizes, espíritos em condições medianas, sofredores, suicidas, criminosos e espíritos endurecidos.

O Céu e o Inferno coloca ao alcance de todos os conhecimentos do mecanismo pelo qual se processa a Justiça Divina, em concordância com o princípio evangélico: "A cada um segundo suas obras".



5. A GÊNESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em janeiro de 1868)

"Esta nova obra, esclarece Kardec, é mais um passo no terreno das conseqüências e das aplicações do Espiritismo. Conforme seu título o indica, ela tem por objeto o estudo dos três pontos, até agora, diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os Milagres e as Predições, em suas relações com as novas leis decorrentes da observação dos fenômenos espíritas."

Assim, em seus 18 capítulos, destacam-se os temas: caráter da revelação Espirita, existência de Deus, origem do bem e do mal, destruição dos seres vivos uns pelos outros, refere-se também a uranografia geral, com várias explicações sobre as leis naturais, a criação e a vida no Universo, a formação da Terra, o dilúvio bíblico e os cataclismos futuros, em seguida apresenta interessante estudo sobre a formação primária dos seres vivos, o princípio vital, a geração espontânea, o homem corpóreo e a união do princípio espiritual à matéria.

No tocante as milagres, expõe amplo estudo, no sentido teológico e na interpretação espírita; faz vários comentários sobre os fluidos, sua natureza e propriedades, relacionando-se com a formação do perispírito, e, ao mesmo tempo, com a causa de alguns fatos tidos como sobrenaturais.

Desta forma, dá explicação de vários "milagres" contidos nos Evangelhos, entre eles, O cego de Betsaida, os dez leprosos, o cego de nascença, o paralítico da piscina, Lázaro, Jesus caminhando sobre as águas. A multiplicação dos pães e outros.

Posteriormente, expõe a teoria da Presciência e as Predições do Evangelho, esclarecendo suas causas, à luz da Doutrina Espírita.

Finalizando este livro apresenta um capítulo intitulado "São chegados os tempos", no qual aborda a marcha progressiva do Globo, no campo físico e moral, impulsionada pela Lei do Progresso.

Com este livro completa-se o conjunto das Obras Básicas da Codificação Espírita, também denominado "Pentateuco Kardequiano".



6. OBRAS PÓSTUMAS (publicado em 1890)

Este livro foi publicado somente 21 anos após a desencarnação de Allan Kardec.

Obras Póstumas apresenta vários trabalhos do mestre que nunca haviam aparecido em livro. Na verdade, a maioria já havia sido publicada na Revista Espírita, logo após o seu desencarne, como pode ser verificado consultando o volume da coleção correspondente ao ano de 1869.

Constam dele a biografia de Allan Kardec (transcrita da Revista Espírita de maio de 1869) e o discurso de Camille Flammarion, pronunciado junto ao túmulo de Allan Kardec. Ao lado das obras da Codificação Espírita que formam o "Pentateuco Kardequiano", Obras Póstumas constituí valiosa contribuição ao esclarecimento de vários temas fundamentais do Espiritismo, como: Deus, a alma, a criação, caracteres e conseqüências religiosas das manifestações dos espíritos, o perispírito como princípio das manifestações, manifestações visuais, transfiguração, emancipação da alma, aparição de pessoas vivas, bi-corporeidade, obsessão e possessão, segunda vista, conhecimento do futuro, introdução ao estudo da fotografia e da telegrafia do pensamento.

Allan Kardec apresenta vasto estudo sobre a natureza do Cristo, sob vários ângulos e incorpora a este estudo a opinião dos apóstolos e a predição dos profetas, com relação a Jesus.

Paralelamente trata também da teoria da beleza, estendendo os comentários à música celeste, à música espírita e encerra a primeira parte deste livro, com a exposição do tema "As alternativas da Humanidade".


Na segunda parte relata, com detalhes, sua iniciação no Espiritismo, a revelação de sua missão, a identificação de seu Guia espiritual, além de outros fatos relacionados a acontecimentos pessoais.

Complementando, faz a apresentação da "Constituição do Espiritismo", destacando a necessidade de se estabelecer uma Comissão Central para orientar o desenvolvimento doutrinário.

É oportuno salientar que desta Constituição nasceu o Movimento de Unificação dos Espíritas do Estado de São Paulo, que vem sendo coordenado pela USE-SP - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo desde sua fundação, em 1947.

Este livro representa o testamento doutrinário de Allan Kardec.



7. OUTRAS OBRAS

Além das Obras Básicas da Codificação Espírita, Allan Kardec contribuiu com outros livros básicos de iniciação doutrinária, como:

A obsessão;

Catálogo racional para a criação de uma biblioteca espírita;

Instruções práticas sobre as manifestações espíritas;

O espiritismo em sua mais simples expressão;

O que é o espiritismo;

Resumo da lei dos fenômenos espíritas;

Revista espírita, “jornal” que esteve sob sua direção por 12 anos;

Viagem espírita em 1862.



Fonte principal: material da campanha Comece pelo Começo, da USE-SP (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo).