sexta-feira, 28 de agosto de 2009

As aflições do mundo

 

Lirios2

 

Em conhecida passagem do Evangelho, Jesus diz a Seus discípulos que no mundo eles terão aflições.

Os registros bíblicos confirmam a previsão.

Todos os companheiros diretos de Jesus enfrentaram grandes padecimentos.

Apenas João Evangelista não foi martirizado.

Evidentemente, houve sensível progresso desde aquela época.

Os costumes se refinaram e hoje, na ampla maioria dos países, não se cogita mais de matar alguém por sua fé.

Contudo, o alerta do Cristo permanece atual.

A mensagem cristã é a da vida reta e fraterna.

O cristão deve ser honrado e solidário.

Não basta viver retamente, sendo necessário amparar os irmãos de jornada.

Também não adianta apenas ser generoso com o semelhante.

É preciso dar a César o que é de César, no sentido de cumprir rigorosamente os próprios deveres.

Ocorre que quem se aprimora, em geral, passa a esperar conduta idêntica dos que o rodeiam.

A criatura rigorosamente honesta anseia por viver em um meio honesto.

Ao desenvolver uma sensibilidade mais apurada, anela por beleza e suavidade.

Entretanto, o mundo segue em seu próprio ritmo.

Um homem pode apenas ditar a cadência de sua evolução.

Quanto aos demais, resta-lhe somente influenciar, mais por exemplos do que por palavras.

Afinal, o livre-arbítrio é uma dádiva de Deus aos Seus filhos.

Cada um é livre para decidir os seus caminhos e se vai apressar ou retardar o passo rumo à paz.

Bem se vê como é delicada a posição do genuíno cristão no mundo.

Ele elege um ideal sublime, esforça-se por vivê-lo e deseja que se expanda, no benefício geral.

Contudo, o mundo não corresponde a contento a esse anseio.

O cristão necessita ser o sal da Terra e a luz do Mundo.

Justamente por isso, não pode se afastar dos irmãos de jornada.

Daí vive honradamente em um mundo corrupto.

Por consequência, experimenta contínuas aflições.

Aflige-se pelos filhos que não aproveitam a educação recebida e optam por trilhar estranhos caminhos.

Angustia-se pelo esposo ou esposa que não lhe partilha o ideal.

Agasta-se por deslealdades que testemunha na vida profissional.

Entristece-se pela falta de honestidade de políticos e dirigentes públicos.

Entretanto, se a aflição é esperada, o desânimo não se justifica.

O progresso ocorre com vagar, mas é uma lei da vida.

As perfeitas Leis Divinas tratam de colocar tudo em seu lugar, no lento ciclo dos séculos.

O relevante é a paz de consciência de quem age retamente.

E a inefável certeza de que transita para fases superiores da existência imortal, na condição de agente do progresso.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.

Um importante aprendizado

 

planeta-terra

 

A Terra é um imenso planeta, lar de bilhões de seres que aqui têm a oportunidade de viver e aprender, em uma maravilhosa escola.

Este planeta que nos abriga é regido por Jesus, a quem nada passa despercebido, da mesma forma que nenhum som passa sem ser notado pelo maestro de uma orquestra, não importando o número de instrumentos que a compõe.

Tudo o que nos ocorre é do conhecimento de nosso querido Guia e Mestre, que já nos avisava que suave é Seu jugo e leve o Seu fardo, mostrando que ninguém terá uma carga de aprendizado acima das suas possibilidades.

Porém, em meio a acontecimentos que nos causam preocupação, não raramente nos deixamos conduzir por sentimentos de medo e de abandono.

Sendo a Terra uma escola, não é local apenas de folguedos e risos, mas também de tarefas e de aprendizados. Esses, muitas vezes, se fazem através de grandes dificuldades.

As epidemias fazem parte da história da humanidade e, em séculos passados, dizimavam número expressivo da população da Terra.

A medicina, então ainda em sua infância, não possuía meios de combater rapidamente doenças que, por vezes, permaneciam por séculos sem esperança de cura.

A higiene era precária e favorecia a disseminação dos microorganismos que encontravam solo fértil no organismo de muitos, associada à miséria e à fome.

Mas, Jesus estava atento e não deixou de nos enviar grandes pesquisadores como Louis Pasteur que, em meados do século XIX expõe a tese de que os micróbios causavam as infecções.

A partir de tal descoberta, os hábitos de higiene foram lentamente incorporados ao cotidiano, em uma verdadeira revolução para a época.

Mais tarde, em meio à dor e à destruição da Segunda Guerra Mundial, a descoberta da penicilina, por Alexander Fleming traz à Humanidade, finalmente, uma possibilidade real de cura para muitas doenças infecciosas.

Sempre atento às necessidades da Humanidade, nosso Mestre permitiu, através de tantas inteligências diferenciadas, o desenvolvimento surpreendente da ciência e, com ela, da medicina, principalmente no século XX.

As enfermidades não desapareceram, mas já podem ser curadas. Epidemias continuam a surgir, mas com a mesma rapidez com que aparecem, a Ciência desvenda uma maneira de controlá-las através de vacinas ou de medicamentos.

De maneira alguma estamos sozinhos no combate às doenças. Temos sempre conosco o amparo do Alto.

* * *

Pensemos que tais situações não ocorrem por acaso e que nos trazem muitos ensinamentos.

Nessas situações a Ciência progride, a solidariedade entre as pessoas é maior, os profissionais de saúde têm a oportunidade de reaprender a dar atenção e acolhimento a seus pacientes diante do sofrimento.

Perante tais perigos relembramos dos cuidados básicos de higiene, bem como da alimentação adequada e saudável para ajudar nosso corpo em sua defesa. É uma busca do equilíbrio frente aos exageros tão comuns atualmente.

Valorizamos a permanência em nossas casas junto à família, ao invés das aglomerações em locais onde os vícios facilmente atraem os jovens, ou onde o consumismo desequilibra a vida financeira.

E aprendemos a orar, pois a mente em oração fortalece o corpo físico e o protege, fazendo-o vibrar em uma frequência mais elevada.

Aproveitemos, pois, estes momentos delicados para nosso próprio aprendizado e, ao invés de medo e preocupação, tenhamos a certeza de que estamos sempre amparados.

Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Prece - Pedão

 

 

"Senhor;

Que eu saiba amar sem ser amado.

Dar sem receber.

Perdoar.

Perdoar do fundo da alma.

Não apenas da boca para fora.

Não devemos carregar para outra dimensão,

para outra vida,

sentimentos tão inferiores

que podemos minimizar

enquanto encarnados.

Procuremos no fundo de

nossos corações a paz.

Busquemos a felicidade

nas coisas pequenas do

nosso dia-a-dia,

coisas que nos parecem insignificantes,

mas que quando as perdemos,

percebemos quão valiosas são.

Aprendamos a viver

sem ter que machucar

os outros e a nós mesmos

com nossos atos,

nossas palavras.

Busquemos enfim,

vivermos em paz e harmonia,

hoje e sempre!..."

Que assim seja !! 

Graças a Deus

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PRECE - RENOVACAO

 

flor

 

Renovação

Dai-nos Pai,
a iluminação, para não nos perdermos
nos caminhos da vida;
a inteligência, para sempre sabermos
separar o bem do mal;
a humildade, para aceitarmos nossos
defeitos e fraquezas; o entendimento,
para corrigirmos nossos erros;
a força, para continuarmos caminhando.
Dai-nos a pureza do coração das crianças,
para amarmos os nossos semelhantes.
Enfim Pai, dai-nos a coragem, para que,
a cada dia, a renovação se faça em nosso
espírito, para sermos um pouco mais
merecedores de Vossa bondade, justiça e amor.
Assim seja.

Marina C. Cruz

FEB convida para a Defesa da Vida

 

A Federação Espírita Brasileira convida a todos os espíritas e simpatizantes para participar de mais um passo rumo ao respeito à vida humana, desde a concepção: a 3ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida.

Como parte central da programação, a 3ª Marcha, que este ano faz parte do Projeto Cultura, Cidadania e Vida, ocorrerá no dia 30 de agosto com Concentração no Eixão Sul, altura da 208, a partir das 15h, em Brasília (DF). O encerramento deste grande evento contará com um show com a cantora Elba Ramalho, aberto ao público, com entrada franca.

Do projeto Cultura, Cidadania e Vida constam ainda: show com o Grupo Arte Nascente no dia 28 de agosto na Sala Martins Pena do Teatro Nacional, às 19h, lançamento da Exposição pela Vida pela Paz, com obras de arte doadas por renomados artistas do Distrito Federal, oficina de trabalho sobre o tema “A contribuição das artes para a promoção da defesa da vida e da cultura da paz”.

A FEB defende o respeito à vida desde a fecundação e o Movimento Brasil Sem Aborto!

 

Informações sobre a Marcha pelo telefone (61) 3345-0221, correio eletrônico pelavidapelapaz@gmail.com ou na página www.brasilsemaborto.com.br

Assessoria de Comunicação da FEB: imprensa@febnet.org.br; fone (61) 2101-6175.

Prece do coração

 

Beija_Flor_Azul

Deus, guia-me por entre as trevas.

Ilumina meu caminho.

Dá-me forças para caminhar pelo estreito caminho da salvação.

Orienta-me para não me julgar nem pior nem melhor que nínguem.

Que nenhuma injustiça me faça injusto.

Que as gratidões não me tornem ingrato.

Que nenhuma maldade que eu venha receber me faça mal.

Que eu possa, meu Deus, preferir receber todas as injustiças e maldades a fazer uma só.

Ajuda-me a servir, mesmo nos pequenos atos, e auxilia-me a vencer o egoísmo de querer ser servido.

Ó meu Deus! que seja feliz servindo com amor, sem, contudo, esquecer de fazer a felicidade de outros.

Faze de minha vida um luminoso reflexo de sua luz !

Obrigado meu Deus !

( Do livro Mistério do sobrado- Antonio carlos)

sábado, 22 de agosto de 2009

O romantismo não morreu

 

My Hearts In The Trees

 

Nos tempos que correm, uma onda de pessimismo parece ter tomado conta das pessoas.

Ouvimos idosos, olhando para o passado, e lamentosos, dizerem: Ah, no meu tempo era tão diferente.

Abanam as cabeças, de forma negativa, olhando para os jovens que falam em ficar, em pegar e que parece terem esquecido todas as regras do recato e do bom tom.

Saudosos, esses que amadureceram na vida, lembram do tempo do seu namoro, onde pegar na mão do namorado já queria dizer um compromisso sério.

Beijo antes do casamento, somente na mão, na testa ou na face. Onde, enfim, tudo era reservado para a noite de núpcias. Especial, única, inapagável.

Onde se aguardava o dia do casamento como o do dia D: inigualável.

Ouvindo tudo isso, se nos deixarmos envolver, acabaremos, igualmente por nos contaminar. E tudo passaremos a ver dessa forma.

Como se o romantismo tivesse morrido, o amor tivesse sido substituído por expressões ligeiras de um afeto fantasioso, que hoje é e amanhã é jogado fora.

Contudo, não são todos os jovens que deixaram de sonhar com as coisas belas. E o amor continua na moda. O romantismo subsiste nas almas que amam o belo, o bom.

Verificamos isso, em muitas atitudes detectadas na juventude. Quantas meninas sonham com o baile de debutantes, o serem enlaçadas por um jovem belo e adentrarem o salão, ao som de uma emocionante valsa?

Observamos, em concertos que têm proliferado pelo mundo, acontecendo em grandes estádios, para milhares de pessoas. Ali estão as mais variadas idades presentes: crianças, jovens, adultos, idosos.

E cada qual se emociona à sua maneira com a orquestra, a música, a dança, as cores e as luzes.

Uns choram lembrando os amores já vividos, as experiências passadas.

Outros se emocionam, sonhando com o futuro que almejam para si, ao som dos acordes que se sucedem e do espetáculo que é mostrado no palco.

Quando veem jovens lindas, em vestidos maravilhosos, com seus pares em elegantes fraques se movimentarem aos sons melodiosos de uma valsa, as lágrimas lhes vêm aos olhos.

Elas suspiram... E sonham. Sonham em ter um amor, que seja eterno. Em ter um par para toda a vida. Um par que as beije com delicadeza, que tenha gestos de polidez.

Par que saiba elevá-las no ar, com braços fortes, quando as dores lhes estiverem vergastando os dias, exatamente como os dançarinos fazem com suas acompanhantes, no palco.

Sim, o amor não morreu. As jovens continuam a sonhar com cavalheiros e eles, com verdadeiras damas.

Não nos deixemos contaminar, pois, pela onda de pessimismo que se apresenta em muitos seres.

Saibamos descobrir esses corações mal saídos da infância, sonhando com um futuro de alegria, de amor e de beleza. Para si, para seu par, para sua família, para o mundo.

Ao lado dessas criaturas que parecem para nada ligar, senão para o momento presente, milhares de almas almejam um futuro melhor para esse planeta, começando por idealizar e lutar por sua própria e verdadeira felicidade.

Pensemos nisso e invistamos nesses jovens, que podem ser nossos filhos, nossos netos, nossos sobrinhos, nossos irmãos, nossos amores, bem próximos de nós.

Descubramo-los e os auxiliemos em sua construção do mundo de amor, desde agora. Por eles, por nós, pelos que virão empós.

Redação do Momento Espírita

 

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

DECEPÇÕES

 

Você já teve alguma decepção na vida?

Dificilmente alguém passa pela existência sem sofrer uma desilusão, ou ter alguma surpresa desagradável em algum momento da caminhada.

Podemos dizer que o sabor de uma decepção é amargo e traz consigo um punhal invisível que dilacera as fibras mais sutis da alma.

Isso acontece porque nós só nos decepcionamos com as pessoas em quem investimos nossos mais puros sentimentos de confiança e amor.

Pode ser um amigo, a quem entregamos o coração e que, de um momento para outro, passa a ter um comportamento diferente, duvidando da nossa sinceridade, do nosso afeto, da nossa dedicação, da nossa lealdade...

Também pode ser a alma que elegemos para compartilhar conosco a vida, e que um dia chega e nos diz que o amor acabou, que já não fazemos mais parte da sua história... que outra pessoa agora ocupa o nosso lugar.

Ou alguém que escolhemos como modelo digno de ser seguido e que vemos escorregando nas valas da mentira ou da traição, desdita que nos infelicita e nos arranca lágrimas quentes e doloridas, como chama que queima sem consumir.

Enfim, só os nossos amores são capazes de nos ferir com a espada da decepção, pois os estranhos não têm esse trágico poder, já que seus atos não nos causam nenhuma impressão.

Assim, vale a pena algumas reflexões a esse respeito para que não nos deixemos atingir pela cruel espada da desilusão.

Para tanto, podemos começar levando em conta que, assim como nós, nossos amores também não são perfeitos.

E que, geralmente, não nos prometem santidade ou eterna fidelidade. Nunca nos disseram que seriam eternamente a mesma pessoa e que jamais nos causariam decepções.

Nós é que queremos que sejam como os idealizamos.

Assim nos iludimos. Mas só se desilude quem está iludido.

Importante que pensemos bem a esse respeito, imunizando a nossa alma com o antídoto eficaz do entendimento.

Importante que usemos sempre o escudo do perdão para impedir que os atos infelizes dos outros nos causem tanto sofrimento.

Importante, ainda, que façamos uso dos óculos da lucidez, que nos permitem ver os fatos em sua real dimensão e importância, evitando dores exageradas.

A ilusão é como uma névoa que nos embaraça a visão, distorcendo as imagens e os fatos que estão à nossa frente.

E a decepção nada mais é do que perceber que se estava iludido, enganado sobre algo ou alguém.

Assim, se você está amargando a dor de uma desilusão, agradeça a Deus por ter retirado dos seus olhos os empecilhos que lhe toldavam a visão.

Passe a gostar das pessoas como elas são e não como você gostaria que elas fossem.

Considere que você também já deve ter ferido alguém com o punhal da decepção, mesmo não tendo a intenção, e talvez sem se dar conta disso.

Por todas essas razões, pense um pouco mais e espante essa tristeza do olhar... Enxugue as lágrimas e siga em frente... sem ilusões.

* * *

Aprenda a valorizar nas pessoas suas marcas positivas.

Lembre-se de que cada um dá o que tem, o que pode oferecer.

Uns oferecem o ácido da traição, o engodo da hipocrisia, o fel da ingratidão, pois é o que alimentam na alma.

Mas, seja você a cultivar em seu jardim interior as flores da lealdade, do afeto, da compreensão, da honestidade, para ofertar a todos aqueles que cruzarem o seu caminho.

Seja você alguém incapaz de ferir ou provocar sofrimentos nos seres que caminham ao seu lado.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9, ed. Fep.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ante os Espíritos Puros

 

 

luz

 

Os feitos das grandes almas que transitaram pelo planeta costumam impressionar.

Eles englobam fenômenos magnéticos ainda misteriosos, como os milagres.

Há também atos grandiosos de renúncia e coragem, de abnegação e disciplina.

Muitas vezes o homem, ao refletir sobre eles, anela realizá-los, por sua vez.

Pensa nessas almas iluminadas e deseja partilhar-lhes o banquete de luz.

Entretanto, a imensa maioria dos Espíritos vinculados à Terra constitui-se de consciências endividadas.

A angelitude persiste como uma meta um tanto distante.

Apesar disso, é possível começar, desde logo, a escalada em direção aos planos superiores da existência.

Não lhe é viável, hoje, sustar o curso de uma tempestade com o mero erguer de suas mãos.

Contudo, possui meios de asserenar a dor dos companheiros em sofrimento.

Não lhe é possível, de um momento para o outro, transmitir ao mundo mensagens de supremas e confortadoras revelações.

No entanto, com reduzido esforço, pode acender a luz do alfabeto em muitos cérebros que tateiam na noite da ignorância.

Não possui meios para, como fez o Cristo no Tabor, materializar seres sublimes da Espiritualidade Excelsa.

Todavia, nada o impede de tornar realidade um caldo reconfortante para os doentes abandonados que esmorecem de fome.

Na atualidade, resultaria infrutífero qualquer empreendimento de sua parte para limpar alguém coberto de chagas, pronunciando simples ordem verbal.

Mas pode alimentar a esperança e lavar as feridas de seu irmão.

Talvez ainda não consiga sorrir com serenidade para quem o esbofeteia, como fazia Gandhi.

Mas seguramente pode relevar quando um colega de trabalho fala algo ríspido.

É bom e saudável refletir nos Mensageiros Divinos, respeitar-lhes a missão e admirar-lhes a grandeza.

Também é conveniente pedir-lhes apoio nas dificuldades da jornada terrestre.

Mas não se afigura sensato tentar obter de improviso as responsabilidades que lhes pesam nos ombros.

Assim, não reclame para seus braços ainda frágeis o serviço próprio de um gigante.

Antes de pretender ser sublime, trate de ser honrado e solidário.

Cuide principalmente de cumprir os singelos deveres que lhe competem.

Para isso, não se diga cansado, nem se proclame inútil.

Reflita que um mísero verme, muito distante de seu pensamento, é um servo esquecido que aduba a terra.

Da terra adubada é que surge o pão, que lhe sustenta a vida e possibilita o seu agir no mundo.

Toda ocupação útil, por simples que se apresente, possui valor.

O relevante é bem desempenhar a própria tarefa.

Ela constitui uma etapa necessária na elaboração do anjo de luz que você será um dia.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. LXVIII do livro

Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de

Francisco Cândido Xavier,ed. Feb.

Em 20.08.2009.

Momento de Reflexão: Ouvidos de ouvir

 

flowers

 

Uma reunião com índios americanos revela um ensinamento importante e urgente.

Agrupados os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Todos calados à espera do pensamento essencial.

Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem.

Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.

Esses pensamentos são estranhos aos demais. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se alguém falar logo a seguir, são duas as possibilidades que se pode pensar.

Primeira – quem falou está dizendo: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua fala.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, está se chamando o outro de tolo. O que é pior do que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz silêncio dentro, começa-se a ouvir coisas que não se ouvia.

* * *

Muitos são os cursos oferecidos pelo mundo afora, pretendendo ensinar a falar. Ter uma boa oratória é fundamental nos dias de hoje.

Mas será que apenas saber falar é suficiente? Não estamos esquecendo o que vem antes? Não estamos esquecendo de aprender a ouvir?

Não existem cursos de escutatória, é certo, mas aprender a ouvir corretamente é de suprema importância.

A postura humilde de quem ouve, de quem presta atenção nas palavras do outro, do que o outro diz ou não diz, é a postura do homem de bem.

Ninguém se educa, ninguém cresce, se não aprende a escutar.

Alberto Caieiro dizia que não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Silêncio dentro da alma significa que os pensamentos devem emudecer de quando em vez.

As ideias preconcebidas, a tal maneira como sempre pensei, devem calar um pouco, e considerar algo distinto, saborear o novo.

Todos os grandes da Terra souberam ouvir, souberam se desprender de suas ideias e considerar novas, considerar o algo mais.

Grandes escritores são antes grandes leitores. Sabem escutar outros livros, antes de recitar os seus próprios.

Que possamos aprender a ouvir mais, a respeitar mais a opinião do outro, e assim aprender com todos, independente se sabem mais ou menos do que nós.

Exercitemos a tal escutatória e cultivemos o silêncio na alma, nos pensamentos.

Redação do Momento Espírita com base no texto Escutatória, do

livro O amor que acende a lua, de Rubem Alves, ed. Planeta.

Em 19.08.2009.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Momento de Reflexão


"Felicidade é um fruto que se colhe da felicidade que se semeia."

[André Luiz]

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

OPINIÕES ALHEIAS

 

Se trazes a consciência tranqüila, porque te impacientares tanto com as opiniões alheias, desfavoráveis?
Cada pessoa fala daquilo que conhece oferecendo o que seja ou o que tenha.
A suposição dos companheiros, a nosso respeito, nasce daquilo que eles estimariam ou estimam fazer.

Cada qual de nós está no centro das próprias experiências.

Os irmãos que nos cercam são livres para pensarem a nosso respeito, da mesma forma que somos livres para anotar-lhes o comportamento.
Ninguém consegue obrigar determinada pessoa a raciocinar com outro cérebro, a não ser aquele que lhe pertence.
Se um a pessoa se irrita contra nós sem razão, isso não é motivo para que venhamos a comprar uma rixa desnecessária.
Você está diante de uma pessoa encolerizada da mesma forma que você se encontra perante um doente: preste auxílio.

Toleremos os outros, para que os outros nos tolerem.

Hoje, alguém terá perdido a serenidade, à nossa frente; amanhã, possivelmente, seremos nós, em situação igual diante deles.

EMMANUEL
(Do livro "Calma", FCXavier, GEEM)

Book with rose

Ao meu pai

 

Ao meu pai

Recordo-o ainda. Ele saiu, em um dia de sol, para viajar e nunca mais retornou para nossos olhos físicos.

Quando o trouxeram, era somente um corpo dentro de um caixão. Lacrado, ao demais, tendo em vista os dias passados desde a sua morte.

Meu pai era um homem alegre. Gostava de música, de dança, de estar com amigos, conversar, contar causos.

E ele os tinha às centenas. Toda vez que retornava de viagem, os filhos, éramos três os menores, nos reuníamos em torno da mesa, na cozinha ampla, para ouvi-lo.

Ele contava causos de forma pausada. Ia descrevendo as cenas, uma a uma, reproduzia os diálogos.

Por vezes, meu irmão e eu, mais impacientes, o interrompíamos: E daí, o que aconteceu? Conta logo.

Ele sorria mostrando seus dentes curtos, bem moldados. E continuava com a mesma calma, até o desfecho da história.

Tê-lo em casa era muito bom e significava que um de nós iria dormir na cama dos pais.

Por vezes, nossa mãe nos dizia que desejava ficar a sós com ele. Mas, mal despertava a madrugada, quem primeiro acordasse, corria para o quarto e se enfiava entre os dois.

Ele acordava e brincava conosco, fazendo cócegas, jogando travesseiro. Era uma festa!

Meu pai! Quantas saudades! Ele não era letrado. Desde bem jovem conhecera o trabalho duro.

Constituíra família cedo e os cinco filhos lhe exigiam que desse o máximo de si.

Insistia que precisávamos estudar. E estudar muito. A duras penas, pagou para cada um de nós o ensino fundamental, em escola particular.

Escolheu a melhor escola da cidade. Pagou cursos de piano, acordeon, violino para minha irmã, que cedo entrou para o mundo da música.

Meu irmão e eu não chegamos a tanto, mas fomos brindados com o que ele tinha de mais precioso.

Ensinou-nos a honestidade, ensinou-nos que melhor era ser enganado do que enganar.

Viveu no tempo em que a palavra de um homem era documento mais válido do que nota promissória, duplicata ou qualquer título financeiro.

Legou-nos um nome honrado e disse-nos que o dignificássemos, ao longo de nossa vida.

Olhava para mim, com orgulho e dizia: Um dia você será uma pessoa muito importante!

Hoje, quando viajo pelas estradas, muitas delas velhas conhecidas de meu pai, eu o recordo.

Será que ele sabia que um dia eu seria alguém que viajaria, esclarecendo pessoas, ofertando cursos?

Ele não conheceu todos os netos. Partiu para a Espiritualidade, em anos jovens, deixando-nos um grande silêncio n´alma.

Em homenagem a ele, em nossos aniversários, nas festas de Natal e Ano Novo, nos encontramos.

Rimos, ouvimos música, dançamos. Porque ele nos ensinou a sermos assim.

A vida é dura, mas nós a podemos adoçar, se quisermos. – É o que dizia.

Meu pai, meu mestre, onde estejas, Deus te guarde. Especialmente nesta época em que os pais são recordados pelos filhos, que os brindam com presentes.

Meus irmãos e eu te brindamos com a prece da nossa gratidão: Obrigado por nos terdes dado a vida.

Obrigado por nos terdes ensinado a bem vivê-la.

FONTE:Redação do Momento Espírita.
Em 07.08.2009

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Momento de Reflexão: AMIZADE

 

 

Cat Hugs

 

O amigo é uma bênção que nos cabe cultivar no clima da gratidão.

Quem diz que ama e não procura compreender e nem auxiliar, não saiu de si ao encontro do amor em alguém.

A amizade verdadeira não é cega, mas se enxerga defeitos nos corações amigos, sabe amá-los e entendê-los mesmo assim.

Teremos vencido o egoísmo em nós quando nos decidirmos a ajudar aos entes amados a realizarem a felicidade própria, tal qual entendem eles, deva ser a felicidade que procuram, sem cogitar de nossa própria felicidade.

Em geral, pensamos que os nossos amigos pensam como pensamos, no entanto, precisamos reconhecer que os pensamentos deles são criações originais deles próprios.

A ventura real da amizade é o bem dos entes queridos.

Assim como espero que os amigos me aceitem como sou, devo, de minha parte, aceitá-los como são.

Toda vez que buscamos desacreditar esse ou aquele amigo, depois de havermos trocado convivência e intimidade, estaremos desmoralizando a nós mesmos.

Em qualquer dificuldade com as relações afetivas é preciso lembrar que toda criatura humana é um ser inteligente em transformação incessante, e, por vezes, a mudança das pessoas que amamos não se verifica na direção de nossas próprias escolhas.

Quanto mais amizade você der, mais amizade receberá.

Se Jesus nos recomendou amar os inimigos, imaginemos com que imenso amor nos compete amar aqueles que nos oferecem o coração.

André Luiz

Psicografia de Chico Xavier

Da obra “Sinal Verde”, Editora CEC – Comunhão Espírita Cristã 

Chico Responde: Família

 

 

 

FAMÍLIA

 


De todos os relacionamentos entre seres humanos (materno-paterno, amistoso, social, profissional, de companheirismo, etc.), nenhum me parece mais conflitante que o relacionamento entre homem e mulher. Porque são tão raros os casais que vivem num clima de harmonia perfeita?
O relacionamento entre os parceiros da vida íntima no lar, na essência, é uma escola ativa de aperfeiçoamento do espírito. Até que duas criaturas alcancem o amor integral, uma pela outra, sob todos os aspectos da individualidade, é compreensível o atrito mais ou menos freqüente entre ambas, visando ao burilamento recíproco.
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Quando um dos cônjuges não assume a responsabilidade na parte que lhe toca na sustentação do equilíbrio recíproco, qual a responsabilidade do outro que for buscar fora do lar vinculações extraconjugais?
Alguém que fira outro alguém, depois dos compromissos afetivos devidamente assumidos em dupla, é responsável pela lesão psicológica que cause, criando para outrem e para si mesmo dificuldades que só pelo amparo do tempo, conseguirá resgatar.
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Há pais que a pretexto de uma educação liberal e sem traumas preferem nada esconder dos filhos, em termos de educação sexual. Alguns chegam a tomar banho despidos junto aos filhos, apesar de que isso poderia suscitar complexos de inferioridade ou outros. Alguns pais se permitem acariciar seus rebentos de maneira inconveniente, originando nestes uma espécie de pudor doentio. Peço consideração sobre isso.
Somos partidários do respeito recíproco entre pais e filhos, adultos e jovens, em todas as fases da vida. Cada espírito é um mundo por si, com a obrigação de descobrir-se e aproximar-se, conquanto deva e possa receber o auxílio de outrem para isso mas sempre na base do apreço mútuo.
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Afirmam os médicos que uma criança já nascida sente inconscientemente, por intuição ou telepaticamente, quando seus pais tentam rejeitá-la, sendo que tal fato transparece nos desenhos e criações infantis pois ela considera o fato um assassínio embora nem justo nem injusto.
Verdade. O espírito do nascituro, mais ou menos conscientemente, conhece as disposições dos pais a seu respeito.
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Que é pior para a criança ou para o adolescente: a violência que vê na televisão ou no cinema, ou a que presencia ao redor de si?
Qualquer violência, em qualquer lugar e em qualquer tempo é prejudicial ao autor e aos que lhe assistem a exteriorização, seja qual for a idade do espectador.
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Do ponto de vista da Religião Espírita, qual deve ser a conduta dos pais, em relação aos filhos-problema e dos filhos em relação aos pais-problemas?
Os Espíritos Amigos dizem, comumente, que precisamos de uma reformulação na Terra, dos nossos assuntos de ordem familiar. Não devemos constranger nossos filhos a sofrerem processos de violência, de nossa parte, tanto quanto aos nossos filhos não devem criar semelhantes problemas para nós, quando assumimos os compromissos de pais na Terra. O impositivo de proteção à infância, no período mais terno da reencarnação, é assunto de importância fundamental para a educação do espírito que se reencarna na Terra. Não podemos desprezar a infância, em tempo algum, porque a infância levará para a frente o retrato de nossa própria conduta para com ela. E se abandonamos a criança exigindo, de futuro, que em plena mocidade, obedeça à força, o assunto se faz muito difícil. Necessário que os pais conversem mais cordialmente com os seus filhos no clima da harmonia doméstica, dentro da própria casa e nunca adiar essas conversações para tempos de desastre sentimental. Freqüentemente, os pais não se sentam com os filhos para um entendimento afável, para uma conversação mais doce, para que o intercâmbio da amizade se processe, para que o amor realize a sua Obra Divina nos corações, e bastas vezes, assumem atitudes atormentadas, quando os filhos ou as filhas mais jovens adquirem dificuldades ou problemas íntimos para a solução dos quais eles, os pais, não os preparam. Precisamos agora, mormente na atualidade quando se opera vasta revisão de valores doméstico, familiares e sociais da prática de um amor sem limites, de uma tolerância imensa, - de nós todos, de uns para com os outros, - para que atinjamos um acordo geral de rearmonização e, então iniciar uma era nova, em que a criança receba realmente aquele amparo de que necessite e a que tem direito, para que nunca venhamos a condenar indebitamente, os mais jovens.
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Pelo que depreendemos, dá o benfeitor Emmanuel muita ênfase ao prisma religioso da Doutrina Espírita. Por que isso?
Emmanuel costuma afirmar-nos que sem religião, seriamos na Terra, viajores sem bússola, incapazes de orientar-nos rumo da elevação real.
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O que o Sr. acha da posição da Família, nos dias que correm e da contribuição que o Espiritismo pode dar para a sua consolidação em bases cristãs?
Os conceitos de família, à luz da Doutrina Espírita, a nosso ver, caminham para mais ampla compreensão da liberdade construtiva e do respeito mútuo que devemos uns aos outros.
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O Sr. acha que o mundo conseguiria viver sem a família organizada?
Não acreditamos, porque sem a família organizada caminharíamos para a selva e isso não tem razão de ser. Admitimos que a família terá de fazer grandes aberturas, porque estamos aí com os anticoncepcionais, com os problemas psicológicos, com os conflitos da mente, com as exigências afetivas de várias nuances. Os assuntos familiares assemelham-se hoje aos viajantes que transitam em determinada estrada. Com exagerado acúmulo de veículos construímos mais pistas, para que haja menos desastres. A família precisa abrir novas pistas de compreensão para que os componentes dela possam viver em regime de respeito recíproco, com os problemas de que são portadores, sem a agressão que tantas vezes se verifica, contra criaturas que sofrem aflitivos problemas dentro da constituição psicológica diferente da maioria.
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Por que motivo o casal, muitas vezes, tem no noivado uma paixão marcante e experimenta a diminuição do interesse afetivo nas relações recíprocas, após o nascimento dos filhos?
Grande número de enlaces na Terra obedece a determinações de resgates, escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do renascimento no berço físico. E aqueles amigos que serão filhos do casal, muitas vezes, agindo no Além, transformam, ou melhor, omitem as dificuldades prováveis do casamento em perspectiva para que os cônjuges se aproximem afetuosamente um do outro, segundo os preceitos das leis divinas e formem o lar, desfazendo dentro dele determinadas dificuldades das existências anteriores em motivos de amor e compreensão maior. O namoro e o noivado, em muitas ocasiões, estão presididos pelos Espíritos familiares que serão filhos do casal. Quando esses mesmos Espíritos se corporificam em nossa casa, na posição de nossos próprios filhos, parece que há diminuição de amor entre os cônjuges, mas isso não acontece; existe, sim, o decréscimo da paixão, no capítulo das afeições possessivas que nos cabe evitar.
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Fontes:
Questões 1 à 10, do livro "Entrevistas" - Editora IDE, do livro "A Terra e o Semeador" - Editora IDE, do livro "Chico Xavier, em Goiânia" - Editora GEEM e do livro "Janela para a Vida" - Editora Lake.

Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/chico_ler_perguntas.php?id=18

(Publicado em 09/01/2007)