quarta-feira, 28 de abril de 2010

CONSEQÜÊNCIAS DO PASSADO

 

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CONSEQÜÊNCIAS  DO  PASSADO
Emmanuel
 
1 - Como podemos compreender os resultados de nossas experiências anteriores?
Para compreender os resultados de nossas experiências anteriores, basta que o homem observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas.
 
2 - Como entender, na essência, as dívidas ou vantagens que trazemos das existências passadas?
Estudos que efetuamos  corretamente, ainda que terminados há longo tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis. Faltas praticadas deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo reparação. Se plantamos preciosa árvore, desde muito, é natural venhamos a surpreendê-la, carregada de utilidades e frutos para os outros e para nós. Se nos empenhamos num débito, é justo suportemos a preocupação de pagar.
 
3 – Qual a lição que as horas nos ensinam?
Meditemos a simples lição das horas. Comumente, durante a noite, o homem repousa e dorme; em sobrevindo a manhã, desperta e levanta-se com os bens ou com os males que haja procurado para si mesmo, no transcurso da véspera.
Assim, a vida e a morte, na lei da reencarnação que rege o destino.
 
4 – Qual a situação moral da alma no túmulo e no berço? 
No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça;  no berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar.
 
5 – Em síntese, onde permanece, espiritualmente, a criatura reencarnada?
Cada criatura reencarnada permanece nas derivantes  de tudo o que fez consigo e com o próximo.
 
6 – Qual a explicação lógica das enfermidades congênitas?
Os grandes delitos operam na alma estados indefiníveis de angústia e choque, daí nascendo a explicação lógica das enfermidades congênitas, às vezes inabordáveis a qualquer tratamento.
 
7 – O que ocorre aos suicidas nas vidas ulteriores?
Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatoriais, freqüentemente, após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras.
 
8 – E os protagonistas de tragédias passionais?
Protagonistas de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de guerra, aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para acobertar interesses escusos, exploradores do sofrimento humano, caluniadores, empreiteiros do aborto e devassidão e malfeitores outros,  que a justiça do mundo não conseguiu cadastrar, voltam à reencarnação em tribulações compatíveis com os débitos que assumiram e, muitas vezes, junto das próprias vítimas, sob o mesmo teto, marcados por idênticos laços consangüíneos, tolerando-se mutuamente até a solução dos enigmas que criaram contra si mesmos, atentos ao reequilibro de que se vêem necessitados;  ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos, integrando os quadros inquietantes dos acidentes em que se desdobra o resgate do espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas provações coletivas.
 
9 – E aos cúmplices de erros e enganos?
As grandes dificuldades não caem exclusivamente sobre os suicidas e homicidas comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das resoluções infelizes que se adotaram são impelidos a recebê-los nos próprios braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de regeneração.
 
10 – O que ocorre àqueles que provocaram o suicídio de alguém?
Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é possível que tenhamos esse mesmo alguém, muito breve, na condição de um filho-problema ou de um familiar padecente, requisitando-nos auxílio, na medida das responsabilidades que assumimos, na falência a que se arrojou.
 
11 – Que acontece àqueles que impelem o próximo à falência moral?
Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do caminho, asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação prematura, é certo que se corporificarão, de novo, na Terra, ao nosso lado, a fim de que lhes prestemos concurso imprescindível à reeducação, na pauta dos compromissos a que enredamos, ao precipitá-los aos enganos terríveis de que buscam desvencilhar-se, abatidos e desditosos.
Nas mesmas circunstâncias, carreamos em nós, enraizados nas forças profundas da mente, os bens ou os males que cultivamos.
 
12 – E o que ocorre aos desencarnados que malbarataram os tesouros da emoção e da idéia?
Quando desencarnados, não fugimos as leis de causa e efeito.
Se malbaratamos os tesouros da Terra, deambulamos nas esferas espirituais por doentes da alma, que a perturbação ensandece, fadados a reaparecer no plano carnal com as enfermidades conseqüentes, a se entranharem, nos tecidos orgânicos, que nos compõem a vestimenta física.
 
13 – E aqueles que se entregam aos desequilíbrios do sexo?
Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos alheios por nossa conta, agüentamos inibições genésicas, muitas vezes,  com  o cansaço precoce e a distrofia muscular, a epilepsia ou o câncer, de permeio.
 
14 -  E àqueles que perpetram crimes?
Se perpetramos crimes na pessoa dos semelhantes, ei-nos a frente de mutilações dolorosas.
 
15 – E àqueles que se entregam às extravagâncias da mesa?
Se nos entregamos às extravagâncias da mesa, arcamos com ulcerações e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as alterações do veículo espiritual.
 
16 – E àqueles que se afeiçoam ao alcoolismo?
Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecente, somos induzidos à loucura ou à idiotia seja onde for.
 
17 – E àqueles que se empenham em delitos de maledicência e calúnia?
Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias correlatas.
 
18 – As conseqüências de nossos erros se verificam apenas na forma de doenças comuns?
Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades da obsessão, porquanto, cada vez que ofendemos aos que partilham a marcha, atraímos, em prejuízo próprio, as vibrações de revolta ou desespero daqueles que se categorizam por vítimas de nossas ações impensadas.
 
19 – Qual deve ser nossa atitude perante as provas da vida?
Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a refletir, para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam.
 
20 – Quais as relações entre o presente, o passado e o futuro?
Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá.
 
(Do livro "Leis de Amor", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

domingo, 25 de abril de 2010

Momento de Reflexão - NÃO CENSURES

 

 

Não censures.

Onde o mal apareça, retifiquemos amando, empreendendo semelhante trabalho a partir de nós mesmos.

O cirurgião ampara o corpo enfermo, empregando atenção e carinho, com bisturis adequados.

O artista afeiçoa a pedra ao próprio sonho, aformoseando-lhe a estrutura com paciência e vagar.

Ninguém desfaz a treva sem luz.

E reconhecendo-se que a luz nasce da força que se desgasta, em louvor da cooperação e do benefício, o amor procede do coração que se entrega ao trabalho para compreender e auxiliar.

Quando estiveres a ponto de desanimar ante os empeços do mundo, de espírito inclinado à acusação e à amargura, lembra-te de Deus cuja presença fulge nas faixas mais simples da Natureza.

Divina Sabedoria apóia a semente para que germine, propiciando-lhe recursos imprescindíveis à existência;nutre-lhe os rebentos, doando-lhes condições precisas para que se desenvolvam,e, convertida a planta em árvore benfeitora, assegura-lhe a seiva e aguarda-lhe ocasião justa para a colheita dos frutos que enriquecerá o celeiro.

Em toda a parte da Terra, surpreendemos a esperança de Deus, em função ativa, seja na pedra que se erguerá em utilidade, no carvão que se fará diamante, no espinheiral que se metamorfoseará em ninho de flores, na gleba inculta que se transfigurará em jardim.

Deus opera com tempo igual para todos.

E a própria Sabedoria Divina nos auxilia a todos indistintamente, agindo, criando, renovando e sublimando com apoio nas horas; sempre que nos vejamos defrontados por dificuldades e incompreensões, saibamos servir com paciência e aprenderemos que, à frente dos problemas da vida, sejam eles quais forem, não existem razões para que venhamos a esmorecer ou desesperar.

Livro: Rumo certo.

Espírito : Emmanuel

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Paz e Luz

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O ausente-presente

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Era a derradeira refeição que fariam juntos. É um momento de alegria, pela comemoração da páscoa judaica.

Recordam-se das agruras da escravidão no Egito e as alegrias da libertação pelo legislador hebreu Moisés.

Os cânticos se sucedem, em obediência ao rito comemorativo. Serve-se o carneiro, o pão sem sal e sem fermento, embebido no molho de ervas amargas.

Recordam-se das bênçãos e a proteção de Yaweh. É também um momento de despedida.

Um pouco e já não mais me vereis, assevera Jesus. E como bom pastor, exorta: meus filhinhos...

E tece recomendações, dizendo das dores que adviriam aos Seus seguidores, a todos aqueles que desejassem levar o archote da Boa Nova na tentativa de iluminar a Terra.

O machado está posto à raiz, dizia o Mestre.

Mas, se falou de dores e sofrimentos, não deixou de declamar esperança e consolo.

Por isso, em observando o ar de tristeza que envolvia os Apóstolos, naquela hora, profetizou:

Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus. Crede também em mim. Eu vou para vos preparar o lugar.

Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais.

O Pastor anuncia Sua viagem, mas apresenta os objetivos dela e afirma o Seu retorno.

A hora avança e Ele ensina:

Um novo mandamento vos dou: amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado. Nisso reconhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.

E sentencia:

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.

É um momento solene. Os minutos se sucedem ligeiros, como se desejassem que aquela despedida não se alongasse.

Mas o Mestre dos mestres tem algo mais a dizer:

Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Tenho-vos chamado amigos, porque tudo o que sei de meu Pai vos transmiti.

Repito-vos: amai-vos uns aos outros.

E, como num testamento, exterioriza Sua doação final:

Deixo-vos a paz: a minha paz vos dou

Não vo-la dou como o mundo a dá.

Amai-vos como eu vos amei.

Ninguém tem mais amor do que aquele que dá a própria vida pelos seus amigos.

Sereis meus amigos, se fordes amigos uns dos outros.

A noite se envolve em crepe. Talvez a lua tenha escondido sua cara redonda e prateada, para enxugar o próprio pranto.

O Cordeiro vai ser imolado...

* * *

Ele voltaria depois da morte para atestar que a morte não existe.

E quando chega, faz-Se visível àquele grupo de homens assustados, como uma equipe sem chefia e os saúda:

Paz seja convosco!

E ficaria com eles por dias e dias.

Dias de sol, noites de estrelas, de luar.

Pelas estradas da Galiléia e da Judeia, pelas praias do mar e do lago, nas montanhas, onde os pastores apascentam seus carneiros, nas planícies onde os camponeses cortam o trigo, todos sentem que Ele pode estar, que Ele pode vir, de repente e dizer:

“A paz seja convosco!”

Certeza de Sua presença. Amigo, Mestre, Senhor: presente!

Não nos esqueçamos disso.

Redação do Momento Espírita, com base no Evangelho de

João, cap. XIV e com parágrafo colhido no cap. LXXII, do

livro Vida de Jesus, de Plínio Salgado, ed. Voz do oeste.

Autógrafo de Deus

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Autógrafo é a assinatura original, de próprio punho, do autor de alguma obra.

Assinam seus quadros os pintores. No entanto, melhor do que a sua assinatura, o que diz se o quadro é verdadeiramente daquele pintor é o seu estilo.

Quem quer que se aprofunde pelo conhecimento da arte, poderá, ao admirar uma tela, afirmar do seu autor. E identificar, inclusive, se for o caso, a que período da vida artística daquele pintor corresponde.

Quem escreve um livro, define-se por uma forma de escrever e, a partir daí passará a ser conhecido. Naturalmente, coloca seu nome na obra.

Mas, mais do que isso, identifica-se pelo estilo e a forma com que desenvolve o seu pensamento, ao transpô-lo para o papel.

Cada artista tem sua maneira peculiar de se identificar no seu trabalho.

E é assim que Ele é conhecido e admiradas as Suas produções, através dos tempos.

Quando nossos olhos se extasiam ante a prodigalidade da natureza;

quando nossos ouvidos se deliciam com os sons dos rios cantantes, com o murmúrio da fonte minúscula, com as águas que descem pelas encostas, despejando-se ruidosamente de alturas;

quando o vento flauteia uma canção entre os ramos ou agita com violência o arvoredo;

quando o sol se pinta de ouro e tudo enche de luz por onde se espraia;

quando o céu se faz de tonalidades mil, indefiníveis, num amanhecer indescritível;

quando tudo isso acontece, todo dia, a cada dia... procuramos o autor. E a assinatura.

O inacreditável do grandioso e das coisas minúsculas – tudo obedecendo a idêntico esmero, diz-nos da qualidade do artista.

A diversidade de tons, de sons nos fala de um Alguém superlativamente criativo pois que, há bilhões de anos, não reprisa um pôr de sol, nem o cristal da gota de orvalho, nem a combinação dos gorjeios da passarada.

Cada dia tudo é diferente. O sol retorna, as nuvens se espreguiçam, a pradaria se estende, alongando sua colcha de retalhos de cores diversas, bordadas cá e lá de flores miúdas... mas nada é igual.

As folhas nas árvores estão em número maior ou menor, a sinfonia das águas acabou de ser composta, os pássaros balançam-se em outras ramagens.

Sim, o artista responsável pelo concerto do dia e da noite é extraordinário.

Os homens afirmam que jamais O viram. Mas todos podem admirar Sua obra. Mesmo aqueles que Lhe negam a existência.

Esse artista inigualável assina a delicadeza das manhãs com o pincel da madrugada.

Podemos descobrir Seu autógrafo na tela do firmamento, no brilho das estrelas.

Podemos descobrir Sua escrita nas flores dos campos, dos jardins, das montanhas.

Ele é tão grande que a tela onde cria as Suas maravilhas vive em expansão.

Mas onde Esse artista coloca Sua mais especial assinatura é na essência de cada um dos filhos que criou.

Ela está em cada um de nós e se chama Imortalidade.

Pense nisso. Você é o mais especial autógrafo de Deus.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A CARIDADE DESCONHECIDA

 

 

A conversação em casa de Pedro versava, nessa noite, sobre a prática do bem, com a viva colaboração verbal de todos.

Como expressar a compaixão, sem dinheiro? Por que meios incentivar a beneficência, sem recursos monetários?

Com essas interrogativas, grandes nomes da fortuna material eram invocados e a maioria inclinava-se a admitir que somente os poderosos da Terra se encontravam à altura de estimular a piedade ativa, quando o Mestre interferiu, opinando, bondoso:

- Um sincero devoto da lei foi exortado por determinações do Céu ao exercício da beneficência; entretanto, vivia em pobreza extrema e não podia, de modo algum, retirar a mínima parcela de seu salário para o socorro aos semelhantes. Em verdade, dava de si mesmo, quanto possível, em boas palavras e gestos pessoais de conforto e estímulo a quantos se achavam em sofrimento e dificuldade; porém, magoava-lhe o coração a impossibilidade de distribuir agasalho e pão com os andrajosos e famintos à margem de sua estrada.

Rodeado de filhinhos pequeninos, era escravo do lar que lhe absorvia o suor.

Reconheceu, todavia, que, se lhe era vedado o esforço na caridade pública, podia perfeitamente guerrear o mal, em todas as circunstâncias de sua marcha pela Terra.

Assim é que passou a extinguir, com incessante atenção, todos os pensamentos inferiores que lhe eram sugeridos; quando em contato com pessoas interessadas na maledicência, retraía-se, cortês, e, em respondendo a alguma interpelação direta, recordava essa ou aquela pequena virtude da vítima ausente; se alguém, diante dele, dava pasto à cólera fácil, considerava a ira como enfermidade digna de tratamento e recolhia-se à quietude; insultos alheios batiam-lhe no espírito à maneira de calhaus em barril de mel, porquanto, além de não reagir, prosseguia tratando o ofensor com a fraternidade habitual; a calúnia não encontrava acesso em sua alma, de vez que toda denúncia torpe se perdia, inútil, em seu grande silêncio; reparando ameaças sobre a tranqüilidade de alguém, tentava desfazer as nuvens da incompreensão, sem alarde, antes que assumissem feição tempestuosa; se alguma sentença condenatória bailava em torno do próximo, mobilizava, espontâneo, todas as possibilidades ao seu alcance na defesa delicada e imperceptível; seu zelo contra a incursão e a extensão do mal era tão fortemente minucioso que chegava a retirar detritos e pedras da via pública, para que não oferecessem perigo aos transeuntes.

Adotando essas diretrizes, chegou ao termo da jornada humana, incapaz de atender às sugestões da beneficência que o mundo conhece. Jamais pudera estender uma tigela de sopa ou ofertar uma pele de carneiro aos irmãos necessitados.

Nessa posição, a morte buscou-o ao tribunal divino, onde o servidor humilde compareceu receoso e desalentado. Temia o julgamento das autoridades celestes, quando, de improviso, foi aureolado por brilhante diadema, e, porque indagasse, em lágrimas, a razão do inesperado prêmio, foi informado de que a sublime recompensa se referia à sua triunfante posição na guerra contra o mal, em que se fizera valoroso empreiteiro.

Fixou o Mestre nos aprendizes o olhar percuciente e calmo e concluiu, em tom amigo:

- Distribuamos o pão e a cobertura, acendamos a luz para a ignorância e intensifiquemos a fraternidade aniquilando a discórdia, mas não nos esqueçamos do combate metódico e sereno contra o mal, em esforço diário, convictos de que, nessa batalha santificante, conquistaremos a divina coroa da caridade desconhecida.

(Fonte: “Jesus no Lar”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Neio Lúcio).

Paz e Luz

A fé e o dever

 

A fé em Deus é imensamente comum.

Embora sob distintas denominações e formas, a imensa maioria dos homens afirma crer na Divindade.

Contudo, seu agir e seu sentir nem sempre espelham essa crença.

Deus é a Suprema e Soberana Inteligência, ilimitado em Seus poderes e virtudes.

Ele é infinitamente poderoso, sábio, justo e bondoso.

Saber que a Divindade está no controle de tudo possui o condão de modificar a percepção de prioridades das criaturas.

Como a Justiça Divina é perfeita e impera no Universo, cada qual vive o que necessita e merece.

Assim, não é necessário passar a existência na intransigente defesa do próprio espaço.

Sem dúvida, não é viável ser ingênuo ou preguiçoso e deixar de cuidar de si.

Apenas não é necessário angustiar-se pelas contingências da vida.

Quem crê em Deus tem condições de desenvolver tranquilidade interior.

Afinal, é convicto de que o Soberano Poder impõe ordem no Universo.

Deposita fé na Bondade e na Justiça Divinas e sabe que sem a permissão Celeste nada ocorre.

Justamente por isso, a atenção do crente deixa de estar em seus direitos para residir em seus deveres.

Por saber que o mérito preside os destinos das criaturas, cuida de ser o melhor possível.

Tem fé no futuro, razão pela qual coloca os bens espirituais acima dos materiais.

Sabe que as vicissitudes da vida são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do ideal da fraternidade, faz o bem sem esperar recompensas.

Encontra satisfação em ser útil e bondoso, em fazer ditosos os outros.

É benevolente para com todos, independentemente de credo, cor ou raça, pois sabe que todos os homens são filhos de Deus e seus irmãos.

Respeita as convicções sinceras dos semelhantes e não condena quem pensa diferente.

Quando ofendido, procura perdoar por compreender as dificuldades dos irmãos de jornada.

Jamais se vinga, ciente de que toda justiça repousa nas mãos do Criador.

É indulgente para as fraquezas alheias, por saber que também necessita de indulgência.

Não se ocupa dos defeitos alheios, mas dos seus.

Estuda as próprias imperfeições, a fim de se melhorar.

Consciente do olhar de Deus sobre si, cuida de ser digno em todos os momentos de sua vida, mesmo os mais íntimos.

Usa, mas não abusa, de seus bens, por ser consciente de que são apenas empréstimo da Divindade.

Utiliza seu tempo livre em atividades úteis, fazendo-se um agente do progresso no mundo.

Talvez esses deveres pareçam excessivos, mas não representam um peso para quem realmente acredita em Deus.

Constituem consequência natural da certeza da existência de um Ente Superior, pleno de Bondade, Justiça e Poder.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no

item 3 do cap. XVII do livro O Evangelho segundo

o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Momento de Reflexão: CADA DIA

 

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Cada manhã na Terra é uma pagina em branco de que dispões no livro da vida, para fazer os melhores exercícios e testemunhos de elevação e bondade.

Não olvides que cada pessoa a cruzar-te o passo, na trilha das horas, é uma oportunidade de construção espiritual.

Seja qual seja o motivo para desafeto, cultiva compreensão e amizade, observando que todo favor que possas prestar a benefício de alguém é uma chave que fabricas para a solução de teus problemas futuros.

Por mais claras as razões que justifiquem esse ou aquele comentário infeliz, procura encaixar uma frase edificante no círculo das palavras rudes que estejam sendo pronunciadas.

Por muito que um companheiro te haja ofendido, não lhe negues tolerância e abençoa-o com as tuas preces e gestos de auxílio, na convicção de que estas, com isso, levantando dispositivos de proteção a ti mesmo,

Na atividade em que te encontres, faze mais que o dever, porquanto o serviço extra, espontâneo e sem recompensa, em toda situação, será sempre a tua mais alta pregação de virtude.

Repousa quando necessário, mas não transformes descanso em ócio vazio.

Começa de casa a execução dos conselhos salutares que ofereces ao próximo, aprendendo que é impossível ajudar a Humanidade quando não saibamos entender e amparar algumas poucas pessoas, entre os limites da parentela.

Alia ação e oração, sustentando a felicidade dos outros, como queremos que Deus nos concretize a própria felicidade.

Quando o dia termine, agradece ao Senhor a ventura de haver engastado mais uma pérola do tempo em teu colar de realizações, e, cerrando os olhos para o justo refazimento, guarda por teu maior prêmio a consciência tranqüila, com a invariável disposição de viver, cada dia, reconhecendo que tudo na vida depende inteiramente de Deus, mas na certeza de que o trabalho em tuas mãos depende unicamente de ti.

(Obra: Passos da Vida - Chico Xavier/Emmanuel)

Paz e Luz

Paciência antes da crise

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O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.

De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.

A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.

A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.

O atropelo do trânsito; a agitação geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas...

Além disso, as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes do modo de vida dito moderno e do relacionamento social, levam o homem a desequilíbrios que a paciência pode evitar.

Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.

Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.

Manter-se atento e saber enfrentá-las com cuidado é a única forma de superá-las com êxito.

* * *

Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.

Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.

Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.

Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.

A convivência com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.

O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.

É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.

O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas.

* * *

Você já se propôs ser mais paciente? Já colocou isso como meta na vida alguma vez?

É importante ter metas claras. É importante dizer a si mesmo: Estou mais paciente agora. Não vou deixar que isto ou aquilo me abale com facilidade.

Começamos assim um processo de autopreservação, de automonitoramento e, toda vez que uma situação crítica se apresentar, poderemos voltar a dizer: Não vou deixar que isto me tire do sério.

Cada um poderá desenvolver seu método, sua forma de atuar, porém a essência deste trabalho está em começar já, imediatamente.

Quem antes inicia, antes colhe os benefícios.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 10,

do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,

psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

domingo, 11 de abril de 2010

Chico Xavier: Coleção de e-books

CHICO XAVIER - PSICOGRAFANDO

Chico Xavier
Mais de 380 livros
Nesta coleção constam mais de 380 livros psicografados por Chico Xavier. Eles foram retirados do site www.universoespirita.org.br.
Para ler os textos, serão abertos no internet explorer.
Bons estudos e leituras.
Jesus envolva a todos em sua paz.


1. A CAMINHO DA LUZ
2. A LUZ DA ORAÇÃO
3. A SEMENTE DE MOSTARDA
4. A TERRA E O SEMEADOR
5. A VERDADE RESPONDE
6. A VIDA CONTA
7. A VIDA ESCREVE
8. A VIDA FALA I
9. A VIDA FALA II
10. A VIDA FALA III
11. A VOLTA
12. ABENCOA SEMPRE
13. ABRIGO
14. AÇÃO E CAMINHO
15. AÇÃO E REAÇÃO
16. AÇÃO, VIDA E LUZ
17. ACEITAÇÃO E VIDA
18. ADEUS A SOLIDÃO
19. AGENCIA DE NOTÍCIAS
20. AGENDA CRISTÃ
21. AGENDA DE LUZ
22. AGORA É O TEMPO
23. ALÉM DA ALMA
24. ALGO MAIS
25. ALMA DO POVO
26. ALMA E CORAÇÃO
27. ALMA E LUZ
28. ALMA E VIDA
29. ALMAS EM DESFILE
30. ALVORADA CRISTÃ
31. ALVORADA DO REINO
32. AMANHECE
33. AMIGO
34. AMIZADE
35. AMOR E LUZ
36. AMOR E SAUDADE
37. AMOR E VERDADE
38. AMOR SEM ADEUS
39. ANOTAÇÕES DA MEDIUNIDADE
40. ANTE O FUTURO
41. ANTENAS DE LUZ
42. ANTOLOGIA DA AMIZADE
43. ANTOLOGIA DA CARIDADE
44. ANTOLOGIA DA CRIANÇA
45. ANTOLOGIA DA ESPERANÇA
46. ANTOLOGIA DA ESPIRITUALIDADE
47. ANTOLOGIA DA JUVENTUDE
48. ANTOLOGIA DA PAZ
49. ANTOLOGIA DO CAMINHO
50. ANTOLOGIA DOS IMORTAIS
51. ANTOLOGIA MEDIÚNICA DE NATAL
52. APELOS CRISTÃOS
53. APOSTILAS DA VIDA
54. AS PALAVRAS CANTAM
55. ASSEMBLÉIA DE LUZ
56. ASSIM VENCERAS
57. ASSUNTOS DA VIDA E DA MORTE
58. ASTRONAUTAS DO ALÉM
59. ATENÇÃO
60. ATRAVÉS DO TEMPO
61. AUGUSTO VIVE
62. AULAS DA VIDA
63. AUTA DE SOUZA
64. BAÚ DE CASOS
65. BAZAR DA VIDA
66. BENÇÃO DE PAZ
67. BÊNÇÃOS DE AMOR
68. BEZERRA, CHICO E VOCÊ
69. BOA NOVA
70. BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO
71. BRILHE VOSSA LUZ
72. BUSCA E ACHARÁS
73. CALENDÁRIO ESPÍRITA
74. CALMA
75. CAMINHO ESPÍRITA
76. CAMINHO ILUMINADO
77. CAMINHO, VERDADE E VIDA
78. CAMINHOS
79. CAMINHOS DA FÉ
80. CAMINHOS DA VIDA
81. CAMINHOS DE VOLTA
82. CAMINHOS DO AMOR
83. CANAIS DA VIDA
84. CANTEIRO DE IDÉIAS
85. CARAVANA DO AMOR
86. CARIDADE
87. CARTAS DE UMA MORTA
88. CARTAS DO CORAÇÃO
89. CARTAS DO EVANGELHO
90. CARTAS E CRÔNICAS
91. CARTILHA DA NATUREZA
92. CARTILHA DO BEM
93. CASTRO ALVES FALA A TERRA
94. CEIFA DE LUZ
95. CENTELHAS
96. CHÃO DE FLORES
97. CHICO XAVIER DOS HIPPIES AOS PROBLEMAS DO MUNDO
98. CHICO XAVIER EM GOIÂNIA
99. CHICO XAVIER PEDE LICENÇA
100. CIDADE NO ALÉM
101. CLARAMENTE VIVOS
102. COISAS DESTE MUNDO
103. COLETÂNEA DO ALÉM
104. COMANDOS DO AMOR
105. COMPAIXÃO
106. COMPANHEIRO
107. CONDUTA ESPÍRITA
108. CONFIA E SEGUE
109. CONFIA E SERVE
110. CONSTRUÇÃO DO AMOR
111. CONTINUIDADE
112. CONTOS DESTA E D´OUTRA VIDA
113. CONTOS E APÓLOGOS
114. CONVERSA FIRME
115. CONVIVÊNCIA
116. CORAÇÃO E VIDA
117. CORAÇÕES RENOVADOS
118. CORAGEM
119. CORREIO DO ALÉM
120. CORREIO FRATERNO
121. CRER E AGIR
122. CRIANÇAS NO ALÉM
123. CRÔNICAS DO ALÉM TÚMULO
124. CURA
125. DÁDIVAS ESPIRITUAIS
126. DÁDIVAS DE AMOR
127. DEGRAUS DA VIDA
128. DESOBSESSÃO
129. DEUS AGUARDA
130. DEUS SEMPRE
131. DIÁLOGO DOS VIVOS
132. DIÁRIO DE BÊNÇÃOS
133. DICIONÁRIO DA ALMA
134. DINHEIRO
135. DOUTRINA DE LUZ
136. DOUTRINA E APLICAÇÃO
137. DOUTRINA E VIDA
138. DOUTRINA ESCOLA
139. E A VIDA CONTINUA
140. EDUCANDÁRIO DE LUZ
141. ELENCO DE FAMILIARES
142. EMMANUEL
143. ENCONTRO DE PAZ
144. ENCONTRO MARCADO
145. ENCONTROS NO TEMPO
146. ENDEREÇO DE PAZ
147. ENTENDER CONVERSANDO
148. ENTRE A TERRA E O CÉU
149. ENTRE IRMÃOS DE OUTRAS TERRAS
150. ENTREVISTAS
151. ENXUGANDO LÁGRIMAS
152. ESCOLA NO ALÉM
153. ESCRÍNIO DE LUZ
154. ESPERA SERVINDO
155. ESPERANÇA E ALEGRIA
156. ESPÍRITO DA VERDADE
157. ESTAMOS NO ALÉM
158. ESTAMOS VIVOS
159. ESTANTE DA VIDA
160. ESTRADAS E DESTINOS
161. ESTRELAS NO CHÃO
162. ESTUDE E VIVA
163. EVANGELHO EM CASA
164. EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS
165. EXCURSÃO DE PAZ
166. FALANDO A TERRA
167. FALOU E DISSE
168. FAMÍLIA
169. FÉ
170. FÉ, PAZ E AMOR
171. FESTA DA PAZ
172. FONTE DE PAZ
173. FONTE VIVA I
174. FONTE VIVA II
175. FOTOS DA VIDA
176. GABRIEL
177. GAVETA DA ESPERANÇA
178. GOTAS DE LUZ
179. GOTAS DE PAZ
180. GRATIDÃO E PAZ
181. HARMONIZAÇÃO
182. HISTÓRIAS E ANOTAÇÕES
183. HOJE
184. HORA CERTA
185. HORAS DE LUZ
186. HUMORISMO NO ALÉM
187. IDEAL ESPÍRITA
188. IDÉIAS E ILUSTRAÇÕES
189. INDICAÇÕES DO CAMINHO
190. INDULGÊNCIA
191. INSPIRAÇÃO
192. INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS
193. INSTRUMENTOS DO TEMPO
194. INTERCÂMBIO DO BEM
195. INTERVALOS
196. IRMÃO
197. IRMÃOS UNIDOS
198. JANELA PARA A VIDA
199. JARDIM DE INFÂNCIA
200. JESUS EM NÓS
201. JESUS NO LAR
202. JÓIA
203. JUCA LAMBISCA
204. JUNTOS VENCEREMOS
205. JUSTIÇA DIVINA
206. LÁZARO REDIVIVO
207. LEALDADE
208. LEIS DO AMOR
209. LEVANTAR E SEGUIR
210. LIBERTAÇÃO
211. LINHA DUZENTOS
212. LIRA IMORTAL
213. LIVRO DA ESPERANÇA
214. LIVRO DE RESPOSTAS
215. LOJA DE ALEGRIA
216. LUZ ACIMA
217. LUZ BENDITA
218. LUZ E VIDA
219. LUZ NO CAMINHO
220. LUZ NO LAR
221. MÃE
222. MAIS LUZ
223. MAIS VIDA
224. MÃOS MARCADAS
225. MÃOS UNIDAS
226. MARCAS DO CAMINHO
227. MARIA DOLORES
228. MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
229. MECANISMOS DA MEDIUNIDADE
230. MEDIUNIDADE E SINTONIA
231. MENSAGENS DO PEQUENO MORTO
232. MENTORES E SEAREIROS
233. MIGALHA
234. MISSIONÁRIOS DA LUZ
235. MOMENTO
236. MOMENTOS DE OURO
237. MOMENTOS DE PAZ
238. MONTE ACIMA
239. MORADIAS DE LUZ
240. NA ERA DOS ESPÍRITOS
241. NAS PEGADAS DO MESTRE
242. NASCER E RENASCER
243. NATAL DE SABINA
244. NESTE INSTANTE
245. NINGUÉM MORRE
246. NO MUNDO MAIOR
247. NO PORTAL DA LUZ
248. NÓS
249. NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE
250. NOSSO LAR
251. NOSSO LIVRO
252. NOTAS DO MAIS ALÉM
253. NOTÍCIAS DO ALÉM
254. NOVAS MENSAGENS
255. NOVO MUNDO
256. O CAMINHO OCULTO
257. O CONSOLADOR
258. O ESPÍRITO DA VERDADE
259. O ESPÍRITO DE CORNÉLIO PIRES
260. O ESSENCIAL
261. O LIGEIRINHO
262. OBREIROS DA VIDA ETERNA
263. OFERTA DE AMIGO
264. OPINIÃO ESPÍRITA
265. ORVALHO DE LUZ
266. OS COMANDOS DO AMOR
267. OS DOIS MAIORES AMORES
268. OS FILHOS DO GRANDE REI
269. OS MENSAGEIROS
270. PACIÊNCIA
271. PÁGINAS DO CORAÇÃO
272. PAI NOSSO
273. PALAVRAS DA CORAGEM
274. PALAVRAS DE CHICO XAVIER
275. PALAVRAS DE EMMANUEL
276. PALAVRAS DE VIDA ETERNA I
277. PALAVRAS DE VIDA ETERNA II
278. PALAVRAS DO CORAÇÃO
279. PALAVRAS DO INFINITO
280. PALCO ILUMINADO
281. PÃO NOSSO
282. PARNASO DO ALÉM TÚMULO
283. PÁSSAROS HUMANOS
284. PASSOS DA VIDA
285. PAULO E ESTEVÃO
286. PAZ
287. PAZ E ALEGRIA
288. PAZ E LIBERTAÇÃO
289. PAZ E RENOVAÇÃO
290. PEDAÇOS DA VIDA
291. PENSAMENTO E VIDA
292. PERANTE JESUS
293. PERDÃO E VIDA
294. PÉROLAS DE LUZ
295. PÉROLAS DO ALÉM
296. PÉTALAS DA PRIMAVERA
297. PÉTALAS DA VIDA
298. PINGA FOGO
299. PLANTÃO DE PAZ
300. PLANTÃO DE RESPOSTAS
301. POETAS REDIVIVOS
302. PONTO DE ENCONTRO
303. PONTOS E CONTOS
304. PORTO DE ALEGRIA
305. PRAÇA DA AMIZADE
306. PREITO DE AMOR
307. PRESENÇA DE CHICO XAVIER
308. PRESENÇA DE LUZ
309. PRONTO SOCORRO
310. RAPIDINHO
311. RECADOS DA VIDA
312. RECADOS DA VIDA MAIOR
313. RECADOS DO ALÉM
314. RECANTO DE PAZ
315. RECEITA DE PAZ
316. RECONFORTO
317. REENCONTROS
318. REFÚGIO
319. RELATOS DA VIDA
320. RELICÁRIO DE LUZ
321. RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS
322. REPORTAGENS DO ALÉM TÚMULO
323. RESPOSTAS DA VIDA
324. RETRATOS DA VIDA
325. REVELAÇÃO
326. ROSAS COM AMOR
327. ROTEIRO
328. RUMO CERTO
329. RUMOS DA VIDA
330. SAUDAÇÃO DO NATAL
331. SEARA DE FÉ
332. SEARA DOS MÉDIUNS
333. SEGUE-ME
334. SEGUINDO JUNTOS
335. SEMEADOR EM TEMPOS NOVOS
336. SEMENTES DE LUZ
337. SENDA PARA DEUS
338. SENTINELAS DA ALMA
339. SENTINELAS DA LUZ
340. SERVIDORES NO ALÉM
341. SEXO E DESTINO
342. SINAIS DE RUMO
343. SINAL VERDE
344. SÍNTESES DOUTRINÁRIAS
345. SOL NAS ALMAS
346. SOMENTE AMOR
347. SOMOS SEIS
348. SORRIR E PENSAR
349. TAÇA DE LUZ
350. TÃO FÁCIL
351. TAREFA ESPÍRITA
352. TEMAS DA VIDA
353. TEMPO DE LUZ
354. TEMPO E AMOR
355. TEMPO E NÓS
356. TENDE BOM ÂNIMO
357. TESOURO DA ALEGRIA
358. TIMBOLÃO
359. TOCANDO O BARCO
360. TOQUES DA VIDA
361. TREVO DE IDÉIAS
362. TRILHA DE LUZ
363. TROVADORES DO ALÉM
364. TROVAS DA VIDA
365. TROVAS DO CORAÇÃO
366. TROVAS DO OUTRO MUNDO
367. UNIÃO EM JESUS
368. URGÊNCIA
369. VENCERAM
370. VEREDA DE LUZ
371. VIAJARAM MAIS CEDO
372. VIAJOR
373. VIAJORES DA LUZ
374. VIDA ALÉM DA VIDA
375. VIDA E CAMINHO
376. VIDA E SEXO
377. VIDA EM VIDA
378. VIDA NO ALÉM
379. VIDA NOSSA VIDA
380. VINHA DE LUZ
381. VISÃO NOVA
382. VITÓRIA
383. VIVEREMOS SEMPRE
384. VOLTA BOCAGE
385. VOLTEI
386. VOZES DE OUTRA MARGEM
387. VOZES DO GRANDE ALÉM

 

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Carta enviada a Revista Super Interessante sobre Chico Xavier

A Revista Super Interessante sobre Chico Xavier

Para quem não leu a reportagem copie o link abaixo e cole na barra de navegação.

http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/revista-super-interessante-tenta-humilhar-a-imagem-de-chico-no-seu-centenario/?PHPSESSID=f91169c0a2ab88ce1dcb3dbf37b24a27

 

Senhor Sérgio Gwercman
        Diretor de redação da revista Super Interessante

                   Sou assinante dessa revista há muitos anos. Sempre a encarei como publicação séria, fonte de informações a oferecer subsídios para meu trabalho como escritor espírita, autor de 49 livros publicados.
                   Essa concepção caiu por terra ao ler, na edição de abril, infeliz reportagem sobre Francisco Cândido Xavier, pretensiosa e tendenciosa, objetivando, nas entrelinhas, denegrir e desvalorizar o trabalho do grande médium.
                   Isso pode ser constatado já na seção “Escuta”, com sua assinatura, em que V.S. pretende distinguir respeito de reverência, como se reverência não fosse o respeito profundo por alguém, em face de seus méritos.
                   Podemos e devemos reverenciar Chico Xavier, não por adesão de uma fé cega, mas pela constatação racional, lúcida, lógica, de que estamos diante de uma personalidade ímpar, que fez mais pelo bem da Humanidade do que mil edições de Superinteressante, uma revista situada como defensora do bom jornalismo, mas que fez aqui o que de pior existe na mídia – a apreciação superficial e tendenciosa a respeito de alguém ou de uma notícia, com todo respeito, como pretende seu editorial, como se fosse possível conciliar o certo com o errado, o boato com a realidade, o achincalhe com o respeito.
                   Para reflexão da repórter Gisela Blanco e redatores dessa revista que em momento algum aprofundaram o assunto e nem mesmo se deram ao trabalho de ler os principais livros psicografados pelo médium, sempre com abordagem superficial, pretendendo “explicar” o fenômeno Chico Xavier, aqui vão alguns aspectos para sua reflexão e – quem sabe? – um cuidado maior em futuras reportagens.
                   De onde a repórter tirou essa bobagem de que “toda essa história começou com as cartas dos mortos?”
Se as eliminarmos em nada se perderá a grandeza de Chico Xavier. A história começa bem antes disso, com a publicação, em 1932, do livro Parnaso de Além-Túmulo, quando o médium tinha apenas 22 anos.
                   A reportagem diz: “Ele dizia que não escolhia os espíritos a quem atenderia, só via fantasmas e ouvia vozes. Mas parecia ser o escolhido por celebridades do céu. Cruz e Souza, Olavo Bilac, Augusto dos Anjos e Castro Alves lhe ditaram versos e prosa.”
                   Afirmativa maliciosa, sugerindo o pastiche, a técnica de copiar estilo literário. O repórter não se deu ao trabalho de observar que no próprio Parnaso há, nas edições atuais, 58 poetas desencarnados, menos conhecidos e até desconhecidos, como José Duro, Alfredo Nora, Alma Eros, Amadeu, B.Lopes, Batista Cepelos, Luiz Pistarini, Valado Rosa… Poetas do Brasil e de Portugal que se identificam pelo seu estilo, em poesias personalíssimas enriquecidas por valores de espiritualidade.
                   Não sabe ou preferiu omitir a repórter que Chico psicografou poesias de centenas de poetas desencarnados, ao longo de seus 75 anos de apostolado, na maior parte poetas provincianos, conhecidos apenas nas cidades onde residiam no interior do Brasil. Pesquisadores constatam que esses poemas não são “razoavelmente fiéis ao estilo dos autores”. São totalmente fiéis.
                   Não tem a mínima noção de que a técnica do pastiche, a imitação de estilo literário, é extremamente difícil, quase impossível. Pastichadores conseguem imitar uma página, uma poesia de alguém, jamais toda uma obra ou as obras de centenas de autores.
                   Afirma que Chico foi autodidata e leitor voraz durante toda a vida, sempre insinuando o pastiche. Leitor voraz? Passava os dias lendo? Só quem não conhece sua biografia pode falar uma bobagem dessa natureza, já que Chico passava a maior parte de seu tempo atendendo pessoas, psicografando, participando de reuniões e atendendo à atividade profissional. Não conheço um único documentário, uma única foto mostrando Chico lendo “vorazmente”. Ah! Sim! Para a repórter Chico certamente escondia isso.
                   Fala também que Chico teria 500 livros em sua biblioteca e que “a lista inclui volumes de autores cujo espírito o teria procurado para escrever suas obras póstumas, como Castro Alves e Humberto de Campos”.
E as centenas de poetas e escritores que se manifestaram por seu intermédio. Chico tinha livros deles? E de poetas que sequer publicaram livros?
                   Quanto a Humberto de Campos, cuja família tentou receber na justiça os direitos autorais pelas obras psicografadas por Chico, o que seria ótimo acontecer, o reconhecimento oficial da manifestação dos Espíritos, esqueceu-se a repórter de informar que Agripino Grieco, o mais famoso crítico literário de seu tempo, recebeu uma mensagem do escritor, de quem era amigo. Reconheceu que o estilo era autenticamente de Humberto de Campos, mas que o fato para ele não tinha explicação, já que, como católico praticante, não admitia a possibilidade de manifestação dos espíritos.
                   Esqueceu ou ignora que Chico, médium psicógrafo mecânico, recebia duas mensagens simultaneamente, com ambas as mãos sendo usadas por dois espíritos. Desafio Superinteressante a encontrar um prestidigitador capaz de fazer algo semelhante.
                   Uma pérola de ignorância jornalística está na referência sobre materialização de Espíritos: “seria necessário produzir um total de energia duas vezes maior do que é hoje produzido pela hidroelétrica de Itaipu por ano, segundo os cálculos feitos por especialistas exibidos por reportagens sobre Chico nos anos 70.” Seria superinteressante a repórter ler sobre as pesquisas de Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph Lodge, Lord Rayleigh, William James, William Crookes, Ernesto Bozzano, Cesare Lombroso, Alexej Akzacof e muitos outros cientistas respeitáveis que estudaram o fenômeno da materialização e o admitiram. Leia, também, sobre quem eram esses cientistas, para constatar que não agiam levianamente como está na revista.
                   A repórter reporta-se às reuniões mediúnicas das quais Chico participava como shows que o tornaram famoso e destila seu veneno. Cita o sobrinho de Chico que, dizendo-se médium, confessou que era tudo de sua cabeça, o mesmo acontecendo com o tio. Por que passar essa informação falsa, se o próprio sobrinho de Chico, notoriamente perturbado e alcoólatra, pediu desculpas pela sua mentira? Joga penas ao vento e espera que o leitor as recolha? Omitiu também a informação de que ele confessou que pessoas interessadas em denegrir o médium pagaram-lhe pela acusação.
                   Eram frequentes nas reuniões a ocorrência de fenômenos como a aspersão de perfumes no ambiente, algo que, deveria saber a repórter, costuma ocorrer com os médiuns de efeitos físicos. No entanto, recusando-se a colher informações mais detalhadas sobre o assunto, limitou-se a dizer que em 1971 um repórter da revista Realidade, José Hamilton Ribeiro, denunciou que viu um dos assessores de Chico Xavier levantar o paletó discretamente e borrifar perfume no ar. Sugere que havia mistificação, aliás, uma tônica na reportagem. Por que não foram consultadas outras pessoas, inclusive centenas que tiveram seus lenços inexplicavelmente encharcados de perfume ou a água que levavam para magnetizar, a exalar também um olor suave e desconhecido que perdurava por muitos dias?
                   Na questão das cartas, milhares e milhares de cartas de Espíritos que se comunicavam com os familiares, sugere a repórter que assessores de Chico conversavam com as pessoas, anotando informações para dar-lhes autenticidade. Lamentável mentira. E ainda que isso acontecesse, Chico precisaria ser um prodígio para ler rapidamente as informações e inseri-las no contexto de cada mensagem, de cada espírito, mistificando sempre.
                   E as mensagens dirigidas a pessoas ausentes? E os recados aos presentes? Não eram só mensagens. Eram incontáveis recados. A pessoa aproximava-se de Chico e ele, sem conhecer nada de sua vida, transmitia recados de familiares desencarnados, na condição de um ser interexistente, que vivia simultaneamente a vida física e a espiritual, em contato permanente com os Espíritos.
                   Lembro o caso de um homem inconformado com a morte de um filho. Ia toda noite deitar-se na sepultura do rapaz, querendo “ficar com ele”. Não contava a ninguém, nem mesmo aos familiares. Em Uberaba recebeu mensagem do filho pedindo-lhe que não fizesse isso, porquanto ele não estava lá.
                   Durante muitos anos Chico psicografou receituário mediúnico de homeopatia. Perto de 700 receitas numa noite. Ficava horas psicografando. E os medicamentos correspondiam à natureza do mal dos pacientes, sem que o médium deles tivesse o mínimo conhecimento. Na década de 70 tive uma uveíte no olho esquerdo. Compareci à reunião de receituário. Escrevi meu nome e idade numa folha de papel. Não conversei com ninguém. Após a reunião recebi a indicação de dois medicamentos. Tornando a Bauru, onde resido, verifiquei num livro de homeopatia que o dois medicamentos diziam respeito ao meu mal. Curaram-me.
                   Concebesse a repórter que, como dizia Shakespeare, há mais coisas entre a Terra e o Céu do que concebe nossa vã sabedoria, e não se atreveria a escrever sobre assuntos que desconhece, com o atrevimento da ignorância.
                   Outras “pérolas” da reportagem:
                   Oferece “explicações” lamentáveis para o fenômeno Chico Xavier.
Psicose, confundindo mediunidade com anormalidade.
Epilepsia, descarga elétrica que “poderia causar alheamento, sensação de ausência, automatismo psicomotor”, segundo a opinião de um médico. Descreve algo inerente ao processo mediúnico, que não tem nada a ver com desajuste mental, ou imagina-se que o contato com o Espírito comunicante não imponha uma alteração nos circuitos cerebrais, até para que ocorra a manifestação? E porventura o médico consultado sabe de algum paciente que produza textos mediúnicos durante a crise epilética?
Criptomnésia, memórias falsas, lembranças escondidas no subconsciente do médium, ao ouvir informações sobre o morto. Inconscientemente ele “arranjaria” essas informações para forjar a “manifestação”.
Telepatia. Aqui o médium captaria informações da cabeça dos consulentes e as fantasiaria como manifestação do morto. Como dizia Carlos Imabassahy, grande escritor espírita, inconsciente velhaco, porquanto sempre sugere que é um morto quem se manifesta, não ele próprio.
                   Informa a repórter que “acuado pelas críticas na Pedro Leopoldo de 15 mil habitantes, Chico resolveu fazer as malas e partir para Uberaba, um polo do Espiritismo onde contaria com um apoio de amigos”.
Mentira. Ele deixou Pedro Leopoldo, onde tinha muitos amigos, não por estar “acuado”, mas simplesmente seguindo uma orientação do Mundo Espiritual, em face de tarefas que desenvolveria em Uberaba que, então sim, com sua presença transformou-se em “polo do Espiritismo”.
                   Na famoso pinga-fogo a que Chico compareceu, em 1971, na TV Tupi, um marco na história das entrevistas televisivas, com uma quase totalidade de audiência, diz a repórter que Chico foi “bombardeado por perguntas. Mas se safou.” Bombardeado? Safou-se? O que foi essa entrevista, um libelo acusatório contra um mistificador? Se a repórter se desse ao trabalho de ver a entrevista toda, o que lhe faria muito bem, verificaria que o clima foi de cordialidade, de elevada espiritualidade, e que em nenhum momento os entrevistadores “bombardearam” Chico. E em nenhum momento ele deixou de responder as perguntas com a sobriedade e lisura de quem não está ali para safar-se, mas para ensinar algo de Espiritismo.
                   Falando da indústria (?) Chico Xavier, há um box sobre “Dieta do Chico Xavier”, que jamais seria veiculada por Chico. Usaram seu nome. Por que incluí-la nas inverdades sobre o médium, simplesmente para denegrir sua imagem, aqui sugerindo que seria ingênuo a ponto de conceber semelhante bobagem? Se eu divulgar via internet que Superinteressante recomenda o uso de cocô de galinha para deter a queda de cabelos, seria razoável que alguma revista concorrente citasse essa tolice, mencionando a suposta autoria, sem verificação prévia?
                   Falando dos 200 livros biográficos sobre Chico Xavier, a repórter escreve: “Tem até um de piadas, Rindo e Refletindo com Chico Xavier”. Certamente não leu o livro, porquanto não conhece nem o autor, eu mesmo, Richard Simonetti, nem sabe que não se trata de um livro de piadas, mas um livro de reflexão em torno de ensinamentos bem-humorados do médium.
                   Não fosse algo tão lamentável, tão séria essa agressão contra a figura respeitável e venerável de Chico Xavier, eu diria que essa reportagem, ela sim, senhor redator, foi uma piada de péssimo gosto!
                   Doravante porei “de molho” as informações dessa revista, sem o crédito que lhe concedia.
                   A repórter Gisela Branco esteve em Pedro Leopoldo e Uberaba com o propósito de situar Chico Xavier como figura mitológica. É uma pena! Não teve a sensibilidade nem o discernimento para descobrir o médium Chico Xavier, cuja contribuição em favor do progresso e bem estar dos homens foi tão marcante que, a exemplo do que disse Einstein sobre Mahatma Gandhi, “as gerações futuras terão dificuldade para conceber que um homem assim, em carne e osso, transitou pela Terra.”
                   E deveria saber que não vemos Chico Xavier como um mártir, conforme sugere. Não morreu pelo Espiritismo. Viveu como espírita. E se algo se aproxima de um martírio em seu apostolado, certamente foi o de suportar tolices e aleivosidades como aquelas presentes na citada reportagem.
                   Finalizando, um ditado Zen para reflexão dos redatores da Super:
O dedo aponta a lua.
                   O sábio olha a lua.
                   O tolo olha o dedo.

Richard Simonetti
Bauru, 3 de abril de 2010.

 

 

Fonte:http://www.richardsimonetti.com.br/

terça-feira, 6 de abril de 2010

Mais amor

 

Ama sempre para que possas compreender sempre mais.

Muitas vezes, no mundo, ensandecemos o cérebro e envenenamos o coração, indagando sem proveito quanto aos problemas que afligem os grandes e os pequenos, os felizes e os infelizes.

Entretanto, bastaria um raio de amor no imo d'alma para entendermos a profunda união em que nos imanizamos uns aos outros.

Ajuda antes de qualquer indagação.

Não peças diretrizes à Vida Superior, antes de haver praticado a fraternidade no círculo de criaturas em que te encontras.

A Terra é a nossa escola multimilenária, onde o amor é o Sol para as mínimas lições.

Descerra o espírito à claridade dessa luz e perceberás a dor que, muitas vezes, se agita sob vestes douradas e observarás o brilho da vida que, em muitas ocasiões, se destaca sob andrajos e sombras.

Oferece-lhe a mente e aprenderás que alegria e sofrimento, escassez e abastança, segurança e instabilidade na Terra não passam de oportunidades preciosas para a nossa elevação espiritual.

Não te esqueças de que somente aquele que se faz irmão do próximo pode soerguê-lo a mais altos destinos.

O nosso verbo pronunciará eloqüentes discursos.

A nossa pena escreverá páginas comovedoras.

A nossa influência social assegurar-nos-á subido destaque na vida pública.

As nossas facilidades econômicas garantir-nos-ão transitório respeito entre as criaturas.

Todavia, que será de nós sem o tesouro da compreensão que apenas o amor nos pode conferir?

Mais amor em nossas atividades de cada dia é solução gradativa a todos os enigmas que nos cercam.

Só a luz é capaz de extinguir a sombra.

Só a sabedoria aniquila a ignorância.

Só o amor redime, vitoriosamente, a miséria.

Não nos abeiremos da revelação, simplesmente indagando, pedindo, reclamando.

Aprendemos a trabalhar e servir.

Amemo-nos uns aos outros e uma luz nova brotará no terreno vivo de nossa alma, constrangendo-nos a sentir que só o trabalho no serviço ao próximo é capaz de conduzir-nos à comunhão com a verdadeira felicidade, que decorre de nosso ajustamento às Leis Celestiais.

Livro  "Assim Vencerás"
Psicografia de Francisco Cândido Xavier / Emmanuel

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Vida religiosa

 

Religião significa religamento, religar, reunir a alma ao seu Criador. Esse é o sentido de religião que vem do latim religare.

A vida religiosa decorre desse sentimento religioso.

Dessa forma, não somos religiosos porque frequentamos um templo religioso ou porque tenhamos um rótulo de religião.

Tampouco porque pratiquemos esse ou aquele ritual no campo da crença.

Somos religiosos pelo estilo de vida que levamos na Terra.

Por isso, muito importante verificar como é a nossa vida religiosa.

Será que a nossa religião nos leva a vivenciar no dia-a-dia, no cotidiano, as coisas mais importantes para a nossa vida na Terra?

A vivência religiosa é um modus operandi, é um modo de ser diante da existência.

Existem indivíduos que se afirmam materialistas, ateístas mas vivem com determinada dignidade, numa linha de respeito ao semelhante, de amor ao próximo, de respeito às leis que, certamente, podemos garantir que eles têm uma vida religiosa de alto nível.

São materialistas mas não usurpam nada de ninguém. São incapazes de tripudiar sobre a ignorância ou a necessidade alheia.

Isso quer dizer que vivência religiosa, em essência, nada tem a ver com o ritual externo que chamamos de crença.

Essa vivência, para ser realmente religiosa, tem que se desenvolver de tal modo que nos conduza à religação com Deus, à ligação de novo com o Criador.

Deve nos levar à maturidade. Exige de nós reflexão e essa reflexão vai nos ajudando no processo do amadurecimento a fim de que sejamos, na condição de religiosos, pessoas alegres.

Alegria não significa viver sorrindo o tempo todo. Alegria é esse estado íntimo de saber-se representante do bem, de admitir que está fazendo aquilo para o que renasceu, cumprindo a vontade de Deus no mundo.

Cada vez que saímos de casa para trabalhar com disposição, com coragem - isso é motivo de alegria.

Quando levantamos pela manhã e beijamos nossos filhos, nos despedimos dos esposos - isso é motivo de alegria.

A vida religiosa deixa de ser a vida do templo e passa a ser a vida na vida, a nossa incorporação às Leis de Deus, nosso ajustamento à vida da sociedade, cumprindo as leis, cumprindo os nossos deveres, pagando nossos impostos, na certeza de que a religião existe para nos ensinar a viver no mundo.

A nossa vivência na Terra é um desafio e a vivência religiosa nos leva a ser pessoas dinâmicas, joviais, mas compenetradas.

Ao lado da nossa alegria, do nosso esporte, do nosso lazer, da nossa arte, sabermos que o que façamos vai alcançar outros corações, vai fermentar em outras almas, vai germinar em outros territórios emocionais.

Então, temos responsabilidades com tudo quanto dizemos, fazemos, brincamos, sorrimos, com tudo quanto cantamos, com tudo quanto gozamos.

A vida religiosa é esse mundo interno que abrimos para o mundo externo.

Lembremos Jesus Cristo que estabeleceu que a boca fala daquilo que está cheio o coração.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no Programa televisivo

Vida e valores - Vida religiosa, apresentado por

Raul Teixeira, sob coordenação da

Federação Espírita do Paraná.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Maturidade espiritual

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Durante a infância, o ser humano experiencia a fase do egocentrismo. Acredita que o mundo gira em torno dele próprio.

A criança espera que tudo seja do jeito que gosta.

Acredita ter direito ao melhor presente, à comida preferida e exige a atenção da família toda para si.

É possível estabelecer uma comparação entre essa fase natural da evolução física e a evolução espiritual.

Afinal, homens são Espíritos que temporariamente vestem um corpo de carne.

Enquanto um homem tem a atenção focada em seus prazeres e necessidades, ele está na infância espiritual.

Por mais antigo que seja, ainda não atingiu a maturidade.

Considera absolutamente necessário defender seu espaço e fazer valer suas prerrogativas.

Como uma criança, entende ser justo o que o beneficia.

Assim é o discurso infantil a respeito da justiça.

Qualquer pequeno dever é injusto.

A mínima contrariedade representa opressão.

Já as vantagens todas, por grandes que sejam, são naturais.

A maturidade espiritual revela-se por uma diferente compreensão do justo.

O olhar já não está todo em vantagens e desejos.

Não há mais a percepção de que o mundo precisa atender todas as suas necessidades.

Gradualmente, o homem compreende que o direito nasce do dever bem cumprido.

Ele também entende que a vida em sociedade pressupõe renúncia.

Não é possível que todos realizem as próprias fantasias.

Se isso ocorresse, haveria o caos.

Há necessidade de limites e de concessões para a harmonia social.

O homem maduro aprende a prestar atenção nos direitos dos outros, pois o ideal do justo já despertou nele.

Sabe que a justiça é uma arte que implica dar a cada um aquilo que é seu.

Por isso, não avança no patrimônio do semelhante.

Não quer vantagens inapropriadas e nem aceita privilégios que os demais não podem ter.

Compreende que a família do próximo é tão respeitável quanto a dele.

Sabe que o patrimônio público é sagrado, pois voltado ao atendimento das necessidades coletivas.

Respeita profundamente a honra e as construções afetivas dos outros.

Seu senso ético não lhe permite baixezas, razão pela qual também tem a própria honra em grande conta.

O espetáculo das misérias humanas revela o quanto ainda são imaturas as criaturas, sob o prisma espiritual.

Entretanto, todas serão conduzidas à maturidade, pelos meios infalíveis de que a vida dispõe.

Cedo ou tarde, compreenderão quão pouco adianta amealhar bens e posições à custa da própria dignidade.

Quem se permite baixezas tem um despertar terrível, após a morte do corpo.

Assimila que, na cata de vantagens, se tornou um mendigo na verdadeira vida.

Percebe que sacrificou o permanente pelo transitório e perdeu tempo, pois terá de recomeçar o aprendizado.

Pense nisso.

Fonre: Momento Espírita.

Congresso Espírita Brasileiro ao vivo

 

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3º Congresso Espírita Brasileiro

 

A TVCEI transmite ao vivo
Entre os dias 16 e 18 de abril, o médium Francisco Cândido Xavier será o grande homenageado no evento que terá palestras, seminários, momentos artísticos, presenças de grandes nomes da TV e do cinema nacional, além da participação de Divaldo Franco, Raul Teixeira e muitos outros. A TVCEI transmite o evento na íntegra. Confira onde assistir:

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