quinta-feira, 11 de março de 2010

Amizade se escreve assim



Foi durante a Primeira Grande Guerra. Eles eram jovens e a amizade que os unia tinha a ver com alguns momentos de lazer, de música e, sobretudo, de sobrevivência.

Ele não poderia esquecer que devia sua vida a um judeu alemão chamado Erik.

Um ano mais velho que ele próprio, Erik ensinou Hans a tocar acordeão.

Certo dia, o sargento entrou no alojamento perguntando quem tinha letra bonita.

O capitão precisava que fossem escritas umas 12 cartas. Ele estava com reumatismo ou artrite ou algo parecido e não podia escrevê-las.

Ninguém se voluntariou. Erik, no entanto, resolveu indicar o amigo. Falou que ele tinha caligrafia impecável.

Em verdade, a capacidade de redação de Hans era reduzida. Mas ele escreveu as cartas, enquanto o restante dos homens entrava em combate.

Nenhum deles voltou. O corpo de Erik foi encontrado em vários pedaços, numa colina cheia de relva.

Hans guardou o acordeão do amigo e o levou consigo, durante toda a guerra.

Ao regressar para casa, localizou a família de Erik para devolver o instrumento.

A viúva não o quis. Olhar para o instrumento musical lhe trazia memórias ainda mais nítidas do tempo em que ela e o marido davam aulas de música.

Hans tocou para ela, enquanto ela chorava, em silêncio.

Num papel, Hans escreveu seu nome e endereço.

Sou pintor profissional. Pinto seu apartamento de graça, quando a senhora quiser.

Hans se foi, logo após descobrir que Erik deixara um filho pequeno de nome Max.

Mais de 20 anos se passaram. Com a chegada da Segunda Guerra Mundial e a perseguição aos judeus, Max foi ocultado em um depósito por meses a fio, por um amigo alemão.

Contudo, o perigo aumentava dia a dia. Era preciso sair dali.

Max lembrou de Hans, o amigo de seu pai. E da promessa feita a sua mãe.

Sim, ela nunca precisara da pintura no apartamento. Mas ele precisava de um abrigo.

Um contato foi enviado ao endereço de Hans. Semanas depois, veio a informação: Hans ainda tocava acordeão, o do pai de Max.

Não era filiado ao Partido Nazista. Era pobre, casado e tinha uma criança. Importante: ele lhe mandara um livro. Na capa interna, uma chave. A chave de sua casa.

Assim, nas primeiras horas de uma madrugada silenciosa, na pátria do nazismo, um jovem judeu chegou à casa de Hans.

Colocou a chave na fechadura, entrou na cozinha.

Hans despertou. Desceu os degraus, no escuro.

No escuro encontrou o jovem fugitivo. Fez-lhe café para aquecê-lo.

Depois, o escondeu no porão.

Era uma situação aflitiva. Assustadoramente aflitiva.

Se Hans e a esposa fossem apanhados dando abrigo a um judeu, seriam presos, condenados, talvez mortos.

Nunca mais veriam a criança... Mas Hans fizera uma promessa.

Devia sua vida ao pai daquele jovem. Jamais poderia esquecer isso.

* * *

Amizade se escreve de muitas formas. Pode se escrever com l, de lealdade, com g, de gratidão, com c, de coragem.

Mas, principalmente, com a, de amor, sentimento elevado sempre presente nas almas nobres.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base na pt. 4 do
livro A menina que roubava livros, de Markus Zusak, ed. Intrínseca.

segunda-feira, 8 de março de 2010

À você mulher


Bem aventurada a mulher que cuida do próprio perfil interior e exterior, porque a harmonia da pessoa faz mais bela a convivência humana.

Bem aventurada a mulher que, ao lado do homem, exercita a própria insubstituível responsabilidade na família, na sociedade, na história e no universo inteiro.

Bem aventurada a mulher chamada a transmitir e a guardar a vida de maneira humilde e grande. Bem aventurada quando nela e ao redor dela acolhe faz crescer e protege a vida.

Bem aventurada a mulher que põe a inteligência, a sensibilidade e a cultura a serviço dela, onde ela venha a ser diminuída ou deturpada.

Bem aventurada a mulher que se empenha em promover um mundo mais justo e mais humano.

Bem aventurada a mulher que, em seu caminho, encontra Cristo: escuta-O, acolhe-O, segue-O, como tantas mulheres do evangelho, e se deixa iluminar por Ele na opção de vida.

Bem aventurada a mulher que, dia após dia, com pequenos gestos, com palavras e atenções que nascem do coração, traça sendas de esperança para a humanidade.

(G.Quablini)

O DIA INTERNACIONAL DA MULHER

É todo dia

Comemora-se no mês de março o dia daquelas que dominam o mundo. Daqueles seres que têm certeza que os sonhos foram feitos para serem realizados.

Dia daquelas que têm absoluto domínio dos registros comemorativos.

Que sabem quantos anos, meses, semanas, dias e horas aconteceram os fatos de destaque da sua vida, as pessoas importantes , seus amores e desamores.

É o dia delas, que pensam e se comunicam de uma forma toda particular e, como diz Martha Medeiros, sabem como ninguém a utilizar o coração como tradutor-intérprete e, em contrapartida se armarem e lutar na defesa dos seus sentimentos.

Que teme a morte e nunca desiste da vida.Que têm sacadas brilhantes, contradições e gestos de desprendimentos nem sempre reconhecidos.

Dia de quem, embora quase se assemelhe a Penelope Cruz, luta bravamente com regimes, come alface e, às vezes, pensa numa lipo. Mas que atire a primeira pedra quem nunca se olhou no espelho e teve a impressão que sobrava alguma gordura.

E que, nessa hora de olhar no espelho insiste em ver defeito no cabelo, na boca, no nariz. Que se acha mais velha do que é. Mas que é sempre linda em Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte, Rio Preto, Bauru ou Machu Pichu .Que adora uma caminhada num domingo de sol desde que o telefone esteja por perto.

Que come brócolis, cenoura, chuchu.... e não resiste ao chocolate.

Foge do alho desde quando sentiu uma torcida de nariz do namorado. Que às vezes é brega.. mas nunca tem mau gosto. Que não segura a lagrima cair no filme cafona.. e detesta a violência, mas chuta o pau da barraca.

Dia de quem acha que está demorando muito para chegar a hora de ir ao cinema ou ao jantar.. mas o amado chega e ela está atrasada na própria arrumação.. do retoque do batom e do cabelo em desalinho Dia de quem todas as palavras são importantes e as principais sempre falarão de amor Dia da Mulher?? bobagem.. são de vocês todos os dias Minha homenagem a você, mulher. Que nos ensinam a viver.


Canção na Plenitude

Lya Luft

Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força -- que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés - mesmo se fogem - retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.


Fonte: Por Euripedes Rodrigues, colunista da Feal - Fundação Espírita André Luiz.

sábado, 6 de março de 2010

Identidade dos Espíritos

Por Doris Gandres

"A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo.. Porque os Espíritos de fato não trazem nenhum documento de identificação e sabe-se com que facilidade alguns deles usam nomes emprestados."

É com esta frase que Allan Kardec abre o capítulo XXIV - Identidade dos Espíritos, do Livro dos Médiuns (ítem 225). Com sua lucidez e previdência, já naquela época Kardec sabia o quanto nos deixaríamos impressionar, levar e até enganar pela simples apresentação de um nome conhecido e renomado.
Hoje, pouco mais de 140 anos dessa observação, constatamos a enchurrada de livros e mensagens que invadem o meio espírita - psicografadas ou não, romances, poesias, recomendações, instruções quanto a procedimentos, textos repetitivos ou, pior ainda, quando na ânsia de inovar, apresentando teorias e conceitos os mais exdrúxulos e extravagantes.
No Evangelho Segundo o Espiritismo, na Introdução, ítem II - Da Autoridade da Doutrina Espírita, Kardec enfatiza que "o primeiro controle é sem contradita o da razão, ao qual é necessário submeter, sem exceção tudo o que vem dos Espíritos. Toda teoria em contradição manifesta com o bom-senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos que possuímos, por mais respeitável seja o nome que a assine, deve ser rejeitada".
Contudo, o que atualmente se percebe no meio espírita, é a facilidade com que aceitamos todo e qualquer texto que mostre abaixo um daqueles nomes venerados pelos espíritas em geral. Poucos de nós nos damos ao trabalho de analisar criteriosamente o conteúdo desses textos, avaliar-lhes a concordância com os princípios básicos espiritistas e, sobretudo, com a razão e o bom-senso.
É o que acontece, por exemplo, com o conceito de "almas gêmeas" que já vimos companheiros abraçarem com entusiasmo, provavelmente por representar uma imagem romântica, tão ainda do nosso gosto... Alegam que Emmanuel, no livro O Consolador, defende esse conceito. Só que no Livro dos Espíritos, das questões 297 à 303 a, esse relacionamento entre almas está claramente explicado; e o comentário de Kardec que se segue não deixa margem à dúvida ou interpretações outras: "É necessário, pois, rejeitar essa idéia de que dois Espíritos, criados um para o outro, devem um dia fatalmente reunir-se na eternidade..."
Consequentemente, compreendendo a profunda lógica dos ensinamentos doutrinários e não simplesmente por aceitá-los sem análise, chegamos pelo menos a duas conclusões:
1ª) a de que Emmanuel, embora provavelmente mais evoluído que a generalidade da humanidade encarnada, não atingiu entretanto o grau de Espírito puro, ponto mais alto da escala evolutiva didaticamente estabelecida por Kardec e pelo Espíritos que com ele elaboraram a Doutrina Espírita, e que, assim, está sujeito ainda a equívocos...
2ª) a de que, por um motivo ou por outro, houve a intromissão de um Espírito, encarnado ou desencarnado, que adulterou o pensamento emitido por Emmanuel...
Outro exemplo é a questão das evocações. Ora, no Livro dos Médiuns há todo um capítulo dedicado a esse tema: o capítulo XXV - Das Evocações. Mas, ao que correntemente se divulga em nosso meio, Chico Xavier teria declarado que "o telefone não toca daqui para lá" e, a partir daí, resolveu-se firmar um "dogma" dentro do movimento espírita, qual seja, não mais se poder evocar Espíritos - parece até que voltamos aos tempos de Moisés...
Quando se argumenta que toda a nossa doutrina foi firmada sobre evocações, frequentemente a resposta é "mas quem fazia isso era Kardec!" Provavelmente essa resposta seja fruto de desconhecimento doutrinário, pois a verdade é que isso era feito em centenas de núcleos espíritas, que enviavam a Allan Kardec o resultado de suas evocações... Logicamente, Kardec as analisava, triava segundo o conteúdo, não se atendo jamais ao nome que assinava a mensagem, tanto que encontramos muitas vezes, na codificação e na Revista Espírita, recomendações amorosas e racionais ditadas por "um Espírito Protetor", sem a citação de nome conhecido ou desconhecido.
Ao fato é que, o que acontece a nós espíritas, é o mesmo que acontece a todos os nossos irmãos em humanidade, trilhando outros caminhos em busca do mesmo objetivo, que é paz interior, a felicidade e a sabedoria necessária para atingir essas metas o mais rapida e seguramente possível - ainda temos medo de assumir a responsabilidade pelo nosso destino, ainda não confiamos em nosso discernimento para realizar as boas escolhas; queremos ainda o "salvador da pátria", buscamos ainda aquele que possa resolver os nossos problemas e nos entregar a felicidade numa bandeja, como se fosse um prato feito, belamente elaborado, e que a nós nos cabe apenas saboreá-lo, sem que tenha havido de nossa parte nenhum esforço para a sua realização...
No entanto, a verdade (embora relutemos em aceitá-la) é que somos, cada um de nós, "o princípio inteligente do Universo"(OLE-q.23), o qual, com o passar do tempo e mediante nossas conquistas evolutivas, se transforma em "ser inteligente da criação" (OLE-q.76). Desse modo, queiramos ou não, submetidos que somos à lei natural de progresso, a cada passo, a cada experiência, a cada exitência, vamos nos tornando senhores do nosso livre-arbítrio e crescendo em entendimento e lucidez. Jesus de Nazaré nos assegurava "fareis tudo que eu faço e muito mais" - mas como tantos outros ensinamentos do Nazareno, não lhe demos importância, seja por medo, ou por comodidade, ou ainda porque não interessava aos detentores do conhecimento que todos nós viéssemos a nos tornar independentes de seu jugo terreno...
É por tudo isso que, ainda no Livro dos Médiuns, ítem 31, encontramos a seguinte afirmativa: "No Espiritismo, tem-se de lidar com inteligências dotadas de liberdade e que provam, a cada instante, não estarem sujeitas aos nossos caprichos". É, portanto, chegado o momento de assumirmos a nossa condição de inteligências livres, capazes de discernir, avaliar, escolher e caminhar sem medo rumo à nossa destinação, cientes da nossa perfectibilidade - além do fato de sabermos também que, embora os amigos mais evoluídos, encarnados e desencarnados, não possam fazer a nossa parte, estão sempre ao nosso lado para nos dar força e bom aconselhamento (desde que lhes permitamos a companhia através de um procedimento fraterno e tão justo quanto já nos é possível).


Fonte: http://www.correioespirita.org.br

Evite o fanatismo e a leitura sem crítica

Por José Carlos Leal

Vamos começar este artigo contando uma história. Dizem que, no século XIX, no Sul dos Estados Unidos, um professor progressista de biologia ensinou em uma de suas aulas a teoria de Darwin. Os alunos chegaram à casa e contaram a seus pais a aula que tiveram. Os pais, puritanos e fundamentalistas, raciocinaram do seguinte modo: A Bíblia diz que Deus criou o homem sua imagem e semelhança; ora este professor está dizendo que o homem descende do macaco, logo está chamando deus de macaco. Feito este silogismo, os pais foram à escola e exigiram que o professor fosse despedido. O professor não aceitou deixar o colégio e impetrou uma liminar para garantir a sua presença. No julgamento da liminar o juiz interrogou um dos pais e lhe perguntou:
- O senhor acredita na Bíblia?
- Sim.
- Em tudo que ela contém ou só em algumas coisas?
- Em tudo.
- O senhor acredita que o profeta Jonas foi engolido por um grande peixe de depois cuspido em uma praia são e salvo?
- Sim?
- Por quê?
- Ora, porque está escrito.
- Meu amigo, se estivesse escrito que foi Jonas quem engoliu o peixe, o senhor acreditaria?- Se estivesse escrito, eu acreditaria.
Penso que, com uma pessoa assim, não há o que conversar ou argumentar, pois se trata de um sistema fechado em que nada contrário a este sistema pode penetrar. Esse tipo de crença que abre mão do óbvio, do fato, da evidência em função de algum tipo de informação proveniente de uma fonte, supostamente, confiável, é relativamente perigosa. No Evangelho de Marcos (XVI: 18) diz-se que um dos sinais do verdadeiro cristão é manipular serpentes venenosas sem nada lhes acontecer. Um pastor americano de nome George Hansley da Carolina do Sul, passou a levar cascavéis para as suas igrejas, fazendo com que os répteis passassem de mão em mão.
Tempos depois o próprio pastor foi morto, picado por uma das cobras que ele manipulava. Esta prática, infelizmente, continuou em várias igrejas sulistas, causando outras mortes. Tais pessoas se expõem e morrem por palavras que, por certo, Jesus não disse, mas que estão escritas. O Apóstolo Paulo nos recomenda ler de tudo e recolher o que é bom e a tirar o espírito da letra e estes são excelentes conselhos.
Felizmente, o racionalismo da Doutrina Espírita impede em nosso meio situações como estas. O espírita acredita não apenas porque leu ou porque ouviu de uma pessoa que ele considera respeitável, mas porque meditou, refletiu, examinou o conteúdo da mensagem e chegou à conclusão que se trata de algo lógico, sensato, ou mesmo razoável e, principalmente porque está de acordo com o que nos ensinam os Espíritos da Codificação.


Publicado no Jornal Correio Espirita edição 32 de Fevereiro de 2008

Ajuda-te que o Céu te ajudará

AJUDA-TE, QUE O CÉU TE AJUDARÁ"
Carlo Augusto Sobrinho.


Precisamos nos mover em direção daquilo que desejamos conseguir, exigindo o uso da inteligência e da força,
Caminhando com as próprias pernas, não ficaremos sedentários e alcançaremos o nosso objetivo, fortalecidos na realização de nossas tarefas, e não há ninguém que faça isso por nós.
É assim que Deus promove o progresso humano, fazendo com que o homem necessitando em satisfazer-se, procure com isto, dilatando suas aptidões, possibilitando assim o seu desenvolvimento intelectual, moral, esta é a
razão para a qual nos criou.
Não devemos nos preocupar em acumular tesouros materiais, necessitamos o mais breve possível é de nos desapegarmos das coisas provisórias para que a nossa bagagem não fique tão pesada, dificultando a nossa marcha
evolutiva.
Não devemos inquietar-nos pelo dia de amanhã, pois as dificuldades de hoje já nos bastam. Devemos lembrar que os bens terrenos são extinguíveis, ao passo que os do espírito são eternos. Sempre teremos o
necessário, pois Deus provê e a Terra sempre terá como sustentar seus habitantes.
O Espiritismo vem nos fazer entender a lei natural ou divina; a lei de adoração; a lei do trabalho; a lei de reprodução; a lei de conservação; a lei de destruição; a lei de sociedade; a lei do progresso; a lei de igualdade; a lei de liberdade; a lei de justiça, amor e caridade; a perfeição moral; entre outras verdades... (1)
Serve-nos como manual de bem viver, um roteiro seguro para o viajante, pois é a essência dos ensinamentos do Mestre Jesus.


1 - O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.

Fonte: http://www.correioespirita.org.br

quinta-feira, 4 de março de 2010

Por que ter filhos?

 

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Educar exige esforço. Que o digam os pais e, em especial, as mães que, de um modo geral, ficam mais horas com a criança. É uma tarefa árdua com certeza.

Há dias em que a irritação atinge o auge. São aqueles em que as crianças parecem ter acordado com o fiel compromisso de nos atormentar.

É em momentos assim que se pode explodir com a frase: Ai, meu Deus, por que eu fui ter filho?

A frase cai como uma bomba sobre um pequeno traquinas, esperto e disposto a todas as brincadeiras.

Ao ouvir isso ele pode se sentir rejeitado, sem lugar no mundo, responsável por uma situação que, em verdade, não criou.

É todo um conjunto de circunstâncias que nos leva a desabafar desta forma.

É a preocupação com os afazeres domésticos, os compromissos profissionais em que somos cobrados pela produtividade e desempenho.

É o dinheiro que falta para cobrir todas as despesas. E, para completar, um dia de chuva após o outro e as crianças gritando, tirando tudo do lugar, correndo pelos quatro cantos da casa, sem parar.

O desabafo tem outras maneiras de ser expressado e outros momentos também. Quando chegam as mensalidades da escola, quando nos damos conta de que há necessidade de comprar novos agasalhos, calçados, um novo livro.

De todo modo, para os filhos que ouvem, o sentimento que é passado é o de rejeição. Eles são um estorvo na vida dos pais. Um peso. Melhor fora se não tivessem nascido.

Como o fato não é isolado e único, eles ouvirão mais de uma vez essa ou aquela frase, afirmando o mesmo.

E crescerão crianças tristonhas, sentindo-se demais em todo lugar. Terão possibilidades de se tornar adultos ensimesmados, retraídos, com medo de se achegar às pessoas, por se considerarem não amados.

Em suas amizades, poderão enfrentar dificuldades, acreditando-se a mais em qualquer circunstância.

* * *

A palavra tem força criadora.

Com ela podemos produzir a ventura ou a infelicidade. Podemos construir o bom e o belo, ou a maldade.

Pensemos nisso no contato com os nossos filhos. Reflitamos antes de nos expressarmos e não nos permitamos inconsequências em nossas palavras.

As crianças devem ser educadas, receber disciplina. Para tal bastam as expressões da coerência, a explicação do bom senso, a paciência das horas.

Recordemos que até hoje as palavras do Cristo nos são repetidas diariamente, através das mensagens dos imortais, das páginas dos Evangelhos, dos exemplos dignificantes. E ainda assim, permanecemos refratários, pouco ou quase nada assimilando.

E Deus, nosso Pai, que nos criou para a alta destinação da perfeição nunca nos diz que somos um estorvo na Criação, por mais que erremos, por mais rebeldes que sejamos diante do Seu amor.

Tudo porque a mensagem da educação é de amor e de renúncia, que sabe esperar no tempo a melhoria do ser amado.

* * *

A palavra conduz a estados d'alma os mais diversos.

Pela palavra podemos iluminar caminhos em sombras, traçar veredas de segurança, acalentar quem se aninha em corpos minúsculos à busca de carinho e educação.

Pela palavra podemos criar estados de otimismo e lições de amor.

Por utilizar a palavra com sabedoria, o Senhor Jesus foi denominado o verbo Divino. Suas expressões comoveram a Terra e ensejam até hoje a elaboração de um sem número de obras que convidam a criatura ao amor.

Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais baseados
no cap. 3, do livro Sol de esperança, por diversos Espíritos,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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quarta-feira, 3 de março de 2010

Perguntas a Chico Xavier

 

Márcia Elizabeth - julho de 1974 -

Do ponto de vista espiritual como definir o lar e a família?

Chico Xavier:

Outra afirmativa de nosso Emmanuel é de que o lar é uma benção de Deus para os homens e de que a família é uma criação dos homens onde eles podem servir a Deus, desde que aceitem com amor  o sacrifício e a renúncia, o trabalho e o serviço por alicerces de nossa felicidade em comum.

 

Extraído do livro "Lições de Sabedoria -

Chico Xavier nos 23 Anos da Folha Espírita,