domingo, 27 de julho de 2008

A Divulgação Espírita

André Luiz (espírito)

 

Há companheiros que se dizem contrários à divulgação espírita.

Julgam vaidade o propósito de se lhe exaltar os méritos e agradecer os benefícios nas iniciativas de caráter público

Para eles, o Espiritismo fala por si e caminhará por si.

Estão certos nessa convicção mas isto não nos invalida o dever de colaborar na extensão do conhecimento espírita para com o devotamento que a boa semente merece do lavrador.

O ensino exige recintos para o magistério.

O Espiritismo deve ser apresentado por seus profitentes em sessões públicas.

A cultura reclama publicações.

O Espiritismo tem a sua alavanca de expansão no livro que lhe expõe os postulados.

A arte pede representações.

O Espiritismo não dispensa as obras que lhe exponham a grandeza.

A indústria requisita produção que lhe demonstre o valor.

O Espiritismo possui a sua maior força nas realizações e no exemplo dos seus seguidores, em cujo rendimento para o bem comum se lhe define a excelência.

Não podemos relaxar a educação espírita, desprezando os instrumentos da divulgação de que dispomos a fim de estendê-la e honorificá-la.

Allan Kardec começou o trabalho doutrinário publicando as obras da Codificação e instituindo uma sociedade promotora de reuniões e palestras públicas, uma revista e uma livraria para a difusão inicial da Revelação Nova.

Mas não é só.

Que Jesus estimou a publicidade, não para si mesmo, mas para o Evangelho, é afirmação que não sofre dúvida.

Para isso, encetou a sua obra aliciando doze agentes respeitáveis para lhe veicularem os ensinamentos e ele próprio fundou o cristianismo através de assembléias públicas.

O "ide e pregai" nasceu-lhe da palavra recamada de luz.

E compreendendo que a Boa Nova estava ameaçada pela influência judaizante, em vista da comunidade apostólica confirmar-se de modo extremo aos preceitos do Velho Testamento, após regressar às Esferas Superiores, comunicou-se numa estrada vulgar, chamando Paulo de Tarso para publicar-lhe os princípios junto a gentilidade a que Jerusalém jamais se abria.

Visto isso, não sabemos como estar no Espiritismo sem falar nele ou, em outras palavras, se quisermos preservar o Espiritismo e renovar-lhe as energias a benefício do mundo, é necessário compreender-lhe as finalidades de escola e toda escola para cumprir o seu papel precisa divulgar.

Psicografia de WALDO VIEIRA, do livro OPINIÃO ESPÍRITA, edição CEC - COMUNHÃO ESPÍRITA CRISTÃ, de Uberaba,  Minas Gerais, em 1963.

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