domingo, 31 de maio de 2009

O Evangelho

 

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Os trabalhadores da última hora

1. O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. - Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. -Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, - disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram. - Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo. - Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? - É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.
Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. - Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um. - Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. -Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, - dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor..
Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. - Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16. Ver também: "Parábola do festim das bodas", cap. XVIII, nº 1.)

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Os últimos serão os primeiros

2. O obreiro da última hora tem direito ao salário, mas é preciso que a sua boa-vontade o haja conservado à disposição daquele que o tinha de empregar e que o seu retardamento não seja fruto da preguiça ou da má-vontade. Tem ele direito ao salário, porque desde a alvorada esperava com impaciência aquele que por fim o chamaria para o trabalho. Laborioso, apenas lhe faltava o labor.
Se, porém, se houvesse negado ao trabalho a qualquer hora do dia; se houvesse dito: "tenhamos paciência, o repouso me é agradável; quando soar a última hora é que será tempo de pensar no salário do dia; que necessidade tenho de me incomodar por um patrão a quem não conheço e não estimo! quanto mais tarde, melhor"; esse tal, meus amigos, não teria tido o salário do obreiro, mas o da preguiça.
Que dizer, então, daquele que, em vez de apenas se conservar inativo, haja empregado as horas destinadas ao labor do dia em praticar atos culposos; que haja blasfemado de Deus, derramado o sangue de seus irmãos, lançado a perturbação nas famílias, arruinado os que nele confiaram, abusado da inocência, que, enfim, se haja cevado em todas as ignominias da Humanidade? Que será desse? Bastar-lhe-á dizer à última hora: Senhor, empreguei mal o meu tempo; toma-me até ao fim do dia, para que eu execute um pouco, embora bem pouco, da minha tarefa, e dá-me o salário do trabalhador de boa vontade? Não, não; o Senhor lhe dirá: "Não tenho presentemente trabalho para te dar; malbarataste o teu tempo; esqueceste o que havias aprendido; já não sabes trabalhar na minha vinha. Recomeça, portanto, a aprender c, quando te achares mais bem disposto, vem ter comigo e eu te franquearei o meu vasto campo, onde poderás trabalhar a qualquer hora do dia.
Bons espíritas, meus bem-amados, sois todos obreiros da última hora. Bem orgulhoso seria aquele que dissesse: Comecei o trabalho ao alvorecer do dia e só o terminarei ao anoitecer. Todos viestes quando fostes chamados, um pouco mais cedo, um pouco mais tarde, para a encarnação cujos grilhões arrastais; mas há quantos séculos e séculos o Senhor vos chamava para a sua vinha, sem que quisésseis penetrar nela! Eis-vos no momento de embolsar o salário; empregai bem a hora que vos resta e não esqueçais nunca que a vossa existência, por longa que vos pareça, mais não é do que um instante fugitivo na imensidade dos tempos que formam para vós a eternidade. - Constantino, Espírito Protetor. (Bordéus, 1863.)


3. Jesus gostava da simplicidade dos símbolos e, na sua linguagem máscula, os obreiros que chegaram na primeira hora são os profetas, Moisés e todos os iniciadores que marcaram as etapas do progresso, as quais continuaram a ser assinaladas através dos séculos pelos apóstolos, pelos mártires, pelos Pais da Igreja, pelos sábios, pelos filósofos e, finalmente, pelos espíritas. Estes, que por último vieram, foram anunciados e preditos desde a aurora do advento do Messias e receberão a mesma recompensa. Que digo? recompensa maior. Últimos chegados, eles aproveitam dos labores intelectuais dos seus predecessores, porque o homem tem de herdar do homem e porque coletivos são os trabalhos humanos: Deus abençoa a solidariedade. Aliás, muitos dentre aqueles revivem hoje, ou reviverão amanhã, para terminarem a obra que começaram outrora. Mais de um patriarca, mais de um profeta, mais de um discípulo do Cristo, mais de um propagador da fé cristã se encontram no meio deles, porém, mais esclarecidos, mais adiantados, trabalhando, não já na base e sim na cumeeira do edifício. Receberão, pois, salário proporcionado ao valor da obra.
O belo dogma da reencarnação eterniza e precisa a filiação espiritual. Chamado a prestar contas do seu mandato terreno, o Espírito se apercebe da continuidade da tarefa interrompida, mas sempre retomada. Ele vê, sente que apanhou, de passagem, o pensamento dos que o precederam. Entra de novo na liça, amadurecido pela experiência, para avançar mais. E todos, trabalhadores da primeira e da última hora, com os olhos bem abertos sobre a profunda justiça de Deus, não mais murmuram: adoram.
Tal um dos verdadeiros sentidos desta parábola, que encerra, como todas as de que Jesus se utilizou falando ao povo, o gérmen do futuro e também, sob todas as formas, sob todas as imagens, a revelação da magnífica unidade que harmoniza todas as coisas no Universo, da solidariedade que liga todos os seres presentes ao passado e ao futuro. - Henri Heine. (Paris, 1863.)

Missão dos espíritas

4. Não escutais já o ruído da tempestade que há de arrebatar o velho mundo e abismar no nada o conjunto das iniqüidades terrenas? Ah! bendizei o Senhor, vós que haveis posto a vossa fé na sua soberana justiça e que, novos apóstolos da crença revelada pelas proféticas vozes superiores, ides pregar o novo dogma da reencarnação e da elevação dos Espíritos, conforme tenham cumprido, bem ou mal, suas missões e suportado suas provas terrestres.
Não mais vos assusteis! As línguas de fogo estão sobre as vossas cabeças. O verdadeiros adeptos do Espiritismo!... sois os escolhidos de Deus! Ide e pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar à sua propagação os vossos hábitos, os vossos trabalhos, as vossas ocupações fúteis. Ide e pregai. Convosco estão os Espíritos elevados. Certamente falareis a criaturas que não quererão escutar a voz de Deus, porque essa voz as exorta incessantemente à abnegação. Pregareis o desinteresse aos avaros, a abstinência aos dissolutos, a mansidão aos tiranos domésticos, como aos déspotas! Palavras perdidas, eu o sei; mas não importa. Faz-se mister regueis com os vossos suores o terreno onde tendes de semear, porquanto ele não frutificará e não produzirá senão sob os reiterados golpes da enxada e da charrua evangélicas. Ide e pregai!
Ó todos vós, homens de boa-fé, conscientes da vossa inferioridade em face dos mundos disseminados pelo infinito!... lançai-vos em cruzada contra a injustiça e a iniqüidade. Ide e proscrevei esse culto do bezerro de ouro, que cada dia mais se alastra. Ide, Deus vos guia! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, que as populações atentas recolherão ditosas as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de esperança e de paz.
Que importam as emboscadas que vos armem pelo caminho! Somente lobos caem em armadilhas para lobos, porquanto o pastor saberá defender suas ovelhas das fogueiras imoladoras.
Ide, homens, que, grandes diante de Deus, mais ditosos do que Tomé, credes sem fazerdes questão de ver e aceitais os fatos da mediunidade, mesmo quando não tenhais conseguido obtê-los por vós mesmos; ide, o Espírito de Deus vos conduz.
Marcha, pois, avante, falange imponente pela tua fé! Diante de ti os grandes batalhões dos incrédulos se dissiparão, como a bruma da manhã aos primeiros raios do Sol nascente.
A fé é a virtude que desloca montanhas, disse Jesus. Todavia, mais pesados do que as maiores montanhas, jazem depositados nos corações dos homens a impureza e todos os vícios que derivam da impureza. Parti, então, cheios de coragem, para removerdes essa montanha de iniqüidades que as futuras gerações só deverão conhecer como lenda, do mesmo modo que vós, que só muito imperfeitamente conheceis os tempos que antecederam a civilização pagã.
Sim, em todos os pontos do Globo vão produzir-se as subversões morais e filosóficas; aproxima-se a hora em que a luz divina se espargirá sobre os dois mundos.
Ide, pois, e levai a palavra divina: aos grandes que a desprezarão, aos eruditos que exigirão provas, aos pequenos e simples que a aceitarão; porque, principalmente entre os mártires do trabalho, desta provação terrena, encontrareis fervor e fé. Ide; estes receberão, com hinos de gratidão e louvores a Deus, a santa consolação que lhes levareis, e baixarão a fronte, rendendo-lhe graças pelas aflições que a Terra lhes destina.
Arme-se a vossa falange de decisão e coragem! Mãos à obra! o arado está pronto; a terra espera; arai!
Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa que Ele vos confiou; mas, atenção! entre os chamados para o Espiritismo muitos se transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade.
Pergunta. - Se, entre os chamados para o Espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos os que se acham no bom caminho?
Resposta. - Reconhecê-los-eis pelos princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão. Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; reconhecê-los-eis, finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de Sua lei; os que seguem Sua lei, esses são os escolhidos e Ele lhes dará a vitória; mas Ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela degrau para contentar sua vaidade e sua ambição. - Erasto, anjo da guarda do médium. (Paris, 1863.) (1)

(1) Na terceira edição francesa esta mensagem saiu incompleta e sem assinatura. Completamo-la em confronto com a 1ª edição do original. - A Editora da FEB, em 1948..

Os obreiros de Senhor

5. Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: "Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra", porquanto o Senhor lhes dirá: "Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!" Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: "Graça! graça!" O Senhor, porém, lhes dirá: "Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos negastes a estender-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celestes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra."
Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: "Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus." -O Espírito de Verdade. (Paris, 1862.)
            

(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XX)

Refletindo com Chico Xavier

 

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"O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que
as pessoas escalassem o Everest ou fizessem
grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos
amássemos uns aos outros."

Chico Xavier

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ICEF: Reuniões semamais on line

Abaixo segue o e-mail que recebi da ICEF, e compartilho com vocês!

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Olá,

Estamos em parceria com nosso amigo Alamar Régis e a Rede Visão.

Este é um convite às nossas reuniões semanais às quartas feiras 20h10min no ICEF em Florianópolis ou via internet.

Com Dr. Ricardo Di Bernardi, ao vivo, som e imagem direto de Florianópolis, Santa Catarina.

Link: www.icef-sc.com.br, (ao vivo Dr. Ricardo Di Bernardi)

www.redevisao.net

Agora com novidades, o programa será dividido em duas partes:

-Primeira parte das 20h10min ás 20h50min temas livres com perguntas sobre qualquer assunto e respostas sempre de acordo com a doutrina espírita.

-Das 20h50min ás 21h45min tema pré-definido com convidados e perguntas também via MSN ou E-mail.

Toda semana um tema diferente, onde você pode participar fazendo suas perguntas via:

MSN: aovivo@redevisao.net

Ou E-MAIL: icefaovivo@gmail.com

Você Também pode assistir aos programas anteriores no site.

Se quiser participar de nossa lista aberta de debates mande um e-mail em branco para:

Icef-subscribe@yahoogrupos.com.br

HOJE QUARTA FEIRA DIA 27 DE MAIO DE 2009

O TEMA SERÁ LIVRE EM TODO O PROGRAMA.

ASSISTA A CHAMADA CLICANDO AQUI EM BAIXO:

PARTICIPE!

CONTAMOS COM VOCÊ.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Momento de Reflexão com Chico Xavier

 

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Chico Xavier Responde: JESUS

 

Chico&Jesus

Sobre a natureza e a evolução do Espírito de Cristo: Ele ascendeu pela escala evolutiva normal em outros mundos ou foi criado Espírito puro?


Sempre que indagamos sobre isso aos Amigos Espirituais, não sei se por reverência ou se eles consideram oportuno adiar para nós o total conhecimento da Verdade, informam nossos Benfeitores que o Espírito de Jesus Cristo lhes surgiu tão imensamente alto nos valores de evolução e sublimação que, quando acordados para a Verdade, não conseguem falar a respeito do Senhor senão com um apreço que se avizinha do deslumbramento. Algo parecido com aquilo que sente a criança num curso primário de instrução ao tomar contato com um professor da mais elevada expressão no terreno da cultura e do sentimento. Saberão falar de Cristo, diz-nos Emmanuel, mas quando conquistarem a lente espiritual adequada à compreensão ou maturidade de que necessitam para isso. Até que o consigam, sentem-se os Amigos da Vida Maior, perante o Cristo, como quem se vê iluminado por uma luz forte demais para ser analisada sem os instrumentos preciosos.
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Qual o caminho mais fácil para alcançar-se à felicidade?


Caro amigo, o caminho da felicidade, bem sei qual é. É o caminho que Jesus nos apontou, ensinando-nos a "amar o próximo, tal qual Ele mesmo nos ama e nos amou". Difícil para mim é andar no caminho da felicidade, embora eu saiba que o mapa está no Evangelho do Senhor...
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Como você entende a mediunidade com Jesus?


Para mim, e digo isso apenas com respeito à minha pobre e apagada pessoa, mediunidade espírita com Jesus tem sido um processo de iluminação, pelo qual, quanto mais os Bons Espíritos escrevem e se comunicam por meu intermédio, mais evidentes se tornam os meus defeitos e inferioridades, não só perante os ocultos como também diante de mim mesmo. Compreendo, desse modo, que mediunidade com Jesus tem sido um encontro progressivo e constante comigo mesmo, em que a luz dos Amigos Espirituais me mostra, sem violência, quanto preciso ainda aprender e trabalhar para melhorar-me.
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O estudo em grupo é hoje um método muito divulgado. Este método é vantajoso para o adolescente?


Tanto para os jovens como para os adultos o estudo em grupo é o mais eficiente até porque não podemos esquecer que na base do Cristianismo, o próprio Jesus desistiu de agir sozinho, procurando agir em grupo. Ele reconheceu a sua missão divina, constituiu um grupo de doze companheiros para debater os assuntos relativos à doutrina salvadora do Cristianismo, que o Espiritismo hoje restaura, procurando imprimir naquelas mentes, vamos dizer, todo o programa que ainda hoje é programa para nossa vida, depois de quase vinte séculos. Programa de vivência quer nós estamos tentando conhecer e tanto quanto possível aplicar na Doutrina Espírita, no campo de nossas lides e lutas cotidianas.
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O que os espíritos têm dito a respeito da insatisfação do mundo de hoje?


Os nossos guias espirituais traduzem a nossa insatisfação, no mundo inteiro, como sendo a ausência de Jesus Cristo em nossos Corações. Quando nos adaptarmos em definitivo ao espírito da Doutrina para a vivência cristã, em nossas relações mútuas, toda insatisfação desaparecerá porque estabelecida a paz em nossa consciência com o nosso dever cumprido, as próprias doenças naturalmente recuarão, pois muitas delas são simples conseqüências de nossos desajustes espirituais, em decorrência de nosso afastamento de Cristo, como luz divina para os nossos corações. Estamos nos referindo não só ao Espiritismo Evangélico, mas a todo o Cristianismo, a todas as escolas cristãs. O cristão têm necessidade dessa união em torno da verdade. Nós precisamos de Cristo.
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Qual a melhor maneira de servir a Jesus?


Caro amigo, do que posso saber, até hoje, creio que a melhor forma de servimos a Jesus será viver, na prática, o ensinamento que Ele próprio nos deu:
"Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei".
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Fontes:
Questões 1 e 2, do livro "Encontros no Tempo" - Editora IDE.
Questão 3, do livro "A Terra e o Semeador" - Editora IDE.
Questões 4 e 5, do livro "Entrevistas", Editora IDE.
Questão 6, do livro "Entender Conversando" - Editora IDE.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Suportar o inevitável

Vivendo  

 

Eu poderia suportar todos os males que a vida me impusesse, menos uma coisa: a cegueira. Isso jamais eu poderia aguentar.

Estas foram palavras do famoso novelista e dramaturgo americano, Booth Tarkington, vencedor do prêmio Pulitzer.

Cada um de nós poderia então questionar: dos males, das provas da vida, qual seria aquela ou aquelas que não suportaríamos?

Todos temos limites e medos é certo. Então, até quando, ou, até o quê podemos, cada um de nós, suportar?

O Sr Tarkington viveu uma experiência muito especial neste sentido.

Um dia, quando já estava com seus sessenta e poucos anos, olhou o tapete que cobria o assoalho.

As cores estavam confusas, opacas. Não podia distinguir o desenho.

Foi a um especialista. Soube então da trágica verdade: estava perdendo a vista. Um olho já estava quase inutilizado; o outro seguia o mesmo caminho.

Acontecera-lhe o que ele mais temia.

E como foi que Tarkington reagiu diante do pior dos desastres? Será que pensou: Aí está! Eis o fim de minha vida...

Não, absolutamente. Para sua própria surpresa, sentiu-se quase alegre. Lançou mão até mesmo do seu senso de humor.

Pequenas manchas flutuantes perturbavam-lhe a visão, passavam-lhe pelos olhos e impediam-no de ver.

Contudo, quando a maior delas passava pelos olhos, costumava dizer:Olá! Lá está o vovô de novo! Para onde será que vai nesta bela manhã?

De que modo poderia o destino dominar tal Espírito? A resposta é: não poderia de maneira nenhuma.

Quando a cegueira total o envolveu, ele comentou: Verifiquei que podia suportar a perda de meus olhos exatamente como o homem pode suportar qualquer outra coisa.

Se perdesse todos os meus cinco sentidos, sei que poderia viver dentro da minha mente, pois é através do cérebro que vemos, e é nele que também vivemos, quer saibamos disso ou não.

Na esperança de recuperar a vista, submeteu-se, nos anos seguintes, a mais de doze operações, delicadas, incômodas.

Revoltou-se, por acaso, contra isso? Não. Sabia que isso precisava ser feito. Compreendia que não lhe era possível escapar de tal contingência. Aceitava tudo com extrema dignidade.

Recusou o quarto particular que lhe reservaram no hospital e foi para uma enfermaria comum, onde pudesse estar em companhia de outras pessoas que também sofriam reveses.

Quando teve que se submeter às repetidas operações, procurava se lembrar do quanto era afortunado:

É maravilhoso! É maravilhoso ver-se como a ciência pode agora realizar operações numa coisa tão delicada quanto os olhos humanos!

Muitos outros, passando por tudo que ele passou, teriam se transformado em trapos humanos e desistido de tudo, porém, Tarkington mostrou que é possível, que é sempre possível suportar o inevitável.

* * *

Suportar o inevitável significa ter resignação, esta aceitação do coração ao que a vida nos impõe pelas leis naturais do Universo.

Sabendo que Deus é soberanamente justo e bom, e que Suas Leis são perfeitas, não há o que temer.

Os fardos que carregamos sempre são proporcionais à nossa capacidade de suportá-los.

Os fardos sempre nos fazem mais fortes, mais esclarecidos e maduros, quando suportados com resignação e coragem.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 9 do livro Como  evitar preocupações e começar a viver, de Dale Carneggie. ed. Companhia Editora Nacional.

Em 25.05.2009.

domingo, 24 de maio de 2009

Chico Xavier Responde: CAUSA E EFEITO

 

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Como conciliar Carma com Misericórdia?

Quando temos dívida na retaguarda, mas continuamos trabalhando a serviço do próximo, a Misericórdia Divina manda adiar a execução da sentença de resgate, até que os méritos do devedor possam ser computados em seu benefício. Carma significa causa e efeito. Este princípio funciona para a extinção dos males praticados por alguém, mas também funciona na premiação do Bem que se faça aos outros. Tanto o Bem quanto o mal encontram as conseqüências felizes ou infelizes que lhes dizem respeito.
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Dentro da Doutrina Espírita como se explicam, as mortes, assim aos milhares, em guerras, enchentes, em toda espécie de catástrofe?


São essas provações que coletivamente adquirimos do ponto de vista de débitos cármicos. Às vezes empreendemos determinados movimentos destrutivos, em desfavor da comunidade ou do indivíduo, às vezes operamos em grupo, às vezes, em vastíssimos grupos, e, no tempo devido, os princípios cármicos amadurecem e resgatamos as nossas dívidas, reunindo-nos uns com os outros, quando estamos acumpliciados nas mesmas culpas, porque a Lei de Deus é a Lei de Deus, formada de Justiça e de Misericórdia.
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Por que nascem crianças defeituosas, crianças retardadas? Há alguma relação com os pais?


Sim, na maioria dos casos, porque os pais possuem vínculos cármicos com o espírito renascente. Com freqüência, criaturas que foram compelidas à morte violenta por nossa causa ou à morte lenta por determinadas atitudes nossas, em especial as que recorreram ao suicídio, para se libertarem da nossa crueldade mental na Terra, não se afastam mentalmente de nós. Mesmo quando ausentes em Outros Planos da Vida, continuam vinculados a nós outros, particularmente quando não sabem exercer a faculdades do perdão. Essas criaturas habitualmente, reencarnam na condição de nossos próprios filhos. E a posição do Espírito, diante da vida fetal, varia muito, segundo a evolução de cada reencarnante ou segundo a tarefa com que venham ao nosso mundo. Há, também, vinculações de puro amor, possibilitando o renascimento da criatura necessitada de apoio em lares pertencentes a corações amigos que os recebem com extremada abnegação. Fora disso, o campo normal da reencarnação, temos a considerar os casos em que o Espírito, por méritos conquistados, tem o direito de escolher o corpo em que atuará sobre a Terra junto dos pais à cuja bondade e nobreza já se imanizam, quase sempre, desde muito tempo. Certos musicistas, por exemplo, ao reencarnarem, poderão merecer um sistema auditivo magnificamente organizado com o qual se lhe facilite o discernimento dos sons. Noutros aspectos isso ocorre com todos aqueles obreiros da cultura e do progresso, habilitados a influenciar milhares de pessoas. Esses já conquistaram o poder de selecionar os recursos de que farão o uso preciso na existência terrestre. Quando ao mais, a pergunta 344 e a respectiva resposta, contidas em "O Livro dos Espíritos" esclarece a questão da união da alma e do corpo, afirmando que essa união se dá na concepção e se completa no nascimento.
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Qual seria a explicação para o problema do nanismo?

A pessoa encarna sob essa condição, basicamente por duas razões: a primeira delas, a mais freqüente, porque praticou o suicídio em outra existência e a segunda por ter abusado da beleza física, causando a infelicidade de outras pessoas. O nanismo está particularmente ligado ao suicídio por precipitação de grandes alturas. O anão revoltado, em geral é o suicida de outra existência que não se conforma de não ter morrido, porque constatou que a vida é uma fatalidade e, mesmo desejando, não consegui-la. O corpo espiritual sofre, com esse tipo de morte, lesões que vão interferir no próximo corpo, prejudicando particularmente a produção de hormônios, daí a formação do corpo anão, e as diversas formas de nanismo, mais ou menos graves, segundo o comprometimento do espírito. Conheço mães e pais maravilhosos que têm aceitado a prova com coragem e amparados os filhos anões com muito carinho e dedicação. A explicação espírita através da Lei de Causa e Efeito e das encarnações sucessivas contribui bastante para a resignação perante a prova.
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Segundo alguns, cada um vem para ser rico ou pobre. Então, como se explica o que Jesus disse: "É mais fácil um pobre ir para o Céu do que um rico"?

Geralmente, quando uma pessoa nasce rica é porque escolheu esta prova para colocar a sua força de vontade e fé acima de qualquer interesse material. Como o espírito na erraticidade se sente capaz de cumprir tal compromisso, ou seja, de ser rico para bem empregar a riqueza e, no entanto, quando encarnado fica fascinado com as facilidades e o poder material que a riqueza proporciona, ele acaba por falhar em seus propósitos. Daí a afirmação de Jesus: "É mais fácil que um camelo passe pelo buraco de uma agulha, do que entrar um rico no Reino dos Céus".
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Porque existem pessoas aleijadas, outras miseráveis e outras ricas, Deus quer essas diferenças?


Todos os pontos citados são efeitos que deverão ter uma causa e se considerarmos que Deus é bom e justo, justa portanto há de ser esta causa. Quando uma pessoa nasce com defeito físico, geralmente o órgão afetado já foi causa de sua falência espiritual, ou seja, deve tê-lo utilizado mal. Assim, poderá voltar com aquele mesmo órgão lesado para expiar as faltas cometidas; é a Lei de Causa e Efeito. Se uns nascem ricos e outros pobres, o objetivo é para ver o desempenho da pessoa numa e noutra condição. E, assim vamos sendo testados através das diversas encarnações e crescendo espiritualmente para que cresçamos com as nossas próprias experiências.
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Como aceitar que uma pessoa portadora de lepra ou leucemia, tenha essas doenças por merecimento?

No dia-a-dia, o vocábulo merecimento é utilizado de forma jocosa ou depreciativa. É comum ouvir-se: "Ela tem o marido que merece!" Na visão espírita, o termo merecimento representa uma atenuante de nossas penas ou expiações, ou mesmo de nossos sofrimentos. As doenças mencionadas são "provas" que nós mesmos escolhemos, ainda no Plano Espiritual, com o intuito de quitarmos nossos débitos.
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Sou epilética, sei que se trata de uma dívida espiritual, mas há possibilidade de cura, pois tomo remédio controlado e quero muito ficar boa. A caridade poderá curar-me, além da fé em Deus?

Sobre os desígnios Celestes não podemos nada afirmar, pois sabemos que as Leis Divinas regem nossa evolução. Porém, a caridade, com certeza, nos auxilia no aprendizado e no resgate de grande parte do nosso débito. Essa caridade, aliada à Fé e à reforma íntima, só podem ajudar a acelerar a passagem pelo processo. E quanto ao aspecto físico, o caminho está correto, o auxílio médico é essencial. Lembremos que a doença do corpo físico pode significar a cura do espírito e procuremos continuar trabalhando com amor na Seara do Pai.
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O perdão realmente existe? Então, porque existe o carma?


Uma das grandes virtudes buscadas pelo espírito, o perdão que parte do coração, manifestado com o completo esquecimento das ofensas, é digno das almas evoluídas. A lógica do espírita é simples: a própria pessoa que sofre pede a Deus a chance de reencarnar na Terra e passar por aquela provação para assim se livrar de um débito cármico, ou seja, algum mal praticado em vidas passadas que precisa ser expiado para que o espírito volte a ter paz. Nessa linha de entendimento, ensinamos-nos os Espíritos que o arrependimento concorre para melhoria do espírito, mas ele tem que expiar o seu passado.
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Fontes:
Questões 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, do livro "Chico de Francisco" - Editora CEU, do livro "Dos Hippies dos Problemas do Mundo" - Editora LAKE, do livro "A Terra e o Semeador" - Editora IDE, do livro "Lições de Sabedoria - Editora FEB e do livro "Plantão de Respostas - Editora CEU.

Chico Xavier Responde: SENTIMENTO

 

 


O senhor não acha que há momento em que as pessoas têm direito de ter raiva, de sentir ódio?


Estamos encarnados na Terra, espíritos imortais que somos, para nos humanizarmos, de modo que todo processo de ódio ou de cólera é reminiscência de nossa vida animal. Vida animal que estamos deixando pouco a pouco, através de nosso burilamento. Então, é possível que tenhamos raiva ou que tenhamos ódio, é possível, sem termos direito para isso. Porque o ódio que sentirmos ou a cólera que alimentemos recai sempre sobre nós, no sentido de doença, de abatimento, de aflição e só pode causar mal, já que deixamos, há muito tempo, a faixa da animalidade para entrarmos na faixa da razão. Somos criaturas humanas e por isso devíamos sentir a verdadeira fraternidade de uns para com os outros, sem possibilidade de nos odiarmos, porque os irmãos verdadeiros nunca se enraivecem, uns com os outros.

 

Fonte:
Revista Espírita "Informação" - n 116.

Momento de Reflexão com Chico xavier

 

girassol

Faça a  cada manhã uma lista dos bens que Deus já colocou à tua disposição e observarás que o mal é nuvem passageira no céu de tuas idéias e emoções; então te desvencilharás, rapidamente, de todos os laços que ainda te prendam, porventura, à sombra de ontem para encontrares hoje o melhor tempo de sentir o bem, conhecer o bem, crer no bem e praticar o bem, na romagem evolutiva em que todos nos achamos, buscando, passo a passo, a vida perfeita para a felicidade maior.

                     

(Obra: Alma e Coração  -  Chico Xavier/Emmanuel)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

E-Book: O Espiritismo na sua Expressão mais Simples – Allan Kardec

 

Allan.Kardec_Viagem.Espirita.Em.1862

Com o intuito de popularizar o Espiritismo e tornar mais fácil e ágil a sua divulgação, Allan Kardec, sem prejuízo das obras básicas da Doutrina Espírita, redigiu uma série de opúsculos e os distribuiu por toda a França, em valores bastantes acessíveis à população interessada.
Esperamos que os leitores espíritas, sobretudo os que se dedicam à pesquisa e se interessam pelos primórdios do Espiritismo em solo europeu, encontrem, nesta obra despretensiosa, algum subsídio que enriqueça os seus conhecimentos. É a pena erudita e inspirada de Allan Kardec que, mais uma vez, se revela em todo o seu esplendor.

 

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Fonte: http://www.banca-de-revista.com

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Prece Diária: EU PERDÔO

 

perdão

EU PERDÔO

Pai, quando eu for chamado para junto de Ti, quero partir com o coração aliviado de qualquer sentimento menor que possa reter-me ao vale de lágrimas onde me encontro hoje.
Ah, Meu Deus, que nada do que já vivi e ainda vivo seja obstáculo à minha felicidade amanhã!...
Quando eu me for, quero alçar vôo como fazem as aves que planam livres por sobre as misérias humanas, e que não pousam no chão senão para buscar o alimento que as mantém fortes nas alturas!...
Quando meus olhos se cerrarem à ilusão da carne, é de minha vontade que eu me distancie do mundo com a leveza das almas experimentadas na forja das provas árduas, sem que o peso de suas lembranças anule meu anseio de libertação!
Desejo, Pai, libertar-me, sendo fiel à Tua lei de amor e de perdão!
Eu compreendo que a Terra é a escola onde Tu nos prepara para a angelitude!...
Eu compreendo que o sofrimento é a lição que nos faz avançar para a glória ou estacionar na senda de novas e mais dolorosas provas!...
Eu compreendo que tudo é seleção: os laços, a estrada, os acontecimentos...
De minha atitudes colherei bem ou mal; com minhas decisões talharei o que serei amanhã. Alegrias infinitas ou sofrimentos sem conta nascem unicamente de meus atos, a revelia do que os outros me fazem ou deixam de fazer....
Por isso, Pai, conduz meu pensamento de tal sorte que, quando chegar minha hora, nada do que vivi possa retardar-me o passo ou prender-me outra vez ao sombrio grilhão da dor. De todos os momentos experimentados, que eu carregue comigo apenas aqueles que me proporcionaram coisas úteis e felizes. Que os infortúnios e mágoas do passado não sejam mais peso em meu coração a impedir a realização dos mais ardentes anseio de felicidade e sublimação!...
As lágrimas que me fizeram verter - eu perdôo.
As dores e as decepções - eu perdôo.
As traições e mentiras - eu perdôo.
As calúnias e as intrigas - eu perdôo.
O ódio e a perseguição - eu perdôo.
Os golpes que me feriram - eu perdôo.
Os sonhos destruídos - eu perdôo.
As esperanças mortas - eu perdôo.
O desamor e a antipatia - eu perdôo.
A indiferença e a má vontade - eu perdôo.
A desconsideração dos amados - eu perdôo.
A cólera e os maus tratos - eu perdôo.
A negligência e o esquecimento - eu perdôo.
O mundo, com todo o seu mal - eu perdôo.
A partir de hoje proponho-me a perdoar porque a felicidade real é aquele que nasce do esquecimento de todas as faltas!... No lugar da mágoa e do ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento; no lugar da revolta, coloco a fé na Tua Sabedoria e Justiça; no lugar da dor, coloco o esquecimento de mim mesmo; no lugar do pranto coloco a certeza do riso e da esperança porvindoura; no lugar do desejo de vingança, coloco a imagem do Cordeiro imolado e o mais sublime dos perdões... Só assim, Pai, se um dia eu tiver que retornar à carne, poderei me levantar forte e determinado sobre os meus pés e não obstante todos os sofrimentos que experimentar, serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor, de doar mesmo que despossuído de tudo, de fazer feliz aos que me rodearem, de honrar qualquer tarefa que me concederes, de trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos impedimentos, de estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono, de secar lágrimas ainda que aos prantos, de acreditar mesmo que desacreditado, e de transformar tudo em volta pela força de minha vontade, porque só o perdão rasga os véus sombrios do ressentimento e da revolta, frutos infelizes do egoísmo e do orgulho, libertando meu coração no rumo do bem e da paz, do amor verdadeiro e da felicidade eterna!

Assim seja!
(Psicografia Instituto André Luiz, 08.03.2003)

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 08.03.2003*

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BREVE MEDITAÇÃO SOBRE O TEMA

OS SINAIS DOS TEMPOS

E continuou Jesus: - Quando vêem aparecer uma nuvem no poente, logo afirmam que vem chuva, e assim acontece... E quando vêem soprar o vento sul, dizem que haverá calor, e assim também acontece!
Hipócritas! Sabem interpretar o aspecto da terra e do céu, entretanto, não sabem discernir esta época? E porque não julgam também por si mesmos o que é justo?
Quando forem com o seu adversário ao magistrado, se esforcem para livrar-se deste adversário pelo caminho, para que não suceda que ele os arraste ao juiz, o juiz os entregue ao oficial e o oficial os recolha à prisão... E digo que não sairão dali, enquanto não pagarem até o último centavo! (Lucas 12, vs. 54-59)

ALLAN KARDEC: A misericórdia é complemento da doçura, porque aquele que não é misericordioso não saberia ser brando e pacífico; ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação, sem grandeza, o esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada que está acima dos insultos que se lhe pode dirigir; uma é sempre ansiosa, de uma suscetibilidade desconfiada e cheia de fel; a outra é calma, cheia de mansuetude e de caridade.
Ai daquele que diz: "Eu nunca perdoarei", porque se não for condenado pelos homens, se-lo-á certamente por Deus; com que direito reclamará o perdão das suas próprias faltas se ele mesmo não perdoa dos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz para perdoar ao irmão não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.
Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar; uma grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem segunda intenção, que poupa com delicadeza o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, tivesse mesmo este último toda a culpa. A segunda, pela qual o ofendido, ou aquele que acredita sê-lo, impõe ao outro condições humilhantes, e faz sentir o peso de um perdão que irrita, em lugar de aclamar; se estende a mão, não é com benevolência, mas com ostentação, a fim de poder dizer a todo mundo: "Vejam quanto sou generoso!" Em tais circunstâncias, é impossível que a reconciliação seja sincera de parte a parte. Não, nisso não há generosidade, mas um modo de satisfazer o orgulho, Em toda contenda, aquele que se mostre mais conciliador, que prove mais desinteresse, caridade e verdadeira grandeza de alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas imparciais.(4)
Há na prática do perdão, e na do bem em geral, mais que um efeito moral, há também um efeito material. Sabe-se que a morte não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, freqüentemente, com seu ódio, além do túmulo, aqueles contra os quais conservaram rancor; por isso o provérbio que diz: "Morto o animal, morto o veneno", é falso quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que aquele a quem quer mal esteja preso ao corpo e menos livre, para o atormentar mais facilmente, atingi-lo em seus interesses ou em suas mais caras afeições. É preciso ver, nesse fato, a causa da maioria dos casos de obsessão, daqueles sobretudo que apresentam uma certa gravidade, como a subjugação e a possessão. O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre, vítimas de uma vingança anterior, à qual, provavelmente, deram lugar por sua conduta. Deus o permite para puni-los do mal que eles próprios fizeram ou, se não o fizeram, por terem faltado com indulgência e caridade, não perdoando. Importa, pois, do ponto de vista da sua tranqüilidade futura, reparar mais depressa os erros que cometeu contra o próximo, perdoar seus inimigos, a fim de exterminar, antes de morrer, todo motivo de dissenções, toda causa fundada de animosidade ulterior; por esse meio, de um inimigo obstinado neste mundo, pode-se fazer um amigo no outro; pelo menos coloca o bom direito do seu lado, e Deus não deixa aquele que perdoou ser alvo de vingança. Quando Jesus recomenda reconciliar-se o mais depressa com o adversário, não é somente com vistas a apaziguar as discórdias durante a existência atual, mas evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. "Não sairás de lá", disse Jesus, "enquanto não houveres pago até o último ceitil", quer dizer, satisfeito completamente a justiça de Deus. (6) ( O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. X, ítens 4 e 6)

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MENSAGEM DE ANDRÉ LUIZ

TU E ALGUÉM

- Alguém falou mal de ti?
Perdoa.
E além de perdoar, aproveita a lição: quem sabe foi dito algo de verdadeiro que merece ser analisado para ser corrigido?

- Alguém te feriu?
Abençoa esse alguém.
Se agiu assim não sabe o que fez: quem pode atirar a primeira pedra?

- Espalhas o mal que alguém te fez?
Disciplina-te.
Nunca mais faças isso: olvidar o mal é o princípio do bem de que todos necessitamos.

- Demonstras mágoa reprovativa para com alguém?
Domina-te.
Não lhe dês satisfações prejudiciais. Ajuda a esse alguém e passa adiante exemplificando o amor fraternal.

- Tens insônia ruminando mentalmente o caso que te aborrece?
Vigia.
Pensa o menos possível no mal que outrem te fez: quem estende o sofrimento alheio recebe sempre sofrimento maior.

- Não cogitas de reconciliação?
Pondera.
Concilia-te na primeira oportunidade, com todos aqueles que te ofenderam, mostrando a iniciativa da boa vontade sem orgulho que te ensombre e sem bajulação que te avilte.

- Dizes perdoar e não queres mais ver os que te feririam?
Reconsidera.
Perdoemos não só com os sentimentos mas também com as ações transformando-nos em colaboradores, ainda que ocultos e indiretos, da felicidade e da paz de quantos se levantam por nossos adversários.

- Queres esquecer sem perdoar?
Reflete.
Perdoa incondicionalmente aqui e agora: uma restrição que imponhas é nuvem para o futuro cujos pormenores desconhecemos.

- Afirmas que perdoarás amanhã?
Medita.
Perdoa tão depressa quanto possível, aproveitando o dia que passa e ainda esta noite o teu sono será mais tranqüilo.

- Não te sentes com força de perdoar?
Ora.
A Providência Divina dar-te-á energias novas com que possas plantar humildade no coração e maturidade no espírito.

- Mentalizas a vingança?
Repara.
O ódio é suplício que impomos a nós próprios; perdão é alegria e amizade que partem de nós para fortalecimento da alegria e da amizade no mundo inteiro.

- Alguém não te entende a mensagem de reaproximação e bondade?
Acalma-te.
Se esse alguém permanece inabordável e irredutível, asserena a consciência e aguarda confiante, servindo quanto puderes, na certeza de que estarás junto desse alguém ao lado do amor infinito de Deus, que auxilia e espera sempre.

(ANDRÉ LUIZ, do livro "Sol nas Almas", cap.60, edição CEC)

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PRECE PELA FAMÍLIA

 

A minha família, Senhor, é um pequeno jardim plantado entre as tribulações do mundo e onde colho, diariamente, as flores da alegria e as bênçãos do refazimento.
Quando juntos, a vida corre harmoniosa e serena qual se fôssemos um pequeno mundo à parte, isolados do torvelinho humano pelos laços inquebrantáveis da simpatia, do carinho e da compreensão mútua...
No entanto, sei que tudo se transforma, se altera, se dilui e se recompõe nem sempre da forma como desejamos.
Aqueles que eu amo, Senhor, hoje amparados em meu coração pelos laços de sublime afeto, amanhã poderão se encontrar em experiências das quais não me será permitido fazer parte... Enfrentarão, talvez, tempestades e angústias que não poderei aplacar, por mais queira; encontrarão desenganos que meus cuidados serão incapazes de afastar e conhecerão, quem sabe, pessoas que os levarão para longe de mim, deixando um ninho vazio e lembranças, apenas, de um tempo feliz e melhor...
Hoje, quando olho para minha família e me embriago entre afagos e carícias, não devo mais esquecer que eles, assim como eu, Te pertencem, para que Tu, Divino Condutor, os guie pelos caminhos que melhor lhes auxiliem a evolução, caminhos estes que nem sempre serão os meus caminhos...
Por isso, embora grato pela felicidade que me proporcionastes ao permitir que tantos corações queridos renascessem junto de mim, rogo-lhe não permita que o egoismo me isole com eles em meu ninho de amor, transformando-os em bonecos de deliciosa manipulação e fazendo-os sofrer mais tarde, quando o vento da provação afastar para bem distante a minha possibilidade de protegê-los, agravando com isso os sofrimentos que por ventura venham a experimentar.
Rogo-lhe, Senhor, igualmente, que eu jamais deixe de anotar junto a mim os outros irmãos de jornada, nem sempre aquinhoados pela mesma sorte, a vagar desprovidos do pão da ternura e do bálsamo do amor e da compreensão.
Abra meus olhos, Pai, para a vida em torno, a fim de que eu assinale a presença de tantas outras almas merecedoras de todo o meu carinho e atenção, do modo como eu dispenso carinho e atenção aos meus familiares, para que um dia, quando chegar o momento de entregar os meus amados à vida, eu não sucumba, infeliz e vazio, entre o remorso, a saudade e a solidão.

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 2002*

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BREVE ESTUDO SOBRE O TEMA

"E tendo chegado à casa, nela se reuniu uma tão grande multidão de povo, que não podiam mesmo tomar seu alimento. Seus parentes, tendo sabido disso, vieram para se apoderar dele, porque diziam que ele havia perdido o espírito.
Entretanto, sua mãe e seus irmãos tendo vindo, e ficando do lado de fora, mandaram chamá-lo. Ora, o povo estava sentado ao seu redor, e lhe disse: Vossa mãe e vossos irmãos estão aí fora vos chamando. Mas ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? e olhando àqueles que estavam sentados ao seu redor: Eis, disse, minha mãe e meus irmãos; porque todo aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe."
(Marcos, cap. II, v. 20, 21 e 31 a 35; Mateus, cap. XII, vs. 46 a 50)

Os laços de sangue não estabelecem, necessariamente os laços entre os Espíritos. O corpo procede do corpo mas o Espírito não procede do Espírito, porque o Espírito existia antes da formação do corpo; não foi o pai quem criou o Espírito do filho, ele não fez senão fornecer-lhe um envoltório corporal, mas deve ajudar o seu desenvolvimento intelectual e moral, para fazê-lo progredir.
Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo entre parentes próximos, são, o mais frequentemente, Espíritos simpáticos, unidos por relacionamentos anteriores, que se traduzem por sua afeição durante a vida terrestre; mas pode ocorrer também que estes Espíritos sejam completamente estranhos uns aos outros, divididos por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem da mesma forma por seu antagonismo na Terra, para lhes servir de prova. Os verdadeiros laços de família não são, pois, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos que unem os Espíritos antes, durante e após a sua encarnação. De onde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes, podem ser mais irmãos pelo Espírito do que se fossem pelo sangue; podem se atrair, se prourar, dar-se bem juntos, enquanto que dois irmãos consanguíneos podem se repelir, como se vê todos os dias; problema moral que só o Espiritismo podia serolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV, n. 13).
Há, pois, duas espécies de família: as famílias pelos laços espirituais, e as famílias pelos laços corporais; as primeiras, duráveis, se fortalecem pela depuração, e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através de diversas migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e, frequentemente, se dissolvem moralmente, desde a vida atual. Foi isso que Jeus quis fazer compreender em dizendo aos seus discípulos: Eis minha mãe e meus irmãos, quer dizer, minha família pelos laços do Espírito, porque quem quer que faça a vontade do meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

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MENSAGEM DE ANDRÉ LUIZ

O MOMENTO DE DEUS

Passará, talvez desapercebido para nós, contudo, ele existe no tempo, o momento de Deus.
Esfalfamo-nos, bastas vezes, transfigurando os valores da atenção nos desperdícios da inquietação, diligenciando impor a fé religiosa naqueles que amamos, esquecidos de que o Criador lhes consagra mais amor que nós mesmos.
Deus espera. Por que desanimar, de nossa parte, quando a edificação
espiritual se nos afigura tardia?
Com isso, não desejamos dizer que somente nos resta abandonar ao vento da provação aqueles entes queridos para os quais aspiramos o entendimento maior. Reflitamos que se a Divina Providência no-los confiou, decerto assim procedeu, através das pessoas e circunstâncias que nos rodeiam, aguardando algo de nossa cooperação no amparo a eles.
Em tempo algum, ser-nos-á lícito relegar para Deus as obrigações que nos competem, o que nos constrange igualmente a verificar que existe a "parte de Deus" em cada realização, cujo âmbito nos é defeso à qualquer exigência.
Não conseguimos antepor-mos, de maneira alguma, ao momento de Deus e nem fazer o que lhe cabe realizar, todavia, somos convidados a preparar-lhe as condições adequadas ao surgimento vitorioso.
À medida que se nos intensifica a madureza de espírito, categorizamo-nos à conta de semeadores nas almas.
Nesse sentido, recordemos os cultivadores da gleba que sustentam a civilização e asseguram a vida. Nenhum deles, por mais sábio, logra desentranhar com as próprias mãos, os princípios da semente, cujo embrião possui um instante próprio a fim de desacolchetar envoltórios e desabrochar à plena luz.
Ainda assim, patrocinam a exatidão da leira, administram adubos, dosam a rega, garantem a defesa da planta e efetuam enxertias, quando enxertias se façam necessárias ao rendimento da produção.
Se há imperscrutável serviço divino na intimidade dos processos da natureza, há inadiável serviço do homem na esfera da natureza para que a natureza corresponda intensamente ao toque divino.
Os estatutos da Criação não permitem à criatura relegar para o Criador a obrigação que lhe compete.
Ama, pois, teus pais, filhos, irmãos, amigos e companheiros tais quais são por agora, sem te esqueceres de ajudá-los com simpatia, cooperação, fraternidade e bons exemplos, a se exprimirem por valioso auxílio prévio.
Trabalha e prepara com eles e junto deles o futuro melhor, na convicção de que, em matéria de compreensão e penetração nos reinos do espírito, os mais elevados anseios humanos são compelidos a esperar pelo momento de Deus.

ANDRÉ LUÍZ
Sol na Almas, cap. 23

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Fonte: http://www.institutoandreluiz.org/

segunda-feira, 18 de maio de 2009

EVANGELHO DO LAR

CultoNoLar

 

"Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei".
Jesus (Mateus, 18:20)

O que é o Culto do Evangelho no Lar


Trata-se do estudo do Evangelho de Jesus em reunião familiar. O Culto do Evangelho no Lar, realizado no ambiente doméstico, é precioso empreendimento que traz diversos benefícios às pessoas que o praticam.
Permite ampla compreensão dos ensinamentos de Jesus e a prática destes, nos ambientes em que vivemos. Ampliando-se o conhecimento sobre o Evangelho, pode-se oferecê-lo com mais segurança a outras criaturas, colaborando-se para a implantação do Reino de Deus na Terra.
As pessoas, unidas por laços consangüíneos, compreenderão a necessidade da vivência harmoniosa e, dentro de suas possibilidades, buscarão, pouco a pouco, superar possíveis barreiras, desentendimentos e desajustes, que possam existir entre pais e filhos, cônjuges e irmãos.
Através do estudo da reencarnação, compreenderão que, aqueles com quem dividem o teto, são espíritos irmãos, cujas tarefas individuais, muitas vezes, dependerão da convivência sadia no ambiente em que vieram a renascer.
Aqueles que, desde cedo, têm suas vidas orientadas pela conduta Cristã, evitam, com mais facilidade, que os embriões dos defeitos que estão latentes em seus espíritos apareçam, sanando, desta forma, o mal antes que ele cresça.
Se, porventura, tendências negativas aflorarem, apesar da orientação desde a infância, encontrarão seguros elementos morais para superá-las, porque os ensinamentos de Jesus tornam-se fortes alicerces para a sua superação.
Com o estudo do Evangelho de Jesus aprende-se a compreender e a conviver na família humana.
Assim, conscientes de que são espíritos devedores perante as Leis Universais, procuram conduzir-se dentro de atitudes exemplares, amando e perdoando, suportando e compreendendo os revezes da vida.
Quando o Culto do Evangelho no Lar é praticado fielmente à data e ao horário semanal estabelecidos, atrai-se para o convívio doméstico Espíritos Superiores, que orientam e amparam, estimulam e protegem a todos.
A presença de Espíritos iluminados no Lar afasta aqueles de índole inferior, que desejam a desunião e a discórdia. O ambiente torna-se posto avançado da Luz, onde almas dedicadas ao Bem estarão sempre presentes, quer encarnadas, quer desencarnadas.
As pessoas habituadas à oração, ao estudo e à vivência cristã, tornam-se mais sensíveis e passíveis às inspirações dos Espíritos Mentores.

Procedimentos


Escolhe-se um dia da semana e hora em que seja possível a presença de todos os familiares ou da maior parte deles, observando-se com rigor a sua constância e pontualidade, para facilitar a assistência espiritual.
A direção do Culto do Evangelho no Lar caberá a um .dos cônjuges ou a pessoa que disponha de maiores conhecimentos doutrinários. Cabe lembrar, no entanto, que por se tratar de um estudo em grupo não é necessária a presença de pessoas com cultura doutrinária. Na pureza dos ideais e na sinceridade das intenções, todos aprenderão juntos, auxiliando-se mutuamente.
É importante que os temas sejam discutidos com a participação de todos, na medida do possível, sem imposições, para evitar-se constrangimentos.
Deve-se buscar um ambiente amistoso, de respeito, pois, viver e falar com Jesus é uma felicidade que não se deve desprezar.
Antes do início da reunião, prepara-se o local, colocando-se em cima da mesa água pura, em uma garrafa, para ser beneficiada pelos Benfeitores Espirituais, em nome de Jesus.

1. Leitura de uma mensagem
A leitura inicial de uma mensagem poderá, após, ser comentada ou não. Ela tem por objetivo propiciar um equilíbrio emocional, procurando harmonizá-lo com os ideais nobres da vida, a fim de facilitar melhor aproveitamento das lições.
Poderemos lembrar obras com "Pão Nosso", "Fonte Viva", "Vinha de Luz", "Caminho, Verdade e Vida", "Palavras de Vida Eterna", "Ementário Espírita", "Glossário Espírita Cristão".

2. Prece Inicial
"Dando curso ao salutar programa iniciado por Jesus, o de reunir-se com os discípulos para os elevados cometimentos da comunhão com Deus, mediante o exercício da conversação edificante e da prece renovadora, os espiritistas devem reunir-se com regularidade e freqüência para reviver, na prece e na ação nobilitante, o culto da fraternidade, em que se sustentem quando as forças físicas e morais estejam em deperecimento, para louvar e render graças ao Senhor por todas as suas concessões, para suplicar mercês e socorros para si mesmos quanto para o próximo, esteja este no círculo da afetividade doméstica e da consanguinidade, se encontre nas provações redentoras ou se alongue pelas trilhas da imensa família universal."
Após a leitura da mensagem, inicia-se o Culto do Evangelho no Lar, com uma prece. A oração deve ser proferida por um dos participantes, em tom de voz audível a todos os presentes e de forma simples e espontânea, não devendo ser, portanto, decorada. Os demais, acompanham-no, seguindo a rogativa, frase por frase, repetindo,-mentalmente, em silêncio, cada expressão, a fim de imprimir o máximo ritmo e harmonia ao verbo, ao som e a idéia, numa só vibração.
Na prece pode pedir-se o amparo de Deus para o lar onde o Evangelho está sendo estudado, para os presentes, seus parentes e amigos; para os enfermos, do corpo e da alma; para a paz na Terra; para os trabalhadores do Bem e etc.
A prece, além de ligar o ser humano à espiritualidade, traduz respeito pelo momento de estudo a realizar-se.

 

3. Estudo do Evangelho de Jesus
O estudo do Evangelho do Cristo, à luz da Doutrina Espírita - "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec - poderá ser estudado de duas formas:

a) estudo em seqüência - o estudo metódico, em pequenas partes, permite o conhecimento gradual e ordenado dos ensinamentos que o livro encerra. Após o seu término, volta-se, novamente, ao capítulo inicial;
b) estudo ao acaso - consiste na abertura, ao acaso, de "O Evangelho segundo o Espiritismo", o que ensejará, também, lições oportunas, em qualquer ocasião.

Os comentários devem envolver o trecho lido, buscando-se alcançar a essência dos ensinamentos de Jesus, realçando-se a necessidade da sua aplicação na vida diária.
Pode reservar-se, posteriormente, um momento de palavra livre, onde os participantes da reunião exponham situações da vida prática, para o melhor entendimento e fixação das lições.
4. Prece de agradecimento
Um dos presentes fará uma prece, agradecendo as bênçãos recebidas no Culto do Evangelho no Lar, pela paz, pelas lições recebidas etc.

Observações

A duração do Culto do Evangelho no Lar deve ser de até 1 (uma) hora, mais ou menos.

No Culto do Evangelho no Lar deve ser evitada manifestações mediúnicas. A sua finalidade básica é o estudo do Evangelho de Jesus, para o aprendizado Cristão, a fim de que seus participantes melhor se conduzam na jornada terrena. Os casos de mediunidade indisciplinada devem ser encaminhados a uma sociedade espírita idônea.

Deve-se evitar comparações ou comentários que desmereçam pessoas ou religiões. No Evangelho busca-se a aquisição de valores maiores, tais como a benevolência e a caridade, a compreensão e a humildade, não cabendo, dessa forma, qualquer conversação menos edificante.

A realização do Culto do Evangelho no Lar não deve ser suspensa em virtude de visitas inesperadas. Deverá ser esclarecido o assunto com delicadeza e franqueza, convidando-se o visitante a participar do Culto, caso lhe aprouver.

O Culto do Evangelho no Lar não deve ser prejudicado, também, em virtude de solicitações sem urgência, recados inoportunos, passeios, festividades de qualquer ordem. Soluções razoáveis, de imediato, ou iniciativas, apôs a reunião, deve ser o caminho para superar os pretensos impedimentos.

Somente no caso de situações incontornáveis, em que todos não possam estar presentes, é que se justifica a não realização do Culto do Evangelho no Lar.

Evite-se ligar rádio ou televisão no dia do Culto, próximo e depois da hora de sua realização, bem como a leitura de jornais ou obras sem caráter edificante, para que se mantenha um ambiente vibratório de paz e tranqüilidade dentro do Lar, bem como saídas à rua, senão para inevitáveis e inadiáveis compromissos.

Presença de criança no Culto
As crianças devem, também, participar do Culto do Evangelho no Lar. Nesses casos, os adultos descerão os comentários ao nível de entendimento delas.

Recomenda-se a leitura, como subsídio, dos capítulos 35 e 36 da obra "Os Mensageiros", do Espírito André Luiz, e "Evangelho em Casa", do Espírito Meimei, psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier e editadas pela Federação Espírita Brasileira.

Fonte: Setor de Ajuda do CVDEE (Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo).

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Valorize o seu dia

 

sunflower

 

 Valorize o seu dia!

        Cada dia corresponde a uma nova página escrita no livro da sua vida, onde você deverá escrever as melhores memórias.

        Assim, quando desperte, dirija ao Infinito a sua prece. Agradeça pela noite superada e rogue ao Pai do Céu as indispensáveis bênçãos para o período iniciante.

        Erga-se e alegre-se com a oportunidade renovada de manter seu corpo físico para os empreendimentos do progresso.

        Busque ocupar-se com algo nobre, algo que dignifique a sua existência na Terra.

        À frente dos transtornos e contratempos, que surgem nos caminhos de todos, invariavelmente, não se deixe conduzir pela irritação, pelo agastamento ou pelo azedume.

        Procure compreender que nada lhe ocorre sem que tenha um sentido útil para o seu crescimento geral.

        Perante as ocorrências de violência e diante dos quadros de agressões que veja em sua rota, realize o melhor que possa, sem revolta nem desespero.

        Você está no mundo que fez por merecer, com as situações que caracterizam a sua quadra evolutiva e com as pessoas do seu mesmo patamar moral, com ligeiras diferenças, facilmente observáveis.

        Onde esteja, semeie alegria e jovialidade, atendendo à recomendação do apóstolo Paulo para que demos graças a Deus por todas as coisas da vida.

        Busque fazer novos amigos, mantendo, com carinho, os velhos companheiros.

        A amizade, no mundo, é como o beijo solar iluminando as flores, sem o qual elas tendem a murchar e fenecer.

        Alimente-se com moderação. Não é preciso passar fome, contudo, é bom que não transforme estômago em tonel de venenosas misturas, capazes de intoxicar, de lhe acumular indevido colesterol nas artérias ou de lhe provocar disfunções hepáticas.

        Afaste-se das pseudo-necessidades alcoólicas. O álcool que você precisa para a digestão a Divindade já fez constar do seu programa de produção orgânica.

        Fora disso, a ingestão dessa substância corresponderá sempre a consciente envenenamento que lhe perturbará a saúde aos poucos.

        Procure ser comedido nas brincadeiras, a fim de não constranger os amigos, gerando afastamentos e inimizades.

        Ou para não perder seu precioso tempo com intermináveis lorotas e banalidades.

        Sorria, seja prazenteiro, uma vez que o Evangelho de Jesus, que você afirma conhecer, é fonte inesgotável de alegrias.

        E quando chegar ao fim o seu dia, vivido com maior ou menor dificuldade, ponha-se em meditação.

        Verifique onde é que você poderia ter sido melhor, em que itens deveria ter agido melhor.

        E, sem remorsos prejudiciais, faça projetos de renovação para o dia seguinte, procurando levá-los a sério.

        Ore e entregue-se uma vez mais ao Supremo Senhor, construindo, dia-a-dia, a própria felicidade, a sua própria luz.

        Valorize o seu dia.

        Não o desperdice remoendo mágoas ou destilando tormento, mas aprenda a cultivar a alegria de viver, apesar das lutas e limitações que carregue.

        Valorize o seu tempo na Terra e prossiga, decidido pelo bem, para que, no serviço do Senhor, você continue crescendo em busca do encontro consigo mesmo.

 

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2, do livro Para uso diário, pelo Espírito Joanes, psicografado por Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 02.07.2008.

Uma vaga tristeza...

mar

    Você já percebeu que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos nossos corações e nos leva a considerar amarga a vida?

        É que nosso Espírito, aspirando a felicidade e a liberdade, se sente esgotado, cativo ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele.

        Reconhecendo inúteis tais esforços, caímos no desânimo e, como o corpo sofre essa influência, toma-nos o cansaço, o abatimento, uma espécie de apatia. E nos julgamos infelizes.

        A saudade dos amores que já se foram comprime-nos o peito, e a solidão aproveita para se instalar em nossa alma sofrida.

        Os dias se sucedem e a tristeza teima em nos fazer companhia...

        No entanto, é preciso que resistamos com energia a essas impressões que nos enfraquecem a vontade.

        São inatas no Espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor.

        O próprio Cristo falou da felicidade que Deus nos reserva, na vida futura, após vencidas as etapas que nos competem na estrada evolutiva.

        Devemos, por nossa vez, aguardar pacientemente o anjo da libertação, para nos ajudar a romper os liames que nos mantém cativos ao corpo carnal.

        Lembremo-nos de que, durante a nossa estada na Terra, temos de desempenhar uma missão de que não suspeitamos, quer dedicando-nos à família, quer cumprindo outras obrigações que Deus nos confiou.

        E se, no decorrer desse período, advierem as inquietações, as tribulações, as noites sem estrelas, os dias amargos, devemos manter-nos fortes e corajosos para os suportar.

        Nesses dias difíceis, é importante que cerremos os olhos e voltemos nossos sentimentos ao alto, numa oração sincera, buscando forças.

        E, ainda que tudo pareça envolto em escura neblina, perceberemos os sons de uma melodia distante, convidando-nos a dar alguns passos a mais... É a voz do suave Pastor que jamais nos deixa sós.

        É a cantiga dos imortais, que superaram com bravura as refregas da vida física, dizendo-nos que os momentos amargos duram pouco, e nos conduzirão à companhia dos amigos por quem choramos e que, felizes por ver-nos de novo entre eles, nos estenderão os braços, a fim de guiar-nos a uma região inacessível às aflições da Terra.

*   *   *

        Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação na fé, na confiança em Deus e nos demais ensinos do Cristo.

        Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta existência, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o peso e nenhuma esperança lhe alivia a amargura.

        Foi isso que levou Jesus a dizer: Vinde a Mim todos vós que estais fatigados, que Eu vos aliviarei.

 

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. V, item 25 e no cap. VI, item 2 do livro O evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 25.07.2008.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Convivência Perfeita

Por Richard Simonetti

 

Jasmim

 

Mário Vicente era vidrado na idéia das famílias espirituais, que se sobrepõem às precárias ligações sangüíneas.
– Pois é – dizia, entusiasmado, a um confrade espírita –, os Espíritos tendem a formar grupos afins nos caminhos da vida.
– Reencarnam juntos?
– Sim, sempre que possível, compondo lares ajustados e harmônicos, “um por todos, todos por um”.
– Você vive com sua família espiritual?
Mário Vicente esboçou um sorriso triste.
– Quem me dera! Lá em casa nosso relacionamento funciona mais na base de “cada um por si e Deus por todos”. Estamos longe de um entendimento razoável. É muita discussão, muita briga… Somos velhos adversários amarrados pelo sangue, a fim de nos reconciliarmos.
– Recebeu alguma revelação?
– Não… nem seria preciso! Basta observar nossos conflitos.
– A barra é pesada?
– Bem… não é tanto assim. Gosto muito de minha mulher. Até pensei, durante os primeiros tempos, fosse uma alma gêmea. Ela é dedicada ao lar, mãe prestimosa. Ocorre que é um tanto voluntariosa e, não raro, agressiva. Faz tempestade em copo d’água. Considero a Ernestina meu teste de paciência. Nossos “santos” estranham-se freqüentemente.
– E os filhos?
– Adoro todos eles, mas são Espíritos imaturos que me dão trabalho e, não raro, desgostos. Pedro, o mais velho, envolveu-se com drogas! Júnior, o do meio, “aborrescente” típico, vive a me questionar; Jussara é delicada e sensível mas puxou o gênio da mãe. Se contrariada, sai de perto! Um horror!
– São seus credores. Cobram prejuízos que você lhes causou em vidas anteriores…
– Certamente! Estou consciente desse compromisso. Tento o fazer o melhor, sustentando a estabilidade do lar. No entanto, não é fácil. Às vezes perco o controle. Envergonho-me das brigas em que me envolvo… Convenhamos, porém, que ninguém é de ferro!…
Mário Vicente suspirou, emocionado:
– Sinto falta de um relacionamento familiar sustentado por legítima afinidade. Todos olhando na mesma direção, empenhados em cultivar a paz, o trabalho do bem, a amizade, a compreensão… Seria o paraíso! Vejo-me como um retardatário, preso a compromissos decorrentes de besteiras que andei cometendo, purgando meus débitos. Certamente aprontei muito!
– Espera alcançar a família espiritual?
– Claro! Quero cumprir minhas obrigações, fazendo o melhor… Hei de merecer um retorno ao convívio de meus queridos, em estágios mais altos… Tenho convicção de que uma companheira muito amada espera por meu sucesso nas provações humanas, favorecendo abençoado reencontro.

***


Animado por seus sonhos, Mário Vicente esforçava-se por superar as dificuldades de relacionamento junto à esposa e filhos. Tolerava suas impertinências. Fazia de tudo para ajudá-los. Exercitava carinho e compreensão.
O cumprimento de seus deveres junto à família humana haveria de lhe proporcionar o sonhado reencontro com a família espiritual.
Passaram-se os anos.
Os filhos casaram, vieram netos, ampliou-se o grupo familiar, sucederam-se compromissos e problemas…
Nosso herói até que conseguiu sair-se relativamente bem, acumulando méritos.
Aos setenta e dois anos, retornou à Pátria Espiritual.
Espírita esclarecido, não teve dificuldade para reconhecer-se livre do escafandro de carne, amparado por generosos benfeitores.
Após os primeiros tempos, já adaptado à nova situação, procurou dedicado orientador da instituição socorrista que o abrigara.
Foi logo pedindo, inspirado pelo ideal que acalentava:
– Estimaria, se possível, receber notícias de minha família espiritual…
– Seus familiares estão bem, nas lutas de sempre, sofrendo e aprendendo, como todos os homens.
– Estão reencarnados? Pensei que os encontraria aqui!
– Você conviveu com eles… Não sabe que continuam na Terra?
– Não me refiro à família humana. Anseio abraçar os entes queridos de priscas eras, sobretudo a amada companheira perdida nas brumas do passado…
O mentor sorriu:
– Falou bonito, mas está equivocado, meu amigo. Sua família espiritual é aquela que lhe marcou a experiência na carne. Sua esposa é uma alma de eleição. Os filhos são antigos companheiros de jornada evolutiva. Desde remoto passado vocês vivem experiências em comum.
– Mas e os nossos problemas de relacionamento?
– Haveriam de experimentá-los mesmo que se transferissem para a esfera do Cristo. Como ensinava o Mestre, ainda há muita dureza no coração humano.
– Que devo fazer?
– Você julga-se um retardatário. Na verdade, não obstante suas limitações, está um pouco à frente do grupo familiar, ainda lento na aquisição de valores espirituais. Tem, portanto, o dever de ajudar. Foi essa a sua tarefa na última existência. Será esse o seu compromisso agora, exercitando a função de protetor espiritual junto aos seus.
E Mário Vicente, que tanto ansiara por sua família espiritual, constatou que estivera com ela durante décadas, sem se dar conta disso.
Muita água rolaria no rio do tempo, até que todos ganhassem asas, habilitando-se à convivência perfeita.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O tempo de cada um


Lilly

 

Quem hoje parece lamentável amanhã será um anjo radioso.

Os seres de grande virtude, cujos atos tanto encantam, igualmente cometeram erros em sua jornada milenar.

Assim, o desencanto e o esmorecimento traduzem incompreensão dos mecanismos superiores da vida.

Certamente não é possível e nem desejável alegrar-se perante indignidades de qualquer ordem.

Mas é necessário compreender que cada criatura tem o seu ritmo e o seu momento de transformação.

Perante os equivocados, é necessário exemplificar o bem, mas sem violências e arrogância.

Não vale ser conivente e omisso, mas também não cabe a imposição das próprias idéias.

Se criaturas difíceis estão presentes em sua vida, há uma razão para isso.

Na grande oficina da vida, você foi considerado digno do bom combate.

Os levianos e rudes são os mais necessitados de amor.

Afinal, como afirmou o Divino Amigo, os sãos não necessitam de remédio.

Se os valores cristãos iluminam o seu íntimo, rejubile-se.

Exemplifique-os mediante uma vida laboriosa e digna.

Mas não os imponha a ninguém.

Afinal, Deus a todos assegura o livre arbítrio e pacientemente espera o lento desabrochar das virtudes dos anjos.

Pense nisso.

 

Fonte: Redação do Momento Espírita.
Em 04.05.2009.

 

Sonhe!

sábado, 9 de maio de 2009

Homenagem ao Dia das Mães

ternura

Mãe, quando eu comecei a escrever esta carta, usei a pena do carinho, molhada na tinta rubra do coração ferido pela saudade.
As notícias, arrumadas como perólas em um fio precioso, começaram a saltar de lugar, atropelando o ritmo das minhas lembranças.
Vi-me criança orientada pela sua paciência. As suas mãos seguras, que me ajudaram a caminhar.
E todas as recordações, como um caleidoscópio mental, umedeceram com as lágrimas que verteram dos meus olhos tristes.
Assumiu forma, no pensamento voador, a irmã que implicava comigo.
Quantas teimas com ela. Pelo mesmo brinquedo, pelo lugar na balança, por quem entraria primeiro na piscina. 

Parece-me ouvir o riso dela, infantil, estridente. E você, lecionando calma, tolerância.
Na hora do lanche, para a lição da honestidade, você dava a faca ora a um, ora a outro, para repartir o pão e o bolo.
Quantas vezes seu olhar me alcançou, dizendo-me, sem palavras, da fatia em excesso para mim escolhida.

As lições da escola, feitas sob sua supervisão, as idas ao cinema, a pipoca, o refrigerante.

Quantas lembranças, mãe querida!
Dos dias da adolescência, do desejar alçar vôos de liberdade antes de ter asas emplumadas.
Dos dias da juventude que idealizavam anseios muito além do que você, lutadora solitária poderia me oferecer.

Lágrimas de frustração que você enxugou. Lágrimas de dor, de mágoa que você limpou, alisando-me as faces.

Quantas vezes ouço sua voz repetindo, uma vez mais: “tudo tem seu tempo, sua hora! Aguarde! Treine paciência!”

E de outras vezes: “cada dia é oportunidade diferente. Tudo que você tem é dádiva de Deus, que não deve desprezar.
A migalha que você despreza pode ser riqueza em prato alheio. O dia que você perde na ociosidade é tesouro jogado fora, que não retorna.”
Lições e lições.
A casa formosa, entre os tamarindeiros assomou na minha emoção.
Voltei aos caminhos percorridos para invadi-la novamente, como se eu fosse alguém expulso do paraíso, retornando de repente.
Mãe, chegou um momento em que a carta me penetrou de tal forma, que eu já não sabia se a escrevera.
E porque ela falava no meu coração dorido, voei, vencendo a distância.
E vim, eu mesmo, a fim de que você veja e ouça as notícias vibrando em mim.
Mãe, aqui estou. Eu sou a carta viva que ia escrever e remeter a você.
Entre as quadras da vida e as atividades que o mundo o envolve, reserve um tempo para essa especial criatura chamada mãe.
Não a esqueça. Escreva, telefone, mande uma flor, um mimo.
Pense quantas vezes, em sua vida, ela o surpreendeu dessa forma.
E não deixe de abraçá-la, acarinhá-la, confortar-lhe o coração.

Você, com certeza, será sempre para ela, o melhor e mais caro presente.

 

Autor: (Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do cap. XVI do livro Pássaros Livres, do Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.)

Feliz Dia das Mães !!!

 

mae_filho

Mãe que partiu...podes vê-la
Na fé que te reconforta
Toda mãe é como estrela
Que brilha depois de morta

Mãe entregue à sepultura vence trevas e impecilhos
Para ser paz e brandura
A cabeceira do filho

Mãe distante eternamente ? ! ...
Isso nunca sucedeu

Toda mãe está presente
Nos filhos que Deus lhe deu.

Ser mãe!...que golpes extremos
Nas trilhas por onde vamos!...

Dor dos filhos que perdemos
Dor dos filhos que deixamos!...

Mãe morta!...
Em vão me remoço!...

Raiz cortada ao chão
Quero abraçar-vos...

Não posso
Filhos do meu coração

Celeste Jaguaribe

Psicografada por Chico Xavier