Aquele dia tinha tudo para ser mais uma jornada comum na vida de Santiago Gori, taxista argentino de 49 anos.
Ele pegou uma corrida de quatro quarteirões e deixou um casal de aposentados em seu destino, na cidade de La Plata, a 60km de Buenos Aires.
Mais uma corrida ruim – pensou ele. Em seguida, pegou outra passageira, que o avisou que havia uma mala no banco de trás.
Após deixá-la em seu destino, Santiago abriu a maleta, e viu um monte de dinheiro – mais precisamente, 130 mil pesos – o equivalente a uns 70 mil reais.
Paramos a narrativa aqui para refletir e perguntar: O que você faria no lugar do taxista? O que passaria em sua cabeça? Qual seria sua atitude?
* * *
Vejamos como ele resolveu:
Santiago Gori, imediatamente, ao vislumbrar todo aquele dinheiro, pensou: Mas isso não é meu!
Seu próximo passo foi devolver a pequena fortuna aos verdadeiros donos, o casal que ele tinha transportado antes.
O casal, aliviado, em retribuição, concedeu apenas um Você é um santo!
Porém, a história não terminaria aí, e ficaria mais interessante.
Sensibilizados pela história de Santiago, dois publicitários criaram espontaneamente uma campanha em prol do taxista.
Pretendiam arrecadar exatamente a mesma quantia devolvida por ele.
A iniciativa foi um sucesso e Santiago, o taxista generoso, recebeu o equivalente a 130 mil pesos.
* * *
Vale a pena analisar o fato sob vários aspectos.
Primeiro, sem dúvida, a honestidade e generosidade do taxista. São pessoas assim que mantêm neste mundo a decência e a honradez.
Em segundo, a comoção que causou nas pessoas, a ponto de dois estranhos terem espontaneamente se envolvido numa proposta inusitada.
Destaca-se a generosidade dos dois publicitários, mas também a de cada um que, sabendo da história, resolveu dar sua contribuição.
Foram todas contribuições anônimas, que buscavam premiar a atitude nobre daquele homem.
Percebamos o potencial do bem neste mundo. Fala-se tanto do poder do mal, como ele arrasta e seduz os seres, mas se esquece de que o bem tem potência muito superior.
Se resolvêssemos, muitos de nós, investir no bem, em atos nobres, em campanhas, etc, perceberíamos quanto poderíamos transformar este mundo radicalmente.
Alguns já começaram. Levantaram suas bandeiras destemidas e desprendidas e trouxeram sua contribuição.
Anônimos do trabalho voluntário que se doam, sem alarde, sem exigir nada em troca. Doam-se, pois já têm dentro de si a bondade que os faz atuantes na comunidade onde vivem.
Anônimos de gestos nobres como este lembrado há pouco, que já têm dentro de si a naturalidade do bem.
Madre Teresa de Calcutá, um nobre exemplo de trabalhadora do bem, certa feita afirmou:
Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor.
Pensemos... Pensemos sobre nossas atitudes, sobre as gotas de amor que já podemos depositar sobre o oceano da vida.
Redação do Momento Espírita, inspirado em narração
da Revista Vida simples, de junho de 2009.
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