segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Responsabilidade da palavra

lavanda 

Tivemos notícia de que um escritor americano travou, em determinada época, uma verdadeira batalha verbal com o diretor de um filme.

É que um amigo do escritor foi assassinado por um casal que se inspirou nos dois personagens psicopatas do filme daquele diretor.

Uma outra manchete nos dá ciência de que dois garotos de 11 anos aproveitaram um descuido da mãe de um menino de apenas dois anos e o levaram para um passeio.

Dias depois, o corpo do garotinho foi encontrado estraçalhado na linha do trem. Igualzinho ao filme que os dois haviam assistido, alguns dias antes, por diversas vezes.

Tais matérias nos levam a ponderar acerca da responsabilidade do que escrevemos, criamos e entregamos para divulgação.

Certamente, assuntos que defendamos, temas que veiculemos, promoverão pensamentos e atos nas pessoas que deles tomarem conhecimento.

Se fomentarmos a violência, a agressão, o desrespeito, naturalmente o que vierem as criaturas a realizar, em nome deles, é de nossa responsabilidade.

Por isso mesmo, advertiu Jesus: Seja o vosso falar sim, sim; não, não. O que quer dizer definir posições e assumir responsabilidades.

Nós somos responsáveis pelas imagens que projetamos nas mentes alheias. Se incentivarmos ao mal, este nos atingirá como Lei de Causa e Efeito, e o mesmo se dará se divulgarmos o bem.

Esmerarmo-nos, assim, na criação e divulgação de conceitos positivos, benéficos, em síntese, fará bem a nós mesmos.

Francisco de Assis, um dia, escreveu poemas de amor à natureza. Chamou de irmãos ao sol, à lua, às estrelas, à água.

Poderemos acaso aquilatar o quanto de serenidade semeou com tais versos?

Quantas criaturas, até hoje, transcorridos os séculos, os leem e repetem?

Somos tão responsáveis pelo que sai de nós que Jesus alertou para a gravidade da falta de alguém escandalizar a algum dos pequenos.

E pequenos não são somente as crianças mas nós, Espíritos ainda imersos na ignorância e com grandes facilidades de sintonizarmos com o mal.

Assim sendo, falemos o bem. Escrevamos o bem com as palavras simples que brotam do nosso coração afeiçoado ao bem.

Teçamos versos delicados que exaltem o belo, que falem de Deus, da ventura de viver, da imortalidade, da alegria de ser herdeiro do Universo.

*   *   *

Pela palavra e pelos exemplos Gandhi libertou um povo. Sua filosofia se baseava na não violência.

Pelos discursos e atos, um déspota infelicitou muitos povos.

Falamos de Hitler, que semeou desgraças em grande parcela da Humanidade.

Ambos viveram no mesmo século XX.

Redação do Momento Espírita com base noartigo

As notícias, da Revista O Espírita de jan/mar 97.

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